Memorial Acadêmico (1981-2016)

Ricardo da COSTA
Vídeo da defesa no Youtube

AbstractAcademic Memorial presented on April 26, 2017 to a Special Commission to progress to the last level of academic career in Brazil (Professor Titular), with the narrative (textual and imagery) of my intellectual trajectory, from the formation (in the beginning of the decade of 80 of the 20th century, in the graduation of History at the University of Santa Ursula and Estácio de Sá University) until December 2016, with professional and academic choices, research topics, activities of teaching, research and extension (in undergraduate and four postgraduate studies – masters of History, Philosophy and Arts of UFES and doctorate of the Universitat d’Alacant) as well as the publications of my translations of medieval documents and works (books and articles) published in Brazil and abroad.

ResumoMemorial acadêmico apresentado no dia 26 de abril de 2017 a uma Banca de Comissão Especial com vistas à progressão funcional para o nível de Professor Titular, com a narrativa (textual e imagética) de minha trajetória intelectual, desde a formação (no início da década de 80 do séc. XX, na graduação em História na Universidade Santa Úrsula e, posteriormente, na Universidade Estácio de Sá) até dezembro de 2016, com as escolhas profissionais e acadêmicas, os temas de pesquisa, as atividades de ensino, pesquisa e extensão (na graduação e em quatro pós-graduações – os mestrados de História, de Filosofia e de Artes da UFES e o doutorado Transferencias Interculturales e Históricas en la Europa Medieval Mediterránea da Universitat d’Alacant), além das publicações de minhas traduções de documentos medievais e os trabalhos (livros e artigos) publicados no Brasil e no exterior.

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Il Bibliotecario (1566), de Arcimboldo (c. 1526-1593). Óleo sobre tela, 97 x 71 cm, Coleção do Castelo Skokloster, Suécia. À procura de uma imagem que pudesse sintetizar minha trajetória intelectual, encontrei essa obra do maneirista italiano, único em seu gênero. Em sua instigante estética do visível (ou vida linguística dos signos1), sublimo a composição de seus distintos elementos imagéticos como uma alegoria de minha própria vida, solitária vida vivida entre a História, a Filosofia, a Literatura e, por fim, a Arte. Um amálgama de variados elementos da Cultura, diferentes interesses por um distante passado que se condensaram em meu espírito, como o bibliotecário de Arcimboldo, “um dos precursores mais óbvios da arte moderna”2, que emerge de uma taciturna e densa cortina para expressar sua perplexidade existencial e manifestar o amainamento de sua solidão com os livros. Com os mortos.

I. O Memorial, anamnese intelectual

A Sócrates lhe parecia que nada sabia, a não ser que ignorava3 e o sapientíssimo Salomão afirmava que todas as coisas são difíceis e inexplicáveis pela linguagem4 (...) Se é assim, como também o profundíssimo Aristóteles afirma na Filosofia Primeira que nas coisas mais manifestas pela Natureza nos deparamos com dificuldades semelhantes à dos morcegos que tentam ver o Sol5, se o nosso desejo não é em vão, o que desejamos é saber que ignoramos.

Se pudermos chegar plenamente a isso, atingiremos a douta ignorância. Com efeito, nenhum outro saber mais perfeito pode advir ao homem, mesmo ao mais estudioso, do que descobrir-se sumamente douto na sua ignorância, que lhe é própria, e será tanto mais douto quanto mais ignorante se souber. Com este fim me entreguei ao trabalho de escrever algumas poucas coisas sobre a douta ignorância.6

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¿Si sabrá más el discípulo? (1799). Gravura 37 da série Los caprichos, (p. 37r.) de Francisco de Goya (1746-1828).7

Esta é a breve história de uma trajetória acadêmica. De uma vida voltada para o estudo do passado. De um passado distante. Desveladas aqui também estão as ideias (ou parte delas), os sentimentos, os anseios e as ilusões de um tecido existencial narrado em algumas páginas, na pretensão de destacar algo que, em retrospectiva, pareça ter sido importante ou meritório o suficiente para ser registrado e lido por meus pares. Creio que esse seja um dos objetivos possíveis de um Memorial, título algo pomposo que certamente oculta, em parte, uma ego-história reflexiva.8 Se procede o que temo, que pelos menos minha psicanálise acadêmica aqui desvelada seja menos uma divagação pomposa do que um devaneio dialogante com as misteriosas redes traçadas pelas Parcas.9

No entanto, ilusório é exigir que um Memorial seja uma autobiografia no sentido mais amplo da palavra, qual seja, uma minuciosa autópsia de si mesmo.10 Ademais, reconheçamos: nem todos têm a lavra narrativa de um Fernand Braudel (1902-1985)11, muito menos eu. Mas passo a ele, sem rodeios: lembrar o passado próximo já me faz sentir como um velho homem novo. Isso porque o Memorial também é, e par excellence, um tempo de reflexão, de meditação (mesmo que não explicitada). Uma angústia oficial! Pois a história continua, já bem disse um dos maiores historiadores do séc. XX, Georges Duby (1919-1996), ao narrar sua própria autobiografia acadêmica.12 E deve continuar, pois o tempo é célere, ainda que de difícil apreensão, como já nos recordou – e de modo indelével – Santo Agostinho (354-430): “O que é o tempo? Se ninguém mo perguntar, eu sei; se o quiser explicar a quem me fizer a pergunta, já não sei”.13 Eu não sei, ou melhor, sei: sei que nada sei, pois nada soube, nada saberei.

II. Da História para a Música (1981-1983)

Felizes os que comportam-se neste tempo malicioso como forasteiros e peregrinos, isto é, sem se contaminarem com ele. Aqui não temos a cidade permanente, por isso caminhamos à procura da futura. Por isso, mantenhamo-nos distantes dos maus desejos que combatem nossa alma como forasteiros e peregrinos.]

Pois o verdadeiro peregrino caminha pela estrada régia sem se desviar, nem para a direita, nem para a esquerda. Suspira pela pátria, para a pátria caminha. Não se mistura com citadinos, mas de quando em vez se diverte e assiste o que acontece, escuta ou conta o que viu.14

Devemos principiar em algum ponto do passado. Comecemos em 1981, ano em que ingressei no curso de História da Universidade de Santa Úrsula (USU), no Rio de Janeiro. Fui o primeiro da família, tanto da linha paterna quanto materna, a entrar para uma faculdade, fenômeno marcante para os de minha geração (isto é, o ingresso no Ensino Superior).15 A História fora, desde cedo, a paixão de um ávido leitor adolescente, das histórias em quadrinhos de Harold Foster (1892-1982) – autor de meu querido Príncipe Valente (criado em 1937) –, de Alex Raymond (1909-1956), de Lee Falk (1911-1999) e de Will Eisner (1917-2005); da obra de Monteiro Lobato (1882-1948), de enciclopédias (Conhecer, Barsa, História das Civilizações), da Mitologia Grega, da Bíblia e dos Clássicos da Literatura Universal – de Robert Louis Stevenson (1850-1894) a Alexandre Dumas (1802-1870), de Mark Twain (1835-1910) a Walter Scott (1771-1832).16

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O Amor e o Peregrino (1869), esboço de Edward Coley Burne-Jones (1833-1898). Grã-Bretanha, giz no papel, caderno de esboços, 14,6 x 26,2 cm, Museum n. E.1613-1926.17 “Ainda que tivesse o dom de profecia e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, ainda que tivesse toda a fé, de modo que transportasse os montes, se não tivesse amor, nada seria.” (1Cor 13, 2).

No início da década de 1980 vivíamos, ainda, os resquícios do fim do período denominado de distensão lenta e gradual (o governo dos generais Ernesto Geisel [1974-1979] e João Figueiredo [1979-1985]). O ambiente universitário sofria sentimentos persecutórios: Nós, estudantes, sentíamos que “ainda” erámos vigiados. Talvez o fôssemos. Por isso, dosar o que falar e para quem falar fazia parte do tom estudantil da época.

A USU tinha então uma boa tradição acadêmica. A graduação era de bom nível, o corpo docente tinha qualidade, o mundo acadêmico era instigante, em que pese a sensação de cerceamento. Esse é o sentimento que se fixou em minha memória. Fiz as disciplinas básicas – Antropologia, Sociologia, História Antiga, etc. –, com certa ênfase humanista da parte dos professores. No entanto, o que mais chamou minha atenção foi a disciplina História Medieval, ministrada pelo Prof. Dr. Mário José Maestri Filho (1948- ), recém-chegado de seu doutorado na Université Catholique de Louvain. Sua metodologia e entusiasmo chamaram-me tanto a atenção que o acompanhei em duas outras ocasiões: cursei uma disciplina optativa oferecida por ele, inédita no Brasil, História da África Negra18 (com o texto-base de Joseph Ki-Zerbo [1922-2006]), e um curso que ele ofereceu no Real Gabinete Português de Leitura (RJ) intitulado O Escravismo no Brasil (junho-julho de 1981).

Meu trabalho final versou sobre a obra Orixás (1981), de Pierre “Fatumbi” Verger (1902-1996).19 Outra interessante experiência em minha graduação foi um trabalho que redigi sobre o artista Augusto Rodrigues (1913-1993).20 Entrevistei-o em sua residência.21 Foi meu primeiro contato acadêmico com a Arte.

No fim do primeiro semestre de 1983 – meu quarto período letivo – tranquei o curso. Minha profissão (fui músico – cantor e contrabaixista) impedia-me de conciliar os estudos com o trabalho. Os compromissos avolumaram-se. Era necessário fazer uma escolha. Optei pela Música. Mal sabia que retornaria institucionalmente a ela trinta anos depois; mal sabia que esse roteiro – a transdisciplinaridade – seria o tom de minha vida.

III. Da Música para a História: a graduação (1990/1993)

Afastemos os sábios, que consideram insano e impertinente quem faz o próprio elogio. Se isto é ser louco, convém-me às mil maravilhas. Há algo melhor para a Loucura do que trombetear ela mesma sua glória e cantar a si mesma? Quem me pintaria com mais veracidade? Não sei de ninguém que me conheça melhor que eu mesma. Creio, aliás, demonstrar nisso mais modéstia do que este douto ou aquele grande que, por perverso pudor, suborna em seu proveito a adulação de um retórico ou as invenções de um poeta, e os paga para ouvir louvações, isto é, puras mentiras.

Entretanto, nossa pudica personagem abre a cauda em leque como um pavão, levanta a crista, enquanto impudentes aduladores comparam aos deuses a sua nulidade e a apresentam, convencidos do contrário, como um rematado modelo de todas as virtudes; enfeitam a gralha com penas emprestadas, embranquecem o etíope e apresentam a mosca como um elefante. Afinal, utilizando mais um velho provérbio, declaro que temos razão em louvar-nos a nós mesmos quando não encontramos ninguém para fazê-lo.22

Passaram-se sete anos. Fui músico (1980-2000) – mas, essa é outra história. Merveilleuse, mas, outra. Aqui, basta a consequência: perdi minha matrícula na USU. Havia se passado tempo demais após o trancamento do curso. Resolvi então outra vez tentar o Vestibular. Tudo de novo. Era 1990. Passei para a Universidade Estácio de Sá (UNESA) no primeiro vestibular que aquela instituição ofereceu para a graduação em História (Licenciatura e Bacharelado) – nunca mais o ofereceriam.

