O legado da Igreja Católica para as mulheres
In: CAMPAGNOLO, Ana. Não existe cristã feminista.
São Paulo: Editora Vida, 2025, pp. 244-252 (sem as imagens)
(ISBN: 978-65-5584-751-2)
A mulher, fértil termômetro do mundo
Imagem 1
Deusa da fertilidade (c. 100). Paquistão, Gandhara (possivelmente Charsada), início do Período Kushan (c.30-375). Terracota, 26,7 cm. The Cleveland Museum of Art. Figuras femininas, feitas de terracota, encontradas em grandes piscinas budistas, indicam a importância da arte e dos ritos associados à fertilidade e ao parto, e mostram o protagonismo das mulheres. A coroa de flores, os seios pequenos e a suave modelagem do corpo da imagem, com largos quadris, associam a figura ao imaginário greco-romano.
Neste início do século XXI, o Islamismo ainda é a religião que mais cresce no mundo (e será majoritária até 2060, segundo projeções recentes) – graças também ao poder fecundante das mulheres. Essa expansão começou no início da década de 60 do século XX, simultaneamente com o declínio espiritual da Igreja Católica, que ocorreu especialmente a partir do Concílio Vaticano II (1962-1965)1, último encontro ecumênico católico que decidiu estabelecer novas (e mais “democráticas”) relações da Igreja com o mundo, com duas importantes decisões em particular: um afrouxamento da disciplina eclesiástica e uma relação mais amistosa com as outras religiões “do Livro” – Judaísmo e, especialmente, o Islamismo.
A principal consequência perceptível deste fenômeno ocorrido nos últimos sessenta anos – a crise espiritual do Catolicismo – foi o recuo demográfico de seus crentes na Europa, América Latina e Estados Unidos, em que pese o fato de, percentualmente, continuar a ser 17% da população global, como no início do século XX.2 Isso graças também, em parte, à diminuição das proles das famílias católicas. Mulheres muçulmanas com muitos filhos; mulheres católicas com poucos filhos. A mulher é o termômetro do mundo. Desde sempre.
O leitor perguntará: mas qual exatamente é a relação disso com a situação social (e jurídica, naturalmente) da mulher na cultura ocidental medieval, católica, cristã? Simples: na História, diferentemente da posterior tradição islâmica, o Cristianismo trouxe uma dignidade à mulher desconhecida antes da vinda de Jesus Cristo. À mulher e à criança.
A esse respeito, confesso: o primeiro impulso para novamente me voltar para a condição da mulher na Idade Média, além de um capítulo que escrevi justamente para um pujante livro de Ana Caroline Campagnolo3, foi um texto do historiador Jacques Le Goff (1924-2014) a respeito do tema! Sim, um dos maiores medievalistas do século passado, marxista, vejam só, “confessou”, já no final da vida, que o Cristianismo libertou as mulheres.4 Isso mesmo! Após décadas a colocar os movimentos da Igreja Católica sob suspeita até que se prove o contrário, Le Goff reconheceu a nova condição feminina proporcionada pela Igreja. Por Cristo.
Mas, diferentemente do medievalista, preferi a palavra dignidade ao invés de libertação. Ainda que as mulheres no mundo romano estivessem sob o poder do pai e depois do marido (o famoso pater famílias), libertação pressupõe escravidão.5 E elas não eram escravas! Absolutamente. As de famílias aristocráticas recebiam o título de domina (senhora) – como, mais tarde, as mulheres nobres medievais. Além disso, já no contexto cristão, a dignidade matriarcal estava diretamente relacionada à igualdade no matrimônio6, como expressou claramente São Paulo (c. 5-65):
O marido cumpra o dever conjugal para com a esposa; e a mulher faça o mesmo em relação ao marido. A mulher não dispõe do seu corpo; mas é o marido quem dispõe. Do mesmo modo, o marido não dispõe do seu corpo; mas é a mulher quem dispõe. Não vos recuseis um ao outro, a não ser de comum acordo e por algum tempo, para que vos entregueis à oração; depois disso, voltai a unir-vos a fim de que Satanás não vos tente mediante a vossa incontinência. (1 Cor 7, 3-5) (o grifo é meu).
