A História de Ramon Llull (1232-1316) em quadrinhos

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Foi em Palma, uma grande cidade,
Onde nasceu o beato, defensor da cristandade.

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Eram tempos de guerra e de Reconquista,
E Jaime I era o rei expansionista.

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Ramon foi pajem e senescal,
E na corte fazia o seu jornal.

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Trovador esperto, de nobre família,
Era também um jovem membro da cavalaria.

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Quando decidiu se casar,
Escolheu Blanca Picany para desposar.

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Até que um dia, de repente,
Jesus Cristo apareceu, bem na sua frente.

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Era um chamado para a conversão,
E Ramon pensou: “Por que não?”

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Para São Jaime iniciou sua peregrinação,
Levando seu cajado, sua bolsa e seu surrão.

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Também visitou Rocamador.
Quantos caminhos lhe mostrou o Senhor!

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Com um escravo o árabe aprendeu,
E logo, logo, de sua casa correu.

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Então Ramon subiu no monte Randa,
E assim começou sua propaganda.

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Ramon fez a Arte, um pensamento novo e profundo,
E com ela desejou mudar totalmente o mundo.

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Ele queria que o Islamismo fosse transformado,
Pois se dizia um grande sábio iluminado.

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Ramon escreveu com profusão,
O grande Livro da Contemplação.

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Também escreveu o Livro da Ordem da Cavalaria,
E o Livro de Santa Maria.

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E mais aquele Livro do gentio,
E também o da Doutrina pueril.

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A novela Blaquerna escreveu,
E o mundo todo leu.

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Já Félix caminhou milhas e milhas,
No grande Livro das Maravilhas.

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Quando ficou velho, Blaquerna deixou o papado,
E escreveu o Livro do Amigo e do Amado.

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Blaquerna era um super-homem tolerante,
Que herói, que homem fascinante!

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Já Félix caminhou milhas e milhas,
No grande Livro das Maravilhas.

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No Livro das Bestas Félix percebeu,
Que o mal na corte do rei cresceu.

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Para sua Arte poder divulgar,
Ramon criou uma escola em Miramar.

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Ali educou intrépidos missionários,
Para divulgar a fé aos adversários.

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Ao defender o diálogo para a conversão,
Desenvolveu uma fé cega na razão.

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Por Paris e Sorbonne Ramon passou,
E em uma aula magna ele ensinou.

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Falou com reis e falou com o papa,
De Ramon ninguém escapa.

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O pobre homem ninguém quis escutar,
Mas ele, teimoso, decidiu viajar.

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E Ramon fez viagens e missões,
Apesar das grandes dúvidas e tensões.

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Foi a Túnis tentar convencer
Os adversários que não queriam crer.

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Ali provocou uma grande confusão,
E por pouco não recebeu uma flagelação.

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Para Nápoles ele decidiu voltar,
E com o papa Celestino foi se encontrar.

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Como Blaquerna, o ermitão,
Celestino abdicou com sofreguidão.

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Para ter mais influência,
Ramon escreveu a Árvore da Ciência.

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E também a Árvore da Filosofia,
Que ao rei Felipe, o Belo, envia.

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Quando setenta anos completou,
Para a Terra Santa e Armênia Ramon viajou.

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Sentindo-se inválido e vagabundo,
Escreveu o Canto de Ramon para o mundo.

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Compôs o Desconsolo, um belo poema,
Onde sua sorte é o principal tema.

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Em 1307, num belo dia,
Viajou pelo mar até Bugia.

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Mas com sua pregação,
Só conseguiu obter a expulsão.

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Para a Europa e Vauvert ele voltou,
Quando suas idéias o mundo aceitou.

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Ali fez uma miscelânea,
Chamada Vida Coetânia.

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Foi em Vienne, no Delfinado,
Que um Concílio foi convocado.

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Sentindo sua confiança aumentar,
Ramon Llull decidiu se apresentar.

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E ali falou pouco a pouco,
Para que não o tomassem por louco.

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Voltou para casa decepcionado,
Mas não se sentiu derrotado.

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Para Túnis outra vez voltou,
E dali ferido e morto retornou.

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Ramon, louco ou gigante, cheio de esperança,
Hoje com São Francisco descansa.