Comecei novamente do primeiro período, no segundo semestre de 1990. Solicitei a isenção das disciplinas que cursei na USU. No entanto, devido à grande diferença entre as grades curriculares, daqueles dois anos completos cursados na USU consegui apenas a isenção de um semestre na UNESA, algo suficiente para saltar um período à frente de minha turma original (as disciplinas cursadas na USU e que não foram aceitas na UNESA constaram em meu Histórico como enriquecimento curricular).

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Detalhe de A nave dos loucos (c. 1490-1500) de Hieronymus Bosch (1450-1516). Óleo sobre madeira, 57,8 x 32,5 cm, Louvre, Paris. Uma metáfora iconográfica do desequilíbrio que acomete todos os destemperados passageiros da Loucura, lunáticos por natureza23, nós, contemplativos.

Assim, a partir do segundo semestre letivo, primeiro de 1991, passei a essa segunda fase de minha graduação, sozinho – era, literalmente, o único aluno em sala de aula. Uma faculdade de aulas particulares. Essa circunstância fez com que meu curso fosse ótimo, embora não sem um certo constrangimento regular por parte dos professores. Mas o que importava era o fato de, mais maduro, eu estar disposto a fazer a coisa certa: usufruir o melhor que o corpo docente tinha para oferecer.

No início, o que foi algo muito positivo para a construção de minha perspectiva intelectual multidisciplinar, o curso de História esteve academicamente atrelado ao de Arqueologia (com as disciplinas obrigatórias de Arqueologia Clássica, Arqueologia do Brasil I, Pré-História do Brasil, Etnologia Brasileira, Paleografia, etc.).

No entanto, logo foi convocado um corpo docente de excelência, especialista em História, para compor o quadro docente – professores da PUC, da UERJ, além de pós-graduados vindos do exterior (por exemplo, guardo as melhores lembranças do professor de História Antiga e Arqueologia Clássica, Carlos Alberto Sertã, da UERJ e dos Profs. Drs. Vlademir José Luft (1959- ) e Alfredo Mendonça de Souza24 – além, é claro, de meu orientador de Monografia, Prof. Dr. Renato Pereira Brandão (1950- ).

Havia duas turmas, eu em um período à frente, como disse, e a turma original, um período atrás (da qual restaram apenas três alunos!). Apesar de ser um curso financeiramente muito deficitário para a instituição, a Universidade cumpriu à risca suas obrigações – não sem lutarmos por isso no MEC. Mas isso também é outra história.

Pouco antes de minha formatura, nos meses de julho-agosto de 1993, participei de três Cursos de Extensão, os primeiros de minha vida acadêmica. Na UERJ, participei da “Primeira Semana de Filosofia Medieval”, com três interessantes palestras. Recordo-me vivamente da última, proferida pelo Prof. Dr. Carlos Arthur Ribeiro do Nascimento (1935- ), com o título “Galileu e as raízes medievais da Modernidade” – encontrar-me-ia com ele anos mais tarde, em um congresso de Filosofia Medieval em Recife, na qualidade de colega expositor. Cloto, uma das Parcas, começava a enredar os fios de meu Destino (foi a primeira vez que a Filosofia Medieval surgiu como um possível tema de pesquisa).

Por sua vez, a UNESA ofereceu dois cursos, “A Segunda Guerra Mundial” (na estrita perspectiva da história militar) e “O Ensino da História: Novos Problemas, Novos Objetos, Novas Abordagens”, fundamentado na trilogia História Nova organizada por Jacques Le Goff (1924-2014) e por Pierre Nora (1931- )25, base de minha formação teórico-metodológica e visão de uma história total, da Escola dos Annales, que me acompanha até hoje.26

Formei-me no final do segundo semestre de 1993. Bacharelado e Licenciatura em História. Em minha monografia de graduação, “A Ordem dos Cavaleiros do Hospital de São João de Jerusalém durante as Cruzadas (1048-1291)”, como disse, fui orientado pelo Prof. Dr. Renato Pereira Brandão (1950- ) quem, generosamente, guiou-me nos primeiros passos de uma pesquisa acadêmica. Foi dele a sugestão de estudar História Medieval (hesitava entre a História Medieval e a História Contemporânea) e foi também dele o incentivo para imediatamente tentar o mestrado em História Medieval na Universidade Federal Fluminense (UFF), na ocasião uma Pós-graduação com avaliação máxima (7) da CAPES, processo seletivo em que fui aprovado já para o primeiro semestre de 1994 com o projeto de estudar a mentalidade de cruzada na Península Ibérica. Sou-lhe profundamente grato por essa indicação de rumo, que veio a se tornar existencial.

Entrementes, trabalhei, como professor de História (5ª e 6ª séries), no Jardim Escola Heidelândia (Pilares, RJ, 1994/1996), na Fundação Bradesco (primeiro semestre de 1995), para o 1° e o 2° graus, e na Escola Vitória (Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro), em 1997, para lecionar para turmas de 4ª e 5ª séries. No Ensino Superior, lecionei na UERJ (1998/1999) como professor substituto (contratado) na área de História Antiga e Medieval – que, devido à sua amplitude acadêmica, transdisciplinar (cursos de História, de Ciências Sociais, de Filosofia e de Educação Artística), foi uma excelente experiência docente27 – e no Conjunto Universitário Cândido Mendes (1996/1997) como professor contratado (disciplina Metodologia Científica) para os cursos de Pós-graduação lato sensu de Administração Escolar, Supervisão Escolar, Orientação Educacional, Gestão Estratégica e Reengenharia de Recursos Humanos. Acumulava assim, simultaneamente à pesquisa acadêmica, uma ótima experiência docente.

III.1. As pós-graduações: o Mestrado e o Doutorado (UFF, 1994/2000)

Aprovado na UFF no exame de dezembro de 1993, ingressei, em 1994, na qualidade de pesquisador, no Grupo de Pesquisas Medievais da Profa. Dra. Vânia Leite FróesScriptorium – que, além de cursar as disciplinas por ela ofertadas, tinha reuniões semanais onde se discutiam textos de medievalistas e eram apresentados Seminários de pesquisa. Durante dois anos (1994/1996) participei de todas as atividades, muitas vezes na qualidade de seminarista.28 Além disso, durante todo o mestrado (e no doutorado), participei de inúmeras atividades acadêmicas: fiz cursos29, oficinas30, workshops31, encontros (regionais32, nacionais33 e internacionais34) e apresentei textos de minha autoria, resultados de minhas pesquisas. Gostaria de destacar três trabalhos:

1) uma comunicação no I Simpósio Internacional de História Antiga e Medieval do Cone Sul e VI Simpósio de História Antiga (40h), realizado na UFRGS (de 10 a 14 de outubro de 1994), quando proferi o tema “A relação entre as ordens militares e a mentalidade de cruzada na Península Ibérica”, base de minha posterior hipótese central da dissertação de mestrado (neste simpósio assisti a uma conferência do Prof. Dr. Hilário Franco Jr. [1948- ], referência na área e incentivo para minha trajetória acadêmica);

2) a comunicação “D. Dinis e a supressão da Ordem do Templo (1312): o processo de formação da identidade nacional em Portugal”, apresentada no XVIII Simpósio Nacional de História (ANPUH), em Recife, entre 23 e 28 de julho de 199535 – esse trabalho, anos depois, foi citado por um dos maiores especialistas do mundo nos templários, Alain Demurger (1939- )36, para minha satisfação; e

3) o III Congresso Nacional de Estudos Clássicos – Representações da Antiguidade, ocorrido na UFRJ (de 02 a 06 de outubro de 1995), quando apresentei a comunicação “Santa Mônica: a criação do ideal da mãe cristã”, tema de pesquisa distinto do de minha dissertação e oriundo de minha leitura das Confissões de Santo Agostinho (354-430)37 – posteriormente, como se verá, a história do gênero ressurgiu regularmente como objeto temático de minhas pesquisas.

Com o avanço das pesquisas no âmbito da dissertação de mestrado, deparei-me pela primeira vez, em 1996, com o filósofo Ramon Llull (1232-1316). Uma de suas obras mais conhecidas, o Livro da Ordem de Cavalaria (Llibre de l’orde de cavalleria, c. 1274-1276), que se inseria inteiramente no tema de minha dissertação – a guerra na Idade Média – seria o primeiro documento medieval que, mais tarde, traduziria. Após ler o texto (em uma edição argentina, infelizmente de má qualidade – hoje o sei), apresentei o trabalho “Raimundo Lúlio e o imaginário do modelo cavaleiresco”, no II Simpósio Internacional de História Antiga e Medieval do Cone Sul e VII Simpósio de História Antiga (UFRGS, julho de 1996).

Entrementes, começava a adquirir experiência em concursos públicos. Fui aprovado, em terceiro lugar, para a cadeira de História do Colégio Militar do Rio de Janeiro, em 1997 e, nesse mesmo ano, defendi minha dissertação de mestrado (17/07/1997), cujo título foi “A Cruz do Santo Lenho do Marmelar. A permanência da mentalidade de cruzada no imaginário cavaleiresco ibérico durante a Reconquista Portuguesa (sécs. XI-XIV)”. O trabalho recebeu da banca examinadora – composta pelos Profs. Drs. Ciro Cardoso (1942-2013, UFF, História Antiga e Medieval), Lygia Rodrigues Vianna Peres (UFF, Letras) e Vânia Leite Fróes (UFF, História Medieval, orientadora) – a recomendação para publicação, o que viria a ocorrer em 1998, em lançamento com noite de autógrafos na Livraria do Museu da República, no Palácio do Catete.38

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Castelo do Crato (séc. XIV), Alentejo, originalmente sede em Portugal da Ordem do Hospital de São João de Jerusalém, ordem monástico-militar medieval objeto de minhas pesquisas de monografia de graduação e de dissertação de mestrado.

A experiência docente na UERJ e na Faculdade Cândido Mendes se ampliava academicamente com as apresentações em congressos: no II Encontro Internacional de Estudos Medievais (ocorrido na UFRGS em 1997), evento organizado pela ABREM, apresentei pela primeira vez um trabalho de História da Arte: “Beato de Liébana (730-785) e uma iluminura dos Quatro Cavaleiros do Apocalipse de São João – análise iconográfica” (o mesmo trabalho, revisto e ampliado, foi apresentado na Semana de História 98 da PUC-Rio) (imagem 6). Cloto, em diálogo com Láquesis, continuava a tecer meu fio. Átropos, graças a Deus, ainda, aguarda para cortá-lo.

Em 1997 tive meu primeiro trabalho publicado na Europa, na Faculdade de Letras do Porto, “Ramon Llull (1232-1316) e o modelo cavaleiresco ibérico: o Libro del Orden de Caballería”, um dos capítulos de minha dissertação de mestrado.39 Llull acompanhar-me-ia durante toda a minha trajetória acadêmica.

No final desse ano, fui aprovado para o doutorado na UFF, com início em março de 1998. Na mesma ocasião, fui aprovado em concurso público, em terceiro lugar, para o cargo de professor assistente de História Antiga e Medieval para a UERJ. Foi meu primeiro concurso para pertencer a uma universidade. Já havia decidido, devido ao meu perfil profissional (o amor ao estudo, à pesquisa), integrar o corpo docente de alguma instituição, estadual ou federal, a primeira em que fosse aprovado em primeiro lugar.