Entendam o trecho: na ordem – importantíssima forma sequencial na exposição das ideias – em primeiro lugar é o marido quem deve cumprir seu dever conjugal. Paulo determina: primeiro ele! E reparem: ambos têm os mesmos direitos; ambos pertencem um ao outro, ambos formam um só corpo – e reparem um fato curioso e pouco observado: ao tirar Eva da costela de Adão, Deus estabeleceu a igualdade entre Adão e Eva, a igualdade entre os sexos, pois a costela está no meio do corpo, nem acima (na cabeça), nem abaixo (nos pés).7
Retornemos a Paulo. O apóstolo destacou enfaticamente a igualdade do casal – de comum acordo, como sublinhei na passagem bíblica acima –, ainda que a superioridade caiba ao homem. Interessante paradoxo, difícil de ser compreendido tanto por agnósticos quanto ateus e pós-modernos: igualdade na diferença. Mas não apenas nos textos paulinos se inaugura essa nova postura diante do feminino: nos quatro evangelhos canônicos também é notável o maior reconhecimento dos direitos da mulher em relação ao mundo greco-romano.8 Assim, a boa-nova, o Cristianismo, inaugurou uma nova tradição nas relações entre os sexos, na condição feminina, costumes bem distintos se comparados aos do mundo então conhecido, o Império Romano.
Em contrapartida, essa nova dignidade, mais igualitária em relação às heranças culturais anteriores, demorou muito para efetivamente penetrar nas consciências dos conversos – e ainda hoje, em pleno século XXI, não se firmou inteiramente, é sempre importante ressaltar. Mas sua semente fora solidamente plantada, por estar registrada no mais importante documento que deveria nortear as condutas dos cristãos, a Bíblia.
É verdade que, nos primeiros autores cristãos, talvez um tanto perplexos, certamente um tanto radicais, há um recuo (ainda que nem todos). Por exemplo, o teólogo Orígenes de Alexandria (c. 185-253) alertou que os homens não deveriam ser dominados por suas mulheres (“Não permito que a mulher ensine nem que domine o homem, pois é indecente que a mulher se converta em mestra do varão”9). Mas isso não é uma prova que, na prática, muitas delas faziam exatamente isso?
Dois séculos mais tarde, na bela correspondência trocada entre São Jerônimo (c. 340-420) e várias aristocratas romanas, cristãs, devotas (por exemplo, com Marcela de Roma [325-410], Eustóquia [c. 368-420], Paula de Roma [347-404], Fabíola [†399], Demétria [séc. IV]...), percebe-se uma grande beleza textual, expressões do que é mais sublimemente humano e cristão: um genuíno e puro calor fraternal.10
Seja como for, entre os extremos que vão de um Orígenes a Jerônimo, o Cristianismo inegavelmente abriu as portas para a atuação social das mulheres: ministérios – para viúvas e virgens –, o martírio (há dezenas de registros da espontânea presença feminina nos grupos cristãos que foram perseguidos e martirizados nos primeiros séculos, o que confere à mulher o enorme status religioso de ter fundado a Igreja – literalmente, assentada no sangue de seus mártires, semente de cristãos [sanguis martyrum, semen christianorum11] – algo normalmente desconsiderado pelos historiadores e, especialmente, na educação caseira (papel essencial na transmissão da fé: a conversão de parentes12). Elas eram as primeiras a escutarem as prédicas cristãs. E a se converterem.
A mulher das mulheres, Ave Maria, modelo de vida
Imagem 2
Detalhe de A Virgem e o Menino (séc. XIV). França, calcário com resquícios de tinta e douramento, 156,2 x 45,7 x 27,9 cm. Metropolitan Museum. Nos braços de sua mãe, o Menino Jesus segura a ponta do cinto, gesto que pode sugerir o casamento místico de Cristo com sua mãe, tema frequente em hinos e sermões da época. Este detalhe é característico de esculturas normandas.
Assim como para todos os cristãos, homens e mulheres, o modelo de vida e de comportamento passou a ser o Cristo, especificamente para as mulheres foi Maria, assombro dos assombros, o maior dos tributos à beleza humana, mulher cuja maturidade sexual foi expressa em sua divina maternidade, mais elevado símbolo do amor ideal entre pessoas corporificadas: o amor de mãe. Maria, intercessora divina, passou a ser o farol da Humanidade para além das esferas celestes que ultrapassavam quaisquer desejos mundanos.13
No coração da Idade Média (séculos XII-XIII), a devoção a Maria, devoção mariana, transformou as sociedades cristãs. Trouxe o amor para todos os âmbitos da existência, inclusive profanos: textos (Literatura), imagens (Arte), comportamentos. Devoções. No universo religioso, Maria fez com que a imagem da mulher fosse alçada ao protagonismo da vida.