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Os quatro cavaleiros do Apocalipse. Facundus Beatus Codex (Comentário ao Apocalipse [1047] do Beato de Liébana [c. 730-800]). Madrid, Biblioteca Nacional, Ms Vit. 14.2, folio 135.

Por isso, no primeiro semestre de 1998, participei de meu segundo concurso de nível superior, para a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE). Fui aprovado em segundo lugar. Quando de minha ida àquele estado, fui convidado a apresentar o resultado de minha dissertação de mestrado em uma palestra para o curso de História, intitulada “A pesquisa histórica: problemas, métodos e teorias na construção de uma dissertação de mestrado – a mentalidade de cruzada na reconquista portuguesa (sécs. XII-XIV)”.

Em meados desse mesmo ano, criei um website. Disponibilizei meus textos e uma Cronologia da Península Ibérica que preparei quando de meu ingresso no mestrado (para situar historicamente os acontecimentos). A visibilidade proporcionada pela Internet ao meu trabalho mostrar-se-ia fundamental para os desdobramentos futuros de minha trajetória profissional.

A vida acadêmica não impediu que eu continuasse a trabalhar na Educação Básica: fui aprovado (10° lugar) em concurso para ser professor de História (5ª à 8ª Séries) no município de Niterói. No entanto, o aprofundamento das pesquisas no doutorado impediu-me de prosseguir a carreira: tive que abandonar a docência no município no final do primeiro semestre de 1999.

No início de meu doutorado, fui convidado a organizar, juntamente com o Prof. Dr. Jorge Luiz Prata de Sousa (meu professor de História da América em minha graduação e outra influência em minha perspectiva cultural de abordar o passado), o Ato Cultural da Inauguração da filial do Instituto Brasileiro de Filosofia e Ciência “Raimundo Lúlio” (IBFCRL) no Rio de Janeiro, evento que teve lugar no Espaço Cultural dos Correios (Centro, 21/10/1998), com três atividades:

1) o lançamento da primeira tradução portuguesa do romance de cavalaria Tirant lo Blanc (1490)40, de Joanot Martorell (1413-1468);

2) uma conferência do Prof. Dr. Fernando Domínguez Reboiras (1943- ), Wissenschaftlicher Mitarbeiter do Raimundus-Lullus-Institüt da Albert-Ludwigs Universität Freiburg, e

3) um recital do pianista Miquel Villalba (1968- ) (programa com Haydn [1732-1809], Chopin [1810-1849], Manuel Castillo [1930-2005] e Brahms [1833-1897]).

Já havia anteriormente entrado em contato com o IBFCRL, pois a inserção de um capítulo sobre aquele tratado de cavalaria de Ramon Llull em minha dissertação de mestrado levara-me a investigar tanto a bibliografia (que descobri ser incomensurável!) quanto os âmbitos institucionais, nacionais e internacionais de investigação daquele filósofo medieval catalão. A partir de então, passei a integrar, na qualidade de pesquisador, o IBFCRL de São Paulo.

A dissertação de mestrado rendia convites. Proferi conferência na UERJ (“Roma e a Península Ibérica: o conceito de missão civilizacional41), palestra na UFRJ (“Aspectos da mentalidade de cruzada na Península Ibérica”), minicurso na ANPUH-ES, na UFES (“A construção da mentalidade de cruzada”42), e palestra na UFF (“O projeto monacal – Cluny [sécs. X-XII]” – tema que retornaria alguns anos depois).43

Em fevereiro de 1999, recebi convite do Raimundus-Lullus-Institut da Albert-Ludwigs-Universität Freiburg (Alemanha), na pessoa do Prof. Dr. Fernando Domínguez Reboiras, para pesquisar, durante três meses, documentação sobre Ramon Llull e estudar paleografia catalã medieval. Para me preparar para essa experiência acadêmica europeia (que se mostrou decisiva em minha trajetória acadêmica), estive no Instituto Brasileiro de Filosofia e Ciência “Raimundo Lúlio” em São Paulo, sob a orientação de seu presidente, Esteban Jaulent Paulí, para previamente investigar a bibliografia especializada sobre aquele filósofo (maio de 1999).44

Na ocasião, fui convidado para traduzir o Livro da Ordem de Cavalaria, de Llull, único tratado de cavalaria escrito na Idade Média. O trabalho levou um ano – fiz, basicamente, com a consulta ao Glossari General Lul·lià, de Miquel Colom Mateu (1900-1999)45 e a inestimável revisão do saudoso Prof. Dr. Rui Vieira da Cunha (1926-2003) – e foi publicado em 2000.46

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Detalhe da iluminura V do Breuiculum (c. 1325, St. Peter perg. 92, folio 5r), manuscrito com recopilações de obras do filósofo Ramon Llull (1232-1316) feito às expensas do discípulo do filósofo catalão, o médico parisiense (e cônego de Arras) Thomas Le Myésier (†1336). Nele, há doze iluminuras que narram a Vita coaetanea (1311), autobiografia de Llull. À esquerda, nove filósofos (que representam as nove dúvidas possíveis sobre os nove sujeitos do Universo) fazem nove perguntas à escada da Arte; ao centro, Llull explica seu método filosófico; à direita, a torre da confiança, da sabedoria e da verdade – de cima para baixo, a Trindade, três anjos (que representam a Vontade, o Intelecto e a Memória) e as sete virtudes necessárias para se ascender intelectualmente (Justiça, Fortaleza, Temperança, Prudência, Humildade, Paciência e Piedade).

Entrementes, prosseguia meu périplo de pesquisas paralelas ao tema de meu doutorado, e as respectivas apresentações de trabalhos resultantes dessas investigações. São dessa época “Um tratado de filosofia política ibérica: o Espelho dos Reis de frei Álvaro Pais (c. 1275-1349)”47 e “O papel das ordens militares na expansão portuguesa”.48 Ainda participei da Oficina Ética e História, realizada pelo Laboratório de Estudos Medievais e Ibéricos da UFF.49

Em setembro de 1999, fui aprovado em primeiro lugar no concurso público para professor assistente, área de História Antiga e Medieval, no Departamento de História da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Assim, pude viajar para Freiburg para aquele estágio de três meses no Raimundus-Lullus-Institut com o espírito renovado e esperançoso de, ao retornar ao Brasil, tomar posse do cargo.

Permaneci no Raimundus-Lullus-Institut nos meses de setembro a dezembro de 1999. Além de fazer três cursos de Paleografia (PALÄOGRAFIE DES ALTKATALANISCHEN teilgenommen I, II e III) com a transcrição de extratos da obra Començaments de filosofia (c. 1299-1300)50, sob a orientação do Prof. Dr. Fernando Domínguez Reboiras, pude consultar a inacreditável biblioteca do Instituto, os manuscritos (então microfilmados) e escrever, com toda a maravilhosa tranquilidade proporcionada pelo ambiente acadêmico alemão, a tese de doutorado (minuciosamente lida e generosamente corrigida pelo Prof. Reboiras).51

Como anexos à tese, ainda, traduzi, pela primeira vez para o português, a Árvore Imperial, sétimo capítulo de uma grande obra enciclopédica escrita por Llull, a Árvore da Ciência (1295-1296)52 – fonte-base de minha tese de doutorado – e a Vita coaetania (1311), autobiografia ditada pelo filósofo (de uma cópia catalã do século XV).53

Assim, retornei ao Brasil em meados de dezembro de 1999, antes do Natal, com a tese praticamente pronta, estruturada e com todos os capítulos quase integralmente redigidos, mas, não sem antes ter uma encantadora despedida de professores e alunos na Biblioteca do Raimundus-Lullus-Institut e receber um convite do Prof. Dr. Alexander Fidora, aceito, para assistir um congresso internacional de Filosofia Medieval (a portas fechadas, isto é, somente para professores) na J. W. Goethe-Universität, em Frankfurt am Main, evento ocorrido no dia 04 de dezembro de 1999. O tema foi Scientia und Disciplina im 12. Und 13. Jahrhundert, assunto que retornaria em pesquisas posteriores.

IV. Entre a História e a Filosofia (2000-2013)

IV.1. A História Medieval

Tomei posse no cargo de professor assistente do quadro permanente da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) no dia 27 de janeiro de 2000. Durante aquele primeiro semestre cumpri os créditos (44) de meu doutorado. Nos nove meses seguintes, enquanto assumia os encargos institucionais na UFES em meus dois primeiros semestres letivos na graduação de História, isto é, de fevereiro a novembro, enriqueci a tese: acrescentei bibliografia secundária, alterei a ordem dos capítulos e fiz inúmeras precisões e especificações conceituais e históricas, sempre sob a precisa, cirúrgica e atenta orientação do Prof. Dr. Guilherme Paulo Castagnoli Pereira das Neves, então coordenador do Programa de Pós-graduação da UFF.

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Alegoria da Vaidade (c. 1632-1636) de Antonio de Pereda (c. 1611-1678). Óleo sobre tela, 139,5 x 174 cm, Kunsthistorisches Museum, Viena, Áustria. Pecado capital de nosso ofício, volta e meia a Vaidade assedia os espíritos. Assediou o meu.

Assim, em julho, defendi a qualificação e, logo a seguir, em novembro, defendi a tese, com uma bela banca interdisciplinar formada pelos professores doutores Elena Garcia (Filosofia, UERJ), Francisco José Pereira das Neves Vieira (História Medieval, USU), José Rivair Macedo (História Medieval, UFRS), Ronaldo Vainfas (História Moderna, UFF) e Guilherme Paulo Castagnoli Pereira das Neves (História Moderna, UFF, orientador). A banca recomendou a publicação do trabalho.

Devido às minhas bancas de qualificação e de defesa de doutorado na UFF, esse primeiro ano como professor da UFES (2000) foi intenso. Um acúmulo de trabalho (somado ao fato de ter que organizar a mudança da família do Rio de Janeiro para Vitória). Além da disciplina de minha área (História Medieval), ministrei os programas de História Contemporânea e Monografia I (primeiro semestre) e História Medieval (turmas do curso diurno e noturno), Tópicos Especiais de História Antiga e Medieval e Monografia I (segundo semestre), integrei comissões internas (de Ensino e de Recursos Humanos) e uma banca examinadora para seleção de professor substituto (História Moderna e Contemporânea).

Ofereci na UFES um minicurso (no XX ENEH) com o tema de minha tese de doutorado54, proferi conferência na UFRGS no Seminário “Guerra Santa e Cristandade”55, participei de uma banca de monografia de graduação na área de Pintura (com ênfase em arte-terapia) orientada pelo Prof. Attílio Colnago Filho, conhecido restaurador de bens culturais móveis no Espírito Santo – meu primeiro contato com o ambiente do Centro de Artes da UFES – e, por fim, participei de um curso de extensão na UFRJ, O Campesinato na História, evento organizado pelo Laboratório de História Antiga (LHIA), sob a coordenação do Prof. Dr. André Leonardo Chevitarese: coordenei uma mesa-redonda (“O Campesinato como grupo ou classe social”) e proferi uma palestra (“Revoltas camponesas na Idade Média. 1358: a violência da Jacquerie na visão de Jean Froissart”), posteriormente publicada.56

Esse primeiro ano acadêmico de 2000 terminou com o convite para integrar o Conselho Editorial da Revista Brathair (de estudos medievais celtas e germânicos) da parte do Prof. Dr. Álvaro Alfredo Bragança Júnior (Letras-UFRJ).