Como tão bem escreveu a maior personalidade do século XII, São Bernardo de Claraval (1090-1153), a seu respeito: nela, a maldição de Eva não só por ela foi revertida em bênção14, como fez com que, por ela e para ela, as pessoas suspirassem por seu poderoso e piedoso amor15, considerado manancial de clemência16, árvore da vida17, precioso presente que a Terra enviou aos Céus para assim poderosamente fundir o humano e o divino, o terreno e o celeste, o humilde e o sublime.18
As palavras que São Bernardo dedicou a Maria em seus inúmeros sermões estão entre as mais belas já escritas na Literatura Universal. Ofereço um brevíssimo bálsamo daquela boca que mel escorria:
Que corra, pois, nossa alma sedenta a esta caudalosa fonte; que nossa miséria insistentemente recorra a este cume de misericórdia. Estes são, Virgem abençoada, os votos que te dirigimos ao ascenderes junto a teu Filho, e te acompanhamos, ao menos à distância.
Que tua piedade manifeste ao mundo a graça que Deus te empossou: suplica e consegue o perdão para os pecadores, o alívio para os enfermos, o entusiasmo para os pusilânimes, a paz para os aflitos, o apoio e a liberdade para os que se encontram em perigo.
E que, neste dia de festa e de alegria, todos os servos que invocam e louvam o dulcíssimo nome de Maria recebam por ti, rainha clementíssima, os dons da graça de Jesus Cristo, teu Filho, Nosso Senhor, que é o Deus soberano, bendito para sempre.19
A mulher, o amor e o sorriso
Imagem 3
Reverso de espelho com cenas de amantes (c. 1350-1375). Paris, marfim de elefante, 10,9 x 11,4 x 0,8 cm, Metropolitan Museum. Esta peça de marfim serviu como reverso de um espelho de vidro prateado. Quando feito pela primeira vez, o aro ranhurado do interior formava metade de um suporte de baioneta que permitia travar em outro lado para formar uma caixa protetora completa para o espelho. Nela, há quatro cenas de amor cortês, com casais separados pelos galhos de uma árvore. Nas oito cúspides que circundam as cenas, cabeças folheadas. Na borda, quatro leões que rondam as cenas e proporcionam à peça uma forma quadrada. Por seu tamanho, delicadeza da escultura e excelente estado de preservação, é um dos mais notáveis sobreviventes da escultura em marfim parisiense do século XIV.
O entusiasmo com que aquelas sociedades abraçaram o amor a Maria foi intenso. Tão intenso que, além de criarem catedrais que até hoje deslumbram por sua imponência e beleza (as conhecidas Notre-Dame20), fez com que aquele amor materno, tão bem-expresso na relação mãe-filho (artisticamente moldada nas esculturas chamadas de A Virgem e o Menino21 [imagem 2]) transbordasse da esfera religiosa para penetrar no mundo privado civil e criar um novo e revolucionário conceito entre os sexos: o amor cortês (imagem 3).22
O protagonismo daquelas damas feudais nas festas das cortes nobres impôs formas mais pacíficas e suaves de conduta, de sociabilidade. Pois era ela para quem convergiam os olhares e desejos.23 Elas os fizeram se apaixonar! Pela primeira vez na História, eles foram seduzidos e submetidos aos seus desejos. Compuseram poemas e canções. Homenagearam suas virtudes, a beleza de seus rostos, a suavidade de seus corpos.24
E então renasceu o sorriso (imagem 4). Discreto e sereno, porém com uma doce expressão de completude, de felicidade. Graças às mulheres. Desaparecido das esculturas já na Grécia Arcaica (800-480 a.C.)25, o sorriso reapareceu no século XIII, nas esculturas góticas. Sinal artístico de maturidade de uma civilização que se percebia como vitoriosa, otimista, vencedora. Sem o protagonismo das mulheres nas cortes e a centralidade da Virgem Maria nas catedrais, isso não seria possível ou, pelo menos, não tão belo. A bela Idade Média existiu de verdade!26
Imagem 4
Virgem sentada com o Menino (séc. XIV). Escola castelhana, Depósito do Museo Nacional de Escultura de Valladolid (foto: Ricardo da Costa).
Conclusão
Inicio minha conclusão com uma composição da trovadora Beatriz, condessa do Dia27 (que viveu na segunda metade do séc. XII), considerada uma das mais apaixonadas poesias já escritas por mãos femininas28:
Estat ain en greu cossirier (Tenho estado em grave aflição) Condessa do Dia (final do séc. XII) Trad.: Ricardo da Costa | ||
I Estat ai en greu cossirier |
| I Tenho estado em grave aflição |
per un cavallier q’ai agut, |
| por um cavaleiro que tive, |
e voill sia totz temps saubut |
| e quero que para sempre saibam |
cum eu l’ai amat a sobrier; |
| o quão desmedidamente o amei. |
ara vei q’ieu sui trahida | 05 | Agora vejo que fui traída |
car eu non li donei m’amor, |
| porque não lhe dei meu amor. |
don ai estat en gran error |
| Por isso tenho estado em grande angústia |
en lieig e qand sui vestida. |
| no leito e quando estou vestida. |
| ||
II Ben volria mon cavallier |
| II Muito desejaria meu cavaleiro |
tener un ser e mos bratz nut, | 10 | tê-lo uma noite, nu em meus braços, |
q’el en tengra per ereubut |
| ele se sentiria feliz |
sol q’a lui fezes cosseilier; |
| apenas comigo como sua almofada, |
car plus m’en sui abelida |
| já que estou mais apaixonada |
no fetz Floris de Blanchaflor; |
| que Flor esteve por Brancaflor.29 |
eu l’autrei mon cor e m’amor | 15 | Eu lhe entrego meu coração e meu amor, |
mon sen, mon huoills e ma vida. |
| meu juízo, meus olhos e minha vida. |
| ||
III Bels amics, avinens e bos, |
| III Belo amigo, amável e bom, |
cora∙us tenrai e mon poder? |
| quando ter-vos-ei em meu poder? |
e que jagues ab vos un ser |
| Se pudesse convosco uma noite me deitar, |
e qe∙us des un bais amoros! | 20 | dar-vos-ia um beijo amoroso! |
Sapchatz, gran talan n’auria |
| Saibais que grande desejo tenho |
qe∙us tengues en luoc del marit, |
| de tê-lo no lugar de meu marido, |
ab so que m’aguessetz plevit |
| contanto que me tivésseis jurado |
de far tot so qu’eu voiria. |
| fazer tudo o que eu desejasse. |
No mundo profano, mulheres trovadoras, mulheres nobres, mulheres amadas e nas cortes cortejadas, poetizadas, idealizadas e desejadas; no mundo religioso, as santas, mas sobretudo a Virgem, mulher das mulheres, alçada ao protagonismo nas esculturas das catedrais, nas orações, súplicas e devoções. Ainda que com a desconfiança dos cronistas, o rigor por vezes misógino de alguns clérigos (ciosos em demasia) e teólogos que muitas vezes levavam a ferro e fogo a interpretação dos textos sagrados (especialmente do Antigo Testamento), em que pese todos os contratempos no tempo e todas as tradições jurídicas oriundas dos costumes herdados da Antiguidade, as mulheres medievais marcaram a História de um modo absolutamente original. Delinearam a face do Ocidente em contraposição às tradições orientais (notadamente a islâmica).
Uma última peculiaridade: com a gradativa normatização e sacralização do casamento por parte da Igreja na Idade Média (Sínodo de Verona, 1184), elas passaram a ter voz no momento da união sacramental. Igualdade de vontades. Se uma noiva dissesse “não”, nenhum padre poderia obrigá-la a se casar. Século após século, pouco a pouco, até chegar à bela Idade Média gótica e urbana, elas ajudaram a moldar, a caracterizar e a embelezar a civilização ocidental de um modo tão especial que, se o leitor duvida, saboreie seus frutos na atualidade: experimente comparar o Ocidente com o Oriente Médio; aquele, colorido, também feminino (belas são as mulheres), exuberante na diversidade, paradoxal na complexidade interpretativa das Sagradas Escrituras; este, muito mais uniforme pelas normas comportamentais do Alcorão, eminentemente masculino (belos são os homens), com a mulher ocultada, socialmente submetida (em vários níveis, do simples véu à rigorosa burka [برقع]) e com muito menos direitos que os homens – eles não podem se casar com até quatro esposas? Neste lado do mundo, sobretudo desde a devoção mariana e o amor cortês, aprendemos a ouvi-las, a sermos por elas aconselhados – e por vezes submetidos aos seus desejos, anseios e caprichos. Graças a Deus!