Nesse ano, tive dois trabalhos publicados: “O pensamento político no final do século XIII: a imagem do Príncipe Tirano na Árvore Imperial, de Ramon Llull57 (“miolo” de minha hipótese doutoral) e “Boécio e Ramon Llull: a Roda da Fortuna, princípio e fim dos homens58, trabalho assinado a quatro mãos com a Profa. Dra. Adriana Zierer (UEMA). Por fim, organizei o primeiro Grupo de Estudos Medievais da UFES (GPM I) –, ainda que nem sempre com sucesso (devido às inconstantes circunstâncias do mundo acadêmico brasileiro), sempre considerei o trabalho em equipe algo fundamental na vida do pensamento: registrei o projeto de pesquisa na Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (PRPPG) da UFES “Tradução de fontes primárias da Baixa Idade Média: Ramon Llull (1232-1316) e a obra Fèlix ou o Livro das Maravilhas”.

Com base na experiência adquirida com o trabalho de tradução do Livro da Ordem de Cavalaria, em 1999, idealizei a proposta com um cronograma para traduzir essa novela em dois anos. Inicialmente, foram mais de vinte alunos interessados em participar do projeto, o que muito me surpreendeu (depois percebi que o contato institucional com documentos de época, fontes primárias, era algo raro em suas graduações). Desejavam ter essa experiência mais direta com o mundo do passado, já que estavam mais habituados à leitura bibliográfica de autores contemporâneos.

De minha parte, já havia aprendido, no Raimundus-Lullus-Institüt de Freiburg, que o exercício de tradução era o trabalho mental que exige mais concentração da parte do historiador, algo confirmado pelo hispanista (e medievalista) inglês Richard Fletcher (1944-2005).59 Reuníamo-nos todas as semanas, à tarde (naquela ocasião, as aulas no curso de História aconteciam apenas pela manhã, das 7h às 12h).

No entanto, como o texto era volumoso, os primeiros capítulos com temas difíceis (pois tratam de Metafísica), e os estudantes não estavam acostumados a trabalhar a médio prazo, após alguns meses, dos mais de vinte restaram três (atualmente duas professoras do estado do ES e um funcionário público [da UFES]).60 Devido ao acúmulo de trabalho na universidade, levei dois anos para terminar a tradução – ademais, era necessário escrever a Apresentação, além de compor as notas explicativas, eruditas, com indicações bibliográficas e propostas interpretativas para as passagens mais “herméticas”. A obra foi posteriormente publicada pela Editora Escala, de São Paulo, em dois volumes, na coleção Grandes Obras do Pensamento Universal.61

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O mundo mental da Cultura pressupõe seu compartilhamento. Iluminura de uma cópia do séc. IX do Corpus Agrimensorum Romanorum (sécs. V-VI), tratado romano de Agrimensura. Aachen, Renascimento carolíngio (c. 825), Biblioteca Vaticana, Pal. lat. 1564.

A publicação do Livro da Ordem de Cavalaria rendia frutos. No início do frutífero ano de 2001, ano, ainda, mais intenso que o de 2000, proferi a conferência “A cavalaria perfeita e as virtudes do bom cavaleiro no Livro da Ordem de Cavalaria (1275) de Ramon Llull” na UFRJ62 e na UERJ – gentilmente traduzida para o espanhol pelo Prof. Dr. José Higuera Rubió e publicada pela Universidad de Navarra (UNAV) no mesmo ano, no volume 17 da Coleção Cuadernos de Pensamiento Español63 – e palestras na UFES64 e no IHGES.65 Além disso, apresentei o trabalho “A violência da cavalaria medieval e o processo civilizador dos oratores”, no XIII Simpósio de História da UFESAutoritarismo, repressão e memória66, na mesa Ambiguidades da Igreja na Antiguidade Tardia e Idade Média (por mim coordenada) e na ANPUH 2001 (Niterói, julho de 2001).67

No final do primeiro semestre de 2001, entreguei ao Departamento de História da UFES o Relatório de Atividades do Núcleo de Pesquisa e Documentação Histórica, espaço institucional que havia sido a mim outorgado para o cargo de coordenador. Exerci-o por três anos (de março de 2001 a março de 2003). No âmbito do Núcleo, organizei a edição n.° 09 da Revista do Departamento de História da UFES;68 coordenei reuniões semanais com os grupos de pesquisas da UFES I e II para traduzir as obras Félix ou o Livro das Maravilhas (1288-1289), O Livro dos Mil Provérbios (1302), O Livro dos Anjos (c. 1274-1283) e a Doutrina para crianças (c. 1275-1282) – todas posteriormente publicadas69 –; dirigi o curso “A Filosofia na Idade Média”70, a I Jornada de Monografia do curso de História da UFES e obtive apoio para o projeto “Cine 70 – as salas de exibições cinematográficas da cidade de Vitória na década de 70”.71 Ali pude exercitar o hábito de traduzir fontes primárias em catalão antigo, o que me foi de extrema utilidade em minha vida acadêmica.

Um trabalho muito instigante (e que me proporcionou o exercício da capacidade de síntese tão necessária ao nosso ofício) foi escrever uma série de resenhas de livros para o caderno Prosa & verso do jornal O Globo. As primeiras, com excelente repercussão, foram 1) Eva e os padres – damas do século XII (de Georges Duby [1919-1996])72 e 2) Histórias de perdão (de Natalie Zemon Davies [1928- ]).73

No âmbito professoral, em 2001, além das disciplinas na graduação74, ministrei “História da Conquista Ibérica” (30 horas) no curso de Pós-graduação lato sensu de História Social do Brasil oferecido pelo CCHN. Ofereci dois minicursos: 1)Codex Manesse: iluminuras teutônicas do séc. XIII” (na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Cataguases [FAFIC])75, e 2) “A violência da cavalaria medieval e as tentativas de conter suas pulsões agressivas: as Cruzadas e o Livro da Ordem de Cavalaria (1275) de Ramon Llull”76, o curso “A Filosofia na Idade Média”77 e o curso de extensão (PROEX) “Literatura, Filosofia e História”.78

Embora tenha feito uma incursão nas artes com o trabalho sobre uma iluminura espanhola do Comentário ao Apocalipse do Beato de Liébana (c. 730-800)79 foi, de fato, com o Codex Manesse que se concretizou meu primeiro estudo um pouco mais consistente na área de História da Arte medieval: além do curso na FAFIC, apresentei o tema no IV Encontro Internacional de Estudos Medievais, ocorrido na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (imagem 10).80 Posteriormente, retornei ao tema em duas outras análises iconográficas, ambas publicadas na revista Brathair.81

Nesses dois anos de estágio probatório (2001/2002), ainda, integrei a Comissão Interna de Recursos Humanos e a Comissão Interna de Ensino do Departamento de História. No entanto, preferi orientar minha vida universitária na pesquisa e produção acadêmica – sei que há colegas que optam pelo caminho institucional, a carreira política; não obstante, confesso, nunca me senti inteiramente à vontade com os vivos. A convivência mental com os mortos sempre me foi mais instigante, mais profícua, além de ter projetado minhas divagações com a vida real para o texto, para a narrativa – vida real, explico-me, da transcendência, transcendência acima da imanência (aliás, título de um dos congressos de que participei, como tratarei adiante).82

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Heinrich VI Hohenstaufen (1165-1197). Cod. Pal. germ. 848. Große Heidelberger Liederhandschrift (Codex Manesse), Zürich, c. 1300-1340, folio 6r.

Em outubro de 2001 aconteceu no Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP o Seminário Internacional Raimundo Lúlio e o diálogo inter-religioso, que contou com as palestras dos Profs. Drs. Harvey Hames (Ben Gurion University of the Negev, Beer-Sheba) e Alexander Fidora (Johannes W. Goethe-Universität Frankfurt am Main), além do economista e presidente do Instituto Brasileiro de Filosofia e Ciência “Raimundo Lúlio” (IBFCRL), Esteban Jaulent Paulí. A abertura do evento ficou a cargo do então Reitor da USP, Dr. Jacques Marcovich. Fui convidado pelo IBFCRL a proferir palestra sobre as relações do filósofo Ramon Llull com o mundo islâmico. O trabalho, “Árabes e cristãos no diálogo luliano”83, foi publicado em 2002 nos Anales del Seminario de Historia de la Filosofía, importante revista da Universidad Complutense de Madrid (UCM).84

Ainda em outubro, proferi conferência na USP, “Estudos medievais e filosofia”, com base na tradução (que, ainda, estava em andamento) da obra Félix ou O livro das Maravilhas (1288-1289), na disciplina Filosofia da Educação II, ministrada pelo Prof. Dr. Jean Lauand (USP).

Aos poucos, com o aprofundamento dos estudos de filosofia medieval – e o filósofo Ramon Llull como eixo central a partir do qual minhas reflexões se espraiavam – aproximava-me, gradativamente, mais e mais do âmbito filosófico: participei do VIII Congresso Internacional de Filosofia Medieval – em comemoração aos 20 anos da Comissão Brasileira de Filosofia Medieval85 – com o trabalho “A ética da polaridade de Ramon Llull (1232-1316): o conhecimento necessário dos vícios e virtudes para o bom cumprimento do corpo social”, publicado como capítulo de livro.86

A convite, participei do Programa Modernidade (01/10/2001), da Rede SescSenac de Televisão (SP), apresentado pelo filósofo Mario Sergio Cortella, para discorrer sobre a Idade Média, período de uma compreensão sempre obstaculizada pela mitologia criada a partir do Renascimento.

O tema do mestrado (a Guerra na Idade Média), ainda, frutificava. Proferi conferência na mesa “Violência e Religião”, no Seminário Violência na História (IFCS-UFRJ), com os Profs. Drs. Paulo Augusto Nogueira (UMESP), Maria Regina Cândido (UERJ) e Gabriele Cornelli (UMESP/UNIMEP). No entanto, além da Filosofia, abria outra vertente temática (e que posteriormente render-me-ia mais frutos): a história das mulheres – em boa parte, inspirado pela escolha do tema por parte de Georges Duby. Já havia trabalhado com Santa Mônica. Escolhi outra santa: Macrina, a Jovem (c. 330-379), dessa vez em parceria com a Profa. Dra. Adriana Zierer, colega de Pós-graduação na UFF e coautora em outra pesquisa. Ela traduziu a Vida de Macrina (séc. IV), base documental de nosso texto, “Vida de Macrina: santidade, virgindade e ascetismo feminino cristão na Ásia Menor do séc. IV”, apresentado no XI Ciclo de Debates – Gênero & Sexualidade (IFCS-UFRJ)87 e publicado no México88 e no Brasil.89

As atividades burocrático-institucionais prosseguiam. A direção do CCHN constituiu Comissão Eleitoral para escolha de seus representantes no Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFES; fui membro suplente (dezembro de 2001). Também, fui designado membro da Comissão Julgadora de concurso para professor substituto na área de História Moderna e Contemporânea, em janeiro de 2002.

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Mas, o trabalho acadêmico que mais renderia dividendos nesse período foi a publicação, em dezembro de 2001, da Revista Mirabilia (com seu registro concedido pelo IBICT em janeiro de 2002 com o número ISSN 1676-5818). A ideia de criar uma revista de estudos da Antiguidade e da Idade Média foi uma iniciativa em parceria com os colegas Adriana Zierer e Moisés Romanazzi Tôrres. O volume 1 ficou sob minha responsabilidade (editoração e publicação) e contou com catorze artigos de autores do Brasil, Argentina, Espanha e Alemanha. Assinei a “Apresentação” e um artigo90, originalmente um capítulo de minha tese de doutorado, adaptado.91 Começava assim uma revista que teria uma notável repercussão no exterior, como trataremos adiante.

Com o tema da convivência entre as religiões como eixo temático central, organizei um Projeto de Extensão (pela Pró-reitoria de Extensão da UFES) intitulado “Introdução ao Pensamento Medieval: Fé, Razão e o Diálogo entre as Religiões” (de 05 de março a 08 de agosto de 2002), com a participação de oito professores (e carga horária de 136 horas):

1) Métodos e técnicas para o uso de fontes históricas e filosóficas
Profa. Dra. Vânia Maria Losada Moreira (UFES, História)

2) A apocalíptica judaica e suas influências nos Manuscritos do Mar Morto e no cristianismo primitivo
Prof. Dr. Paulo Augusto Nogueira (UMESP)

3) Teorias da História
Profa. Ms. Adriana Keuller (FAESA)

4) Perseguição e resistência cristã perante o Estado romano imperial (sécs. I-IV)
Profa. Helimara Moreira Lamounier Heringer (Seminário Evangélico Reformado/ES)

5) Tolerância e intolerância na relação entre cristianismo e paganismo na Antiguidade Tardia e Alta Idade Média
Prof. Ms. Edmar Checon de Freitas

6) Do Renascimento carolíngio ao nascimento da filosofia no séc. XI
Prof. Dr. Ricardo da Costa (UFES)

7) Razão e fé na Idade Média e o Diálogo entre as Religiões
Prof. Dr. Alexander Fidora (Johannes W. Goethe-Universität Frankfurt am Main)

8) São Tomás de Aquino e a especificidade da cultura ibérica: a formação da cultura brasileira
Prof. Dr. Estilaque Ferreira dos Santos (UFES, História).

Foi uma excelente experiência organizacional. Além de convidar todos os colegas do Departamento de História (dois aceitaram participar), convidei colegas de outras instituições e estreitei os laços acadêmicos com o Prof. Dr. Alexander Fidora (que veio de Frankfurt e permaneceu durante um mês em Vitória para ministrar sua disciplina) e, assim, pude intensificar minha visão interdisciplinar, pois o curso apresentou as perspectivas histórica, filosófica, teológica e jurídica do período medieval.92 Na qualidade de coordenador, acompanhei pari passu todo o seu desenvolvimento.

Nesse ínterim, ministrei a disciplina “O pensamento político na Idade Média” (30 horas) no curso de Pós-graduação lato sensu de História Política oferecido pelo CCHN (fevereiro de 2002). Com base na experiência de organização daquele Projeto de Extensão, ainda, no mesmo ano, organizei, com o Prof. Luiz Antonio Gomes Pinto, o Ciclo de Palestras 2002 – Pensamento Político e Práxis Política, no Núcleo de Pesquisa e Informação Histórica da UFES (NPIH/UFES), com os seguintes professores (e temas):

Autoritarismo e Política na visão de Francisco Campos e Oliveira Vianna

Prof. Dr. Carlos Vinícius Costa de Mendonça

10/04/02

Sistema político e eleitoral brasileiro

Prof. Dr. Mauro Petersem Domingues

17/04/02

Pressupostos teóricos da Filosofia Política

Prof. Luiz Antonio Gomes Pinto

24/04/02

A Filosofia Política em Nicòlo Machiavelli

Prof. Ms. Pedro José Bussinger

12/06/02

O sistema eleitoral e partidário no Espírito Santo

Prof. Ms. André Ricardo V. V. Pereira

19/06/02

Políticas públicas em Educação na Primeira República

Prof. Dr. Sebastião Pimentel Franco

26/06/02

O Legislativo no processo de desenvolvimento político, econômico e social do ES

Deputado Estadual Lelo Coimbra

03/07/02

Ética e Política aristotélica na Idade Média I

Prof. Dr. Alexander Fidora

10/07/02

Ética e Política aristotélica na Idade Média II

Prof. Dr. Alexander Fidora

17/07/02

Ética e Política aristotélica na Idade Média III

Prof. Dr. Alexander Fidora

24/07/02

O Príncipe nos tratados políticos medievais: o anti-príncipe maquiavélico

Prof. Dr. Ricardo da Costa

31/07/02

O Liberalismo no imaginário social brasileiro

Profª Drª Márcia Barros Ferreira

07/08/02

Traços da memória política capixaba sob o prisma dos projetos de desenvolvimento que estiveram no cenário estadual no século XX

Profª. Drª. Marta Zorzal da Silva

14/08/02

O conflito no Oriente Médio e a Questão palestina

Prof. Hegner Araújo

21/08/02

Ao Povo o atraso: Populismo na política capixaba dos anos 50

Prof. Fernando Achiamé

28/08/02

A falta de ação política na preservação de Patrimônios Históricos no Espírito Santo

Prof. Hércules Dutra

04/09/02

A força de Chiapas: que caminhos trilhar para alcançar um mundo novo?

Prof. Dr. Antonio Carlos Amador Gil

18/09/02

A Música como forma de driblar a Censura (1974-1982) e a distensão política no Brasil (1974-1979)

Profas. Maria da Penha Melo e Raquel Vieira Carniele

25/09/02

Saberes esotéricos e lugares de poder no Império Romano

Prof. Dr. Gilvan Ventura da Silva

02/10/02

Com o lançamento da edição brasileira do Livro do gentio e dos três sábios (c. 1274-1276), de Ramon Llull, fiz uma resenha (a terceira) para o Prosa & Verso do jornal O Globo, quando pude apresentar ao público brasileiro uma “outra” Idade Média, que desejava um diálogo pacífico e uma convivência plural com as culturas judaica e islâmica93, além de outra (a quarta), de duas obras: a História da Guerra do Peloponeso, de Tucídides (c. 460-400 a. C.) e Vinte anos de crise – 1919-1939, de E. H. Carr (1892-1982).94

IV.2. Pós-doutorado na Universitat Internacional de Catalunya

Logo após a aprovação de meu estágio probatório na UFES (abril de 2002), fui aceito pela Universitat Internacional de Catalunya (Barcelona) para realizar um estudo pós-doutoral em História Medieval sob a direção do Prof. Dr. Josep Serrano i Daura (titular da cadeira de História do Direito e das Instituições), durante o período de 01 de dezembro de 2002 a 31 de outubro de 2003 (o que viria a ocorrer, no entanto, somente a partir do segundo semestre de 2003, com o financiamento do Club Rotary Barcelona-Europa).
 
De fato, estudar Ramon Llull me abriu um campo temático muito amplo, pois o filósofo catalão, como boa parte dos escritores de seu tempo, enciclopédico, dedicou seu pensamento a muitos âmbitos do saber –, ainda que tudo sob o prisma de sua Arte. Não só Teologia, mas, Botânica, Mineralogia, Antropologia, Angelologia. Medicina. E Direito.

Nesse aspecto, estudar com o Dr. Josep Serrano i Daura foi uma excelente oportunidade para ampliar o escopo de meus estudos medievalísticos. Isso também se refletiu em meu trabalho institucional: nesse mesmo ano de 2002 (e início de 2003), fui designado pela direção do CCHN para compor duas Comissões de Inquérito Administrativo (Processos ns. 3063/02-65 e 117/03-67); além disso, a subchefia do Departamento de História decidiu que eu deveria integrar uma Comissão para formular ementas e o funcionamento de disciplinas na graduação (Estágio I, Estágio II, Seminário de Pesquisa e Monografia), além de compor três bancas examinadoras para seleção simplificada de professor substituto (História e História Moderna e Contemporânea). Por fim, a vice-reitoria, “por minha ética profissional e atuação no magistério universitário”, convocou-me para trabalhar em uma Comissão de Sindicância (Processo n°. 12151/02-11).

No mesmo período, fui eleito sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo (IHGES).

Continuava meu longo diálogo com a Filosofia – desde meu doutorado. Aproveitei a permanência do Prof. Dr. Alexander Fidora na UFES e levei-o para participar da mesa-redonda “Atualidade do pensamento medieval” na série Tertúlias da Sofia do Departamento de Filosofia (quando também apresentei uma palestra), além de co-organizar sua palestra “Ramon Llull – um filósofo e educador das religiões” no Centro de Estudos Avançados em Pós-graduação e Pesquisa do mestrado em Educação da Unicidade.

As palestras se multiplicavam. No Seminário de Apocalíptica da Pós-graduação (Universidade Metodista de São Paulo, UMESP) apresentei o trabalho “Entre o real e o imaginado. Prolongamentos apocalípticos angélicos na tradição filosófica medieval: Ramon Llull e o Livro dos Anjos (1274-1283)”, escrito em parceria com Eliane Ventorim (então aluna de meu Grupo de Pesquisas Medievais da UFES I que havia traduzido comigo o Livro dos Anjos); o trabalho foi posteriormente publicado.95 No curso de Relações Internacionais do Centro Universitário Vila Velha (UVV) proferi a palestra “A questão palestina e o estado de Israel” – publicado doze anos depois!96 –; nas II Jornadas de Estudos Antigos e Medievais: transformação social e a educação (Universidade Estadual de Maringá), outra palestra, “Reordenando o conhecimento: a Educação na Idade Média e o conceito de Ciência expresso na obra Doutrina para Crianças (c. 1274-1276) de Ramon Llull”, igualmente publicado.97 Na UFES, em dezembro de 2002, participei do IV Encontro Regional de História – História, Representações e Narrativas, com a apresentação de um trabalho (publicado em duas revistas distintas, anos depois98) e a coordenação de duas mesas-redondas.99

Escrevi para a Revista de História da UFES dois artigos: o primeiro, inspirado em um trabalho do Prof. Dr. Hilário Franco Jr.;100; o outro, minha primeira incursão no tema da astronomia/astrologia medieval101 (mais tarde, Ramon Llull me proporcionaria uma investigação mais densa); com Bruno Oliveira, outro aluno do Grupo de Pesquisas Medievais da UFES I, escrevi um trabalho sobre a Alta Idade Média102; retornei ao Codex Manesse para uma segunda análise iconográfica (imagem 12)103, e escrevi um tema para o qual fui despertado pela tradução da Doutrina para crianças: a educação infantil na Idade Média, um trabalho muito acessado na Internet.104

Mas a pesquisa mais gratificante desse período foi uma investigação que fiz sobre a abadia de Cluny (tema que já havia apresentado em um trabalho na UFF) e que foi publicada pela Revista Mediaevalia, da Universidade do Porto105, meu segundo texto nessa importante revista europeia sobre a Idade Média – no Brasil, apresentei o tema no V Encontro Internacional de Estudos Medievais, evento organizado pela ABREM e ocorrido na UFBA.106

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Marquês Otto von Brandenburg (1266-1309). Cod. Pal. germ. 848. Große Heidelberger Liederhandschrift (Codex Manesse), Zürich, c. 1300-1340, folio 13r.