***
Fontes citadas
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Bibliografia citada
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SUÁREZ BLÁSQUEZ, Guillermo. “La patria potestad en el derecho romano y en el derecho altomedieval visigodo”. In: Revista de Estudios Histórico-Jurídicos [Sección Derecho Romano] XXXVI. Chile: Valparaíso, 2014, p. 162-159-187.
TORRES, Juana. “Mujeres y altares: entre la Roma pagana y la Roma cristiana”. In: GARCÍA DE CORTÁZAR; TEJA, Ramón (orgs.). Mujeres en silencio: el monacato femenino en la España medieval. Aguilar de Campoo: Fundación Santa Marí ala Real del Patrimonio Histórico, 2017, p. 11-39.
Notas
- 1. DE MATTEI, Roberto. O Concílio Vaticano II. Uma história nunca escrita. Porto: Caminhos Romanos, 2012.
- 2. “The Global Catholic Population”. In: Pew Research Center, 2013. Internet.
- 3. COSTA, Ricardo da. “Mulheres na Idade Média (520-1430)”. In: CAMPAGNOLO, Ana Caroline (org.). Guia de bolso contra mentiras feministas. Campinas, SP: Vide Editorial, 2021, p. 33-39.
- 4. LE GOFF, Jacques. “O cristianismo libertou as mulheres”. In: LE GOFF, Jacques. Uma longa Idade Média. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008, p. 117-133.
- 5. “A família é uma instituição de e para homens, patres, quirites. O direito de Roma nunca admitiu a família matriarcal. O poder pátrio romano é um poder jurídico viril. O paterfamilias é o chefe de governo de todos os laços que submetem os membros do grupo familiar. Todos os membros da família estão sujeitos (alieni iuris) ao poder do homem, um cidadão romano, sui iuris. Além disso, o marido submete e subjuga sua esposa, uxor in manu. Ela ocupa a posição de filha (loco filiae) se o marido exerce a autoridade parental, ou de neta (loco neptis) se o pai do marido detém a autoridade.” (a tradução é nossa) – SUÁREZ BLÁSQUEZ, Guillermo. “La patria potestad en el derecho romano y en el derecho altomedieval visigodo”. In: Revista de Estudios Histórico-Jurídicos [Sección Derecho Romano] XXXVI. Chile: Valparaíso, 2014, p. 162-163.
- 6. TORRES, Juana. “Mujeres y altares: entre la Roma pagana y la Roma cristiana”. In: GARCÍA DE CORTÁZAR; TEJA, Ramón (orgs.). Mujeres en silencio: el monacato femenino en la España medieval. Aguilar de Campoo: Fundación Santa Marí ala Real del Patrimonio Histórico, 2017, p. 19 (nota 8).
- 7. LE GOFF, Jacques. “O cristianismo libertou as mulheres”. In: LE GOFF, Jacques. Uma longa Idade Média, op. cit., p. 122.
- 8. TORRES, Juana. “Mujeres y altares: entre la Roma pagana y la Roma cristiana”, op. cit., p. 20.
- 9. ORÍGENES. Homilías sobre Isaías (Introducción, traducción y notas de Samuel Fernández Eyzaguirre, pbro.). Madrid: Editorial Ciudad Nueva, 2012, (Homilía VI, 3).
- 10. Obras completas de San Jerónimo. Xa Epistolario I y Xb. Epistolario II (introd., trad. y notas por Juan Bautista Valero). Madrid: Biblioteca de Autores Cristianos (BAC), MMXIII y MMXV.
- 11. “O diácono Estêvão foi o primeiro de uma grande legião de testemunhas, cujo sangue aspergiu a Igreja e favoreceu sua rápida difusão pelo mundo: sanguis martyrum, semen christianorum, o sangue dos mártires é semente dos cristãos, afirmou Tertuliano (Apol., 50, 13). Se não fosse por essa semeadura de mártires e por esse patrimônio de santidade que caracterizaram as primeiras gerações cristãs, talvez a Igreja não tivesse conhecido o desenvolvimento que todos nós conhecemos.” (a tradução é nossa) – JOÃO PAULO II. ÁNGELUS. Fiesta de San Esteban, protomártir. Lunes 26 de diciembre de 1994.
- 12. ALEXANDRE, Monique. “Do anúncio do Reino à Igreja. Papéis, ministérios, poderes femininos”. In: DUBY, Georges; PERROT, Michelle (dir.). História das mulheres no Ocidente. A Antiguidade. Lisboa: Edições Afrontamento, s/d, p. 553.
- 13. SCRUTON, Roger. Beleza. São Paulo: É Realizações, 2013, p. 63.