Em 2002 foi publicado o livro Testemunhos da História – Documentos de História Antiga e Medieval, por mim organizado.107

Convidei oito especialistas, que traduziram e apresentaram, pela primeira vez para o português, fontes primárias clássicas e medievais:

1) A Constituição dos Atenienses (Pseudo-Xenofonte)
Introd. e trad. de Neyde Theml e André Leonardo Chevitarese (LHIA/UFRJ)

2) A Constituição dos Lacedemônios (Xenofonte)
Introd., trad. e notas de José Francisco de Moura (LHIA/UFRJ)

3) Vida de Marco Aurélio (História Augusta)
Introd., trad. e notas de Carlos Augusto Ribeiro Machado (LHIA/UFRJ)

4) A Destruição Britânica e sua Conquista, de São Gildas
Introd. e notas de Ricardo da Costa (UFES) e Bruno Oliveira

5) A História dos Bretões, de Nennius
Introd. e notas de Adriana Zierer (UEMA)

6) Semelhança do Mundo
Introd., apres. e notas de Carlinda Mattos e José Rivair Macedo (UFRGS)

7) A Árvore Imperial (Ramon Llull)
Introd., trad. e notas de Ricardo da Costa (UFES)

A Editora Siciliano (pelo selo Arxjovem) convidou-me a escrever o texto de introdução do romance histórico infanto-juvenil Angus, o primeiro guerreiro – que narra a trajetória do clã escocês dos MacLachlan – de autoria do escritor Orlando Paes Leme Filho (1962- ). Além de fazê-lo, auxiliei o autor da saga com a contextualização da época (no que foi chamado de ambientação histórica). O trabalho foi tão bem recebido que fui convidado a organizar uma pequena coleção de quatro livros paradidáticos de História que, segundo a Editora Planeta (empresa partícipe do projeto), aprofundaria o contexto da saga Angus.

Foram eles:

1) Angus – Vikings (Ricardo da Costa e Tatyana Nunes Lemos)108;
2) Angus – Anglo-Saxões (Robert Bryan Taylor e Orlando Paes Filho);
3) Angus – Arthur (Adriana Zierer e Orlando Paes Filho), e
4) Angus – Monges Medievais (Ricardo da Costa, Eliane Ventorim e Orlando Paes Filho).109

Escrever para o grande público, ainda que livros paradidáticos, foi um desafio. Já sabia da prática levada a cabo pelos medievalistas da Escola dos Annales, mas, o ofício – juntamente com a redação das resenhas para o caderno Prosa & Verso do jornal O Globo – mostrou-se entusiasmante. Devido ao acúmulo de trabalho na UFES, infelizmente não pude prosseguir no projeto (apenas assinaria o Prefácio do segundo livro, Angus – As Cruzadas), mas, foi uma experiência muito interessante.

Em abril, recebi do presidente do Club Rotary Barcelona-Europa, sr. Horst Rietmüller, uma bolsa de estudos para realizar a pesquisa pós-doutoral sobre as relações de Ramon Llull com a Ordem do Templo. Para isso, foi indicado o nome do Prof. Dr. Josep Serrano i Daura, da Universitat Internacional de Catalunya (UIC). Recebi a autorização do Magnífico Reitor da UFES, Dr. José Weber Freire Macedo (Portaria n. 524, de 09 de julho de 2003) para o período de 13.09 a 13.10.2003.

Antes de sair de licença, na qualidade de professor efetivo, ministrei disciplina no Programa de Pós-graduação em História Social das Relações Políticas da UFES (recém-aprovado pela CAPES) intitulada “História, Cultura e Imaginário Político” (março a outubro de 2003) e proferi palestra no I Congresso de História da Região dos Lagos, evento ocorrido na Universidade Veiga de Almeida, com o tema “O nascimento do Amor e a elevação da condição feminina na Idade Média”, pesquisa feita a quatro mãos com Priscilla Lauret Coutinho, aluna do Grupo de Pesquisas Medievais da UFES I. Esse trabalho, de História do Gênero, baseado em fontes primárias textuais e imagéticas (como, por exemplo, o bordado Maltererteppich, com a narrativa do poema A Queda de Aristóteles [Lai d’Aristotle, c. 1223], do clérigo e trovador normando Henri de Andeli [c. 1220-1240]) – ver imagens 13 e 14 – foi publicado na Argentina no Grupo de Investigaciones y Estudios Medievales coordenado pela Profa. Dra. Nilda Guglielmi.110

Em Barcelona, no dia 13 de outubro de 2003, proferi conferência no Club Rotario Sant Cugat del Valles: “El fin de los templarios y de las cruzadas y el beato Ramon Llull”.111

Celina A. Lértora Mendoza (Universidad Nacional del Sur, Argentina) resenhou o Livro da Ordem de Cavalaria para a VersioneS – Revista del Centro de Traducciones Filosóficas ‘Alfonso el Sabio’ (n. 4 y 5), e O Livro dos Anjos foi comentado por Rafael Ramón Guerrero (Universidad Complutense de Madrid) nos Anales del Seminario de Historia de la Filosofía (2003, 20, p. 366-367) e por Alexander Fidora (Frate Francesco – Rivista di Cultura Francescana 69/2, 2003, p. 642-644). Minhas traduções das obras de Ramon Llull para o português começavam a ser observadas pelos centros lulianos internacionais.

Imagens 13 e 14

Maltererteppich (c. 1320-1330). 491 x 66 cm, bordado de lã e linho. Augustinermuseum, Freiburg im Breisgau, Alemanha.

Ao retornar da Espanha (a permanência de um mês em Barcelona teve como objetivo a coleta de documentos de época; redigi o trabalho pós-doutoral no Brasil ao longo de 2004), ministrei o minicurso “Novas perspectivas de História Medieval – A disputa entre Pedro, o clérigo, e Ramon, o fantástico (1311): texto e contexto” (05 a 10 de novembro) na Escola Superior de Ensino Anísio Teixeira, quando pude apresentar minha tradução para o português dessa curiosíssima peça medieval, participei do XV Simpósio de História da UFES – História, Violência e Imaginário Político (18 a 21 de novembro), com a apresentação de três comunicações112 e um minicurso113, e apresentei comunicação no Congresso de Literatura Fronteiras e Teorias, do Programa de Pós-graduação em Letras da UFES (mestrado em Estudos Literários).114 Outro trabalho com os textos de Llull, mas, relacionados com um filósofo árabe, foi publicado na revista de História da UFES: “A Educação na Idade Média. A busca da Sabedoria como caminho para a Felicidade: al-Farabi e Ramon Llull”115, artigo muito acessado em meu site.116

“Um espelho de príncipes artístico e profano: a representação das virtudes do Bom Governo e os vícios do Mau Governo nos afrescos de Ambrogio Lorenzetti (c. 1290-1348) – análise iconográfica” era, originalmente, a introdução de minha tese de doutorado (na ocasião, elogiada pelo Prof. Dr. Ronaldo Vainfas, por associar textos de filosofia política com arte [afrescos]). Decidi “fatiar” a tese (e não a publicar, integralmente). Adaptei a introdução para ser um artigo, que foi veiculado na Venezuela.117

No final de 2003 fui convidado pelo Dr. Ariel Guiance (Departamento de Investigaciones Medievales do Instituto Multidisciplinario de Historia y Ciencias Humanas, Buenos Aires) e pela Profa. Dra. Ofelia Manzi (Presidente da Sociedad Argentina de Estudios Medievales – SAEMED) para proferir conferências e minicurso na Argentina em 2004 (o que ocorreria no período de 08 a 10 de setembro de 2004 – conforme Portaria n. 425, de 13 de abril de 2004)118, com o acréscimo do convite do Dr. Gerardo Rodríguez para proferir conferência na Universidad Nacional de Mar del Plata.

Organizei o volume 3 (2003) da Revista Mirabilia, número que contou com doze artigos, três de colegas argentinos.

Logo no início de 2004, recebi convite para participar do Seminário Internacional Os pecados capitais na Idade Média, evento promovido pelo GT de Estudos Medievais da ANPUH/RS (com o apoio do Departamento de História e do Programa de Pós-graduação em História da UFRGS). Apresentei o tema “A noção de pecado e os sete pecados capitais no Livro das Maravilhas (1288-1289) de Ramon Llull”, texto publicado em capítulo de livro e em apostila para um curso de educação à distância.119 Nesse trabalho, para melhor interpretar o contexto do séc. XIII, relacionei um documento de época (a obra de Llull) com sete iluminuras do Livro de Horas (c. 1475) de Robinet Testard (1470-1531) que retratavam justamente os sete pecados capitais (imagem 15).

A Arte, desde o Codex Manesse, era relacionada com textos em, praticamente, todos os meus trabalhos: documentos imagéticos e textuais, conjugados, já me proporcionavam um vislumbre mais abrangente e compreensivo do período, que havia decidido dedicar meus estudos.

Imagem 15

A luxúria se encanta consigo mesma e desordena o mundo. Livro de Horas (c. 1475) de Robinet Testard (França, 149 x 107 mm, M. 1001, folio 98, detalhe).

Minhas pesquisas sobre a guerra na Idade Média, ainda, reverberavam. Fiz uma releitura da Crónica Geral de Espanha de 1344 (uma das fontes primárias pesquisadas em meu mestrado) e encontrei um interessante tema de pesquisa. Relacionei aquele documento com sete outras fontes (a Crónica latina de los reyes de Castilla, a Primera Crónica General [Estoria de España] que mandó componer Alfonso X, el Sabio, uma carta do arcebispo de Narbona e quatro textos muçulmanos) e escrevi um artigo para um livro.120

Com o intuito de diversificar minha experiência docente, proferi palestra (“A História, seus temas e finalidades”) na Universidade Aberta à Terceira Idade/UFES (19.02). Foi uma das audiências mais atentas que tive.

Preparei e coordenei dois cursos de extensão em 2004, ambos com uma parceria institucional entre a Pró-Reitoria de Extensão e o Ne@ad (Núcleo de Educação à Distância da UFES) e com a coordenação compartilhada com Og Garcia Negrão (então diretor administrativo do Ne@ad). O primeiro, “História & Arte, Filosofia & Literatura: o maravilhoso universo da Idade Média”, teve duração de seis meses (abril a outubro) e 168 horas-aula, com o seguinte corpo docente:

1) As humanidades em diálogo: Literatura, Arte e Filosofia na representação da Idade Média
Profa. Gabriela Santos Alves

2) A querela medieval dos Universais: de Porfírio de Tiro a Guilherme de Ockham (sécs. III- XIV)
Prof. Dr. Jorge Augusto da Silva Santos (Departamento de Filosofia da UFES)

3) A cristianização da Europa na Idade Média (sécs. IV-VIII)
Prof. Ms. Edmar Checon de Freitas (CESAT – ES)

4) Entre cavaleiros, príncipes e trovadores: Ramon Llull (1232-1316) e o universo maravilhoso medieval
Prof. Dr. Ricardo da Costa (Departamento de História da UFES)

5) Literatura hispánica medieval: del Cantar de Mio Cid a La Celestina
Prof. Ms. Jordi Pardo Pastor (Universitat Autònoma de Barcelona [UAB])

6) A lírica sacra e profana: o trovadorismo-galego português
Prof. Dr. Paulo Roberto Sodré (Departamento de Línguas e Letras da UFES).

O segundo (com a jornalista Jeanne Bilich como mediadora), “Luzes, câmera, ação! A História no Cinema”, foi dividido em 120 horas (600 vagas oferecidas) entre aulas teóricas, debates com convidados em mesas-redondas que discutiram os filmes (historiadores, artistas, cineastas, filósofos, antropólogos, físicos, psicanalistas, cientistas sociais), e a exibição das películas O Egípcio (1954), A Odisseia (1997), Calígula (1980), Júlio César (1970), Quo vadis? (1986), O incrível exército de Brancaleone (1966), Marco Polo (1982), Excalibur (1981), El Cid (1961), Joana D’Arc (1948), Em nome de Deus (1988), O nome da Rosa (1988) e 1492: A conquista do Paraíso (1992). Ambos os cursos à distância tiveram a produção de caixas de cd’s com as aulas dos partícipes (no âmbito das comemorações dos 50 anos da UFES).

Tive meu primeiro contato institucional com o Departamento de Teoria da Arte e Música (DTAM) quando recebi o convite do Prof. Dr. William Golino para proferir palestra no 1° Seminário sobre a importância da teoria para a produção artística e cultural, trabalho posteriormente publicado no site do evento121 e em uma revista de História122, além de ter sido apresentado em outro evento.123

Nesse mesmo período, fui convidado a proferir conferência no Instituto de Ciências Humanas e Letras da UFJF (agosto de 2004), quando demonstrei interesse em me transferir para essa universidade. O diálogo entre os dois departamentos foi iniciado, mas, interrompido pela indisponibilidade de vaga para permuta. No entanto, foram vários convites da UFJF para atividades acadêmicas. Já em novembro, proferi palestra com o tema de meu pós-doutorado (Ramon Llull e os templários) na I Jornada de História Antiga e Medieval da UFJF.

Retornei ao interessante ofício de resenhista para o Prosa & Verso do jornal O Globo com o agradabilíssimo livro O ornamento do mundo, de María Rosa Menocal (1953-2012).124 Nesse mesmo período, participei do curso de educação à distância História Afro-brasileira (Nea@d-UFES): ministrei a disciplina História da África Medieval e escrevi o trabalho A expansão árabe na África e os impérios negros de Gana, Mali e Songhai (sécs. VII-XVI) – além de ter feito as traduções (do inglês) de extratos de duas importantes fontes primárias: Descrição da África (1087) de al-Bakri (c. 1014-1094) e A descrição da África (1526) de al-Hasan (conhecido como Leão, o Africano [1483-1554]), tudo publicado em cd.125 Curiosa e inexplicavelmente, para mim, esse texto, até hoje, momento em que redijo essas linhas, é o mais acessado de meu site.126

A UniLaSalle (Niterói, RJ), em parceria com a UFF, organizou o II Colóquio Internacional de Filosofia Medieval “Antropologia – Raimundo Lúlio e Tomás de Aquino”, com duas mesas-redondas. Proferi a palestra “O que é, de que é feita e por que existe? Definições lulianas no Livro da Alma Racional (1296)”.127

IV.3. Pós-doutorado (II) na Universitat Internacional de Catalunya

O trabalho de pós-doutorado redigido na Universitat Internacional da Catalunya (UIC) rendeu frutos: o Prof. Dr. Josep Serrano i Daura aceitou receber-me para pesquisar e escrever um segundo trabalho pós-doutoral, dessa vez com bolsa da Agència de Gestió d’Ajuts Universitaris i de Recerca da Generalitat de Catalunya. Inicialmente, o tema era investigar a antropologia luliana no Llibre de contemplació (c. 1271-1274), mas, à medida que trocávamos ideias e discutíamos o recorte documental, decidimos que eu estudaria as sete artes liberais e mecânicas na obra do filósofo catalão, tema clássico na tradição filosófica clássica (e medieval).

Seguimos todos os procedimentos institucionais e recebemos a autorização da reitoria (publicada no Diário Oficial da União n°. 215, de 09 de novembro de 2004) para nove meses de permanência em Barcelona, a partir de janeiro de 2005. No V Encontro Regional de História – Estado & Sociedade: relações de poder e práticas políticas (dezembro de 2004) apresentei o trabalho Los inicios de la Orden del Temple según Guillermo de Tiro (c. 1127-1190) y Jacobo de Vitry (†1240), texto redigido no âmbito de meu primeiro pós-doutorado (com bolsa do Club Rotary Barcelona-Europa), além de coordenar duas sessões.128

Em 2003 e 2004, ministrei na graduação de História da UFES as disciplinas História Medieval, Monografia I, Monografia II e Tópicos Especiais de História Medieval, e na Pós-graduação de História, Formação e Expansão do Reino Português, História, Cultura e Imaginário Político e O pensamento político na Idade Média. Fui, ainda, membro da Comissão Interna de Recursos Humanos e da Comissão Interna de Ensino. Uma antiga pesquisa da época de meu doutorado foi publicada em 2004: “Espelho de Reis (1341-1344), do galego Álvaro Pais”, tema circunscrito à filosofia política medieval (Álvaro Pais [c. 1330-1390] foi um dos filósofos que pesquisei para conhecer mais profunda e amplamente o tema).129

Durante o primeiro semestre de 2005 estive na Universitat Internacional de Catalunya (UIC) para pesquisar a documentação e redigir meu trabalho de pós-doutorado. Li uma considerável bibliografia sobre o filósofo. Além disso, fiz um curso de Heráldica (na Sociedad Catalana de Genealogia Heràldica, Sigil·lografia, Vexil·lologia i Nobiliària) e fui convidado a proferir duas conferências no Gabinete de Filosofia Medieval da Faculdade de Letras da Universidade do Porto: “A meditativo mortis no Livro do Homem (1300) de Ramon Llull” e “As sete artes liberais na obra de Ramon Llull”, ambas no ciclo Razão e Mística no pensamento medieval organizado por aquele importante gabinete português.

A segunda conferência dizia respeito diretamente ao meu trabalho pós-doutoral, mas, a primeira foi o resultado de uma investigação feita especificamente para o Gabinete (com a tradução de um extrato do Livro do Homem [de 1300], texto belíssimo – e um documento, ainda, inédito em nossa língua). Ambas, as apresentações foram publicadas (a primeira no Porto130, a segunda em Madrid131).

Por fim, ainda apresentei a conferência “Ramon Llull, la Creuada i les Ordes de Cavalleria” no congresso Cristianisme i Islam. El cas de Tortosa i Tartous a la Mediterrànea, na Facultat de Ciències Jurídiques i Politiques da UIC, tema de meu primeiro pós-doutorado na UIC. O trabalho pós-doutoral sobre as Artes Liberais rendeu, já em 2005, palestras no Brasil – na UVA (campus Cabo Frio, 17.06) e na UFF (Departamento de Filosofia, 16.07), além de um curso na Secretaria Municipal de Educação de Cataguases, MG (16 e 17 de junho) e outro na UEMA (em 2006).132

Em Barcelona, fiquei hospedado em Sant Cugat del Vallès (município da Comarca do Vallès Ocidental, província de Barcelona), cidade nascida a partir de uma guarnição romana do séc. I (no séc. IV, uma fortaleza romana protegia o cruzamento das estradas Via Augusta e Via Egara). Ali, na Idade Média, foi erigido um mosteiro. Aproveitei minha estadia na cidade para pesquisar sua história. Escrevi um trabalho, auxiliado por dois professores da Universitat Autònoma de Barcelona (Pere Villalba e Tomàs Gimeno Fabregat), uma repórter e um importante artista local, Joan Tortosa. O texto, de História da Arte, foi publicado em 2006.133

No final de 2005 escrevi, a convite da Profa. Dra. Lênia Márcia Mongelli, uma resenha para a Revista da ABREM de um importante livro de cavalaria, ainda que não muito conhecido: a Historia del invencible cavallero don Polindo (1526), texto escrito no Siglo de Oro español (sécs. XV-XVII).134

Graças ao ininterrupto trabalho de tradução de fontes primárias, escritas em catalão antigo, especializava-me no trato com as fontes primárias medievais ibéricas. Após o projeto de pesquisa com a obra Fèlix ou O Livro das Maravilhas (meu primeiro projeto de pesquisa registrado na PRPPG), entre 2001 e 2005 registrei os projetos “A angelologia medieval: O Livro dos Anjos (1274-1283) de Ramon Llull (1232-1316)” (2001-2002)135, “Entre Corpo e Alma. Definições medievais da pessoa humana: O Livro da Alma Racional (1296) de Ramon Llull (1232-1316)” (2003-2004)136, “A Educação na Idade Média: a Doutrina para crianças (c. 1274-1276) (em parceria institucional com a Goethe-Universität Frankfurt) e o Livro da Intenção (c. 1283) de Ramon Llull” (2003-2004)137 e “Para uma história do imaginário: a morte e as representações diabólicas e femininas no Ocidente Medieval (sécs. X-XIII)” (2004-2005)138, sempre com a participação de estudantes de graduação (bolsistas PIBIC ou PIBID, com seus respectivos subprojetos de iniciação científica).

Houve, ainda, o projeto “A tradição sapiencial medieval: O Livro dos Mil Provérbios de Ramon Llull”, registrado na UFRJ em 2001 pelo Prof. Dr. Alfredo Bragança Júnior. Talvez por isso, ainda, em 2005, o Prof. Dr. Jorge Luiz Prata de Sousa tenha me convidado a transcrever para o português o Regimento proveitoso contra a pestilência (c. 1496), além de escrever a Apresentação desse importante documento ibérico. O trabalho foi publicado pela Revista da Fundação Oswaldo Cruz.139 Foi minha primeira incursão na temática da Medicina Medieval.

No segundo semestre de 2005, ministrei na graduação de História as disciplinas A Reconquista e a Formação da Península Ibérica, História Medieval e Tópicos Especiais em História Medieval.

IV.4. Académic corresponent a l’estranger (2006)

Todo esse trabalho com a cultura catalã medieval – iniciado com o filósofo Ramon Llull – fez com que eu fosse indicado e eleito acadêmico correspondente no exterior da Reial Acadèmia de Bones Lletres de Barcelona, em janeiro de 2006, prestigiosa instituição, patrocinada pelo rei Juan Carlos I de España e conde de Barcelona (1938- ), fato que muito me honrou, pois, passei a ser colega acadêmico de ilustres intelectuais (medievalistas e literatos) do porte de Georges Duby (1919-1996), Jocelyn Nigel Hillgarth (1929- ), Mario Vargas Llosa (1936- ), Thomas F. Glick (1939-), Peter Brown (1935- ) e Fernando Domínguez Reboiras (1943- ).140

Imagem 16
 

No primeiro semestre de 2006, trabalhei como consultor ad hoc para análise de projetos de pesquisa científica / tecnológica, submetidos à FAPES (Fundação de Apoio à Ciência e Tecnologia do Espírito Santo), para a Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) e para o IX Congresso Solar – Religión, mitos y cosmovisión (UERJ, 22-26.11), além de ter sido designado membro da Comissão Permanente de Avaliação Docente do Centro de Ciências Humanas e Naturais (mandato de dois anos, renovado no biênio 2007/2009 como presidente).

Meus estudos, até então, publicados sobre arte medieval – os afrescos de Ambrogio Lorenzetti (séc. XIV), as iluminuras do Codex Manesse (séc. XIV), o bordado Maltererteppich (séc. XIV), o Livro de Horas de Robinet Testard (séc. XV), os capitéis historiados do mosteiro de Sant Cugat (séc. XIII) e, em 2006, a Taula de Sant Miquel (séc. XIII)141 – proporcionaram um convite para ministrar curso de capacitação intitulado “O testemunho das imagens: os historiadores e os documentos visuais” no Centro de Referência do Professor da Secretaria de Educação de Cataguases (maio de 2006).142

Apresentei um desdobramento temático do pós-doutorado sobre as artes liberais no XI Congresso Latino-americano de Filosofia Medieval, evento promovido pela Comissão Brasileira de Filosofia Medieval e ocorrido em Fortaleza (21 a 25 de agosto de 2005): “A conversa entre a Chama e o Óleo na lamparina a respeito da beleza e da bondade de uma senhora e a feiúra e os maus costumes de seu marido: a tradição filosófica das sete artes liberais em um exempla da Árvore Exemplifical (1295-1296) de Ramon Llull”.

O documento (Árvore Exemplifical)143 é um dos capítulos da enciclopédia Árvore da Ciência que o filósofo escreveu no final do séc. XIII, e uma obra notável, não só do ponto de vista filosófico, mas, sobretudo literário – no que o filólogo Robert Pring-Mill (1924-2005) chamou de transmutação da Ciência em Literatura.144

Em setembro de 2006 aconteceu a IV Semana de Pesquisa em Letras, iniciativa do Programa de Pós-graduação em Letras da UFES, e o tema foi Olhares sobre gêneros, vozes e corpos. Retornei à história do gênero, dessa vez em parceria com Nayhara Sepulcri (estudante voluntária do Grupo de Pesquisas Medievais da UFES VI), com o trabalho “‘A donzela que não podia ouvir falar de foder’ e ‘Da mulher a quem arrancaram os colhões’: dois fabliaux e as questões do corpo e da condição feminina na Idade Média (sécs. XIII-XIV)145, quando analisamos contos medievais eróticos (fabliaux) e imagens medievais com o tema em destaque (como a Volúpiaimagem 17).

Desde o primeiro pós-doutorado sob a orientação do jurista Josep Serrano i Daura (UIC), o tema do Direito medieval passou a pertencer ao âmbito de minhas pesquisas. O próprio filósofo Ramon Llull dedicou parte de seus escritos ao Direito, à Justiça. Em Barcelona tive a oportunidade de adquirir toda a obra de Bernardo de Claraval (1090-1153), talvez o maior personagem do séc. XII, quando passei a dedicar minha leitura e investigação.

Imagem 17

A Volúpia (Freiburg im Breisgau, Münster U. L. Frau, séc. XIII).

A primeira oportunidade chegou com o convite para palestrar no I Congresso Internacional de Estudos Históricos – heranças culturais do medievo: o Direito e a tradição ibérica, evento organizado pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG) entre os dias 13 e 17 de novembro de 2006. Assim, redigi e apresentei a palestra “Duas imprecações medievais contra os advogados: as diatribes de São Bernardo de Claraval e Ramon Llull nas obras Da Consideração (c. 1149-1152) e O Livro das Maravilhas (1288-1289)”, trabalho, também, apresentado posteriormente no VII EIEM – Encontro Internacional de Estudos Medievais, ocorrido na Universidade Federal do Ceará entre os dias 03 e 06 de julho de 2007.146

O Departamento de História da UFSJ me convidou para fazer a palestra de abertura de sua VI Semana de História. Retornei ao tema da guerra medieval com o trabalho “E o rei entrou na cidade em uma grande procissão, com todos cantando Te Deum Laudamus: a conquista de Córdoba (1236) por Fernando III, o Santo (c. 1201-1252)”, quando retornei à Crónica Geral de Espanha de 1344 (uma das fontes trabalhadas em meu mestrado) e mais uma vez a comparei com fontes árabes.147

No entanto, a característica, que hoje constato como a mais marcante quando de meu retorno de meu segundo pós-doutorado, é a diversificação dos temas de minhas pesquisas. Continuava a trabalhar com Ramon Llull, mas, além dos temas gerais, já presentes desde meu mestrado – a Guerra, a Cavalaria, a Mulher, a Arte, a Filosofia –, ampliava meus interesses com Bernardo de Claraval, a História da Medicina, a História do Direito. Já percebera que a diversidade de temas tratados pelo filósofo catalão abria um leque muito rico para pesquisas futuras. Ademais, enriquecia, gradativamente, minha biblioteca com a aquisição de fontes primárias medievais, em boas edições.

Mas, ainda, principiava as pesquisas com os assuntos que Llull discorrera em suas obras. Em 2006 e 2007, foram outros temas investigados com o filósofo como base: o Infinito e a Eternidade148, o conceito de Ciência Universal149, o Mal150, a Retórica151, mas, também São Bernardo152, além de outros interessantes assuntos, como os Torneios Medievais153, a Memória154, a Morte.155

Imagem 18

Saturno devora um de seus filhos (c. 1819-1823), de Francisco de Goya (1746-1828).

Além disso, dois antigos textos foram publicados em 2006: um sobre os castros portugueses (povoações fortificadas e construídas entre os séculos III a. C. e I d. C.), originalmente, um trabalho entregue para uma disciplina de Arqueologia ofertada pelo Prof. Dr. Ciro Cardoso em meu mestrado156; o outro, uma palestra proferida no início do segundo semestre letivo de 2003 do curso de História da UFES.157 Saturno devora um de seus filhos, de Francisco de Goya (imagem 18) foi a pintura que escolhi para sintetizar, o que considerei, espírito pueril dos alunos “revolucionários”, os quais, então, se indagavam da serventia de se estudar História no próprio curso de História! O artigo foi, durante um bom tempo, muito acessado na lista de trabalhos publicados em meu site.

2006 foi um ano muito intenso em sala de aula: ofereci dez disciplinas (!), na graduação e nas pós-graduações de História da UFES (lato sensu e stricto sensu): História Medieval, Monografia, Seminário de Pesquisa, Economia e vida camponesa na Idade Média (quando preparei uma coletânea de mais de quarenta extratos de textos medievais traduzidos sobre o campesinato medieval, para se ler e comentar em sala de aula158) (2006/1) e Monografia, Seminário de Pesquisa, Tópicos Especiais em História Medieval e Métodos e técnicas de Pesquisa Histórica (disciplina dividida com o Prof. Dr. Luiz Cláudio Moisés Ribeiro) (2006/2) e, nas pós-graduações, as disciplinas História e Imagem (para o curso lato sensu PROESP História e Ensino: novos métodos e abordagens, em mais uma investida no campo da Arte159) e Fronteiras e Políticas Públicas (no mestrado) quando me aventurei no tema das fronteiras na metáfora do corpo – o corpo como limite, o corpo místico, o corpo social, o corpo-árvore (imagem 19), o corpo genealógico (imagem 20), o corpo microcosmos – assuntos aos quais retornei posteriormente.

Em 2006, também, aconteceu a publicação do Livro das Bestas (c. 1289), famosíssimo capítulo da obra Félix ou O Livro das Maravilhas. Essa tradução, resultado de meu primeiro projeto de pesquisa, foi publicada na coleção Grandes Obras do Pensamento Universal, da Editora Escala.160

Registrei o projeto “Manifestações da cultura laica no mundo antigo e medieval” (2006/2007), e organizei o VI Grupo de Pesquisas Medievais da UFES, com cinco estudantes (bolsistas do CNPq, da Petrobrás e voluntários).161

Imagens 19 e 20

 

Imagem 19: Árvore do Parentesco. Iluminura de um manuscrito (do séc. IX) das Etimologias, de Isidoro de Sevilha (560-636). Em praticamente todas as sociedades humanas, o parentesco sempre foi uma questão antropológica fundamental, estruturante, pois formava a rede social que enquadrava as pessoas, suas alianças e proteções. Conhecer as relações de afinidade e consanguinidade é essencial para se entender as sociedades tradicionais. Imagem 20: Detalhe central de A Árvore da Vida, Stoclet Frieze (1909) de Gustav Klimt (1862-1918). Óleo sobre tela, 195 x 102 cm, Museum of Applied Arts, Viena. No desabrochamento de sua multifacetada e imbrincada árvore da vida, Klimt subverte e desconstrói a estruturação dominante / subordinado / tronco / galhos que a tradição da história social do conhecimento forjou ao longo dos séculos no Ocidente.162

Além dos trabalhos, já citados (com seus respectivos eventos), em 2007, ministrei na UFES o curso “Alea jacta est. A História vista de baixo: Roma através de dois soldados” (abril e maio, 12 aulas, com carga horária de 36 horas), atividade acadêmica apoiada pela ANPUH-ES e ocorrida no (lotado) auditório do IC-II163; proferi palestra no curso de Pós-graduação em Docência Superior da Faculdade Estácio de Sá de Vitória (“Os novos desafios da docência superior no Brasil”) e organizei a mesa-redonda “A Retórica na tradição clássica e medieval” na X Semana de Filosofia da UFES, Filosofia e Poder, com a apresentação de quatro alunos de meu projeto de pesquisa 2007/2008 “A Retórica no Mundo Antigo e Medieval: Aristóteles e Ramon Llull”.164

Aproximava-me, assim, do corpo docente do curso de Filosofia da UFES que, na ocasião, pretendia solicitar à CAPES a abertura de seu mestrado. Como minha tese de doutorado versava sobre um filósofo medieval, passei a integrar, a convite do Prof. Dr. Jorge Augusto da Silva Santos, o corpo docente que, em dezembro de 2007, obteve permissão para abrir o mestrado. Assim, passei a participar de dois programas de Pós-graduação (História e Filosofia) e, consequentemente, dividir minha produção acadêmica entre os dois.

Em outubro de 2007 ministrei o minicurso “O ofício do historiador: o trabalho com as fontes. Estudo de três casos: a Crônica Geral de Espanha de 1344, o Livro dos Feitos (c. 1252-1274) de Jaime I e a Tapeçaria de Bayeux (c. 1070-1080)” na IV Jornada de História Antiga e Medieval “Séculos entre espadas” do Departamento de História da UFJF (12 horas de carga horária). A relação do historiador com as fontes primárias, também, foi objeto de uma palestra proferida na FABAVI – Unidade Guarapari, também em outubro. Em novembro, proferi conferência no I Encontro Internacional e II Nacional de História Antiga e Medieval do Maranhão: rupturas, transformações e permanências – sociedade e imaginário, intitulada “A Retórica medieval e a Retórica nova de Ramon Llull”.

Em 2007 ministrei as disciplinas Projeto Especial de Ensino