- 14. SAN BERNARDO DE CLARAVAL. “Sermones litúrgicos. En la vigilia de Navidad. Sermón cuarto”. In: Obras completas de San Bernardo de Claraval III. Madrid: MCMLXXXV, p. 163 (3).
- 15. SAN BERNARDO DE CLARAVAL. “Sermones litúrgicos. En la Asunción de Santa Maria. Sermón quinto”. In: Obras completas de San Bernardo de Claraval IV. Madrid: MCMLXXXVI, p. 373 (8).
- 16. SAN BERNARDO DE CLARAVAL. “Sermones litúrgicos. Domingo primero después de la octava de Epifanía. Sermon primero”. In: Obras completas de San Bernardo de Claraval III, op. cit., p. 323 (2).
- 17. SAN BERNARDO DE CLARAVAL. “Sermones litúrgicos. En el Adviento del Señor. Sermón segundo”. In: Obras completas de San Bernardo de Claraval III, op. cit., p. 75 (4).
- 18. SAN BERNARDO DE CLARAVAL. “Sermones litúrgicos. En la Asunción de Santa Maria. Sermón uno”. In: Obras completas de San Bernardo de Claraval IV, op. cit., p. 339 (2).
- 19. SAN BERNARDO DE CLARAVAL. “Sermones litúrgicos. En la Asunción de Santa Maria. Sermón quinto”. In: Obras completas de San Bernardo de Claraval IV, op. cit., p. 373 (9).
- 20. A mais famosa de todas, a de Paris, alma da França. Ver POIRIER, Agnès. Notre-Dame. A alma da França. São Paulo: DBA Editora, 2021.
- 21. ALMEIDA, José António Ferreira de. “A Virgem com o Menino na Arte Antiga e Medieval”. Porto, MCMLIV, p. 09-42.
- 22. DUBY, Georges. “O modelo cortês”. In: DUBY, Georges e PERROT, Michele (dir.). História das Mulheres no Ocidente. Volume 2 - A Idade Média. Porto: Edições Afrontamento / São Paulo: Ebradil, s/d, p. 330-351.
- 23. COSTA, Ricardo da. “O papel do amor cortês e dos jograis na Educação da Idade Média. Guilherme IX da Aquitânia (1071-1127) e Ramon Llull (1232-1316)”. In: CASTRO, Roberto C. G. (org.). O Intérprete do Logos. Textos em homenagem a Jean Lauand. São Paulo: Factash Editora/ESDC, 2009, p. 232.
- 24. COSTA, Ricardo da; GABY, André; HARTMANN, Ernesto; RIBEIRO, Antônio Celso; SILVA, Matheus Corassa. “Um tributo à arte de ouvir. O amor cortês nas cançons de Berenguer de Palou (c.1160-1209)”. In: eHumanista/IVITRA 15 (2019), p. 396-455.
- 25. Na Grécia Arcaica, foi chamado de “sorriso arcaico”. Ver PISCHEL, Gina. História Universal da Arte 1. São Paulo: Melhoramentos, 1966, p. 90.
- 26. “Pode-se afirmar que se trata, grosso modo, do século XIII (...) progresso da produção agrícola (...) explosão demográfica (...) domínio escolar e intelectual, o domínio artístico e o domínio urbano (...) a alfabetização das crianças conhece amplo progresso, sem exclusão das meninas (...) surge um ensino superior (...) a bela Idade Média é essencialmente urbana (...) a bela Idade Média é um tempo de moderação e de equilíbrio...” – LE GOFF, Jacques. “A bela Idade Média existiu de verdade!”. In: LE GOFF, Jacques. Uma longa Idade Média. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008, p. 49-66.
- 27. O Die é uma comuna francesa no Departamento de Drôme, região administrativa de Auvérnia-Ródano-Alpes.
- 28. DE RIQUER, Martín. Los trovadores. Historia literaria y textos (prólogo de Pere Gimferrer). Barcelona: Ariel, 2012, p. 798.
- 29. Floire et Blancheflor (c. 1160), um dos mais famosos contos medievais, romance cortês com cerca de 3.000 versos de oito sílabas rimadas, traduzido para dez línguas literárias (vernáculas) entre 1170 e 1500. Ver BARANDA, Nieves. “Los problemas de la historia medieval de Flores y Blancaflor”. In: DICENDA. Cuadernos de Filología Hispánica, n. 10. Universidad Complutense de Madrid, 1991-1992, p. 21-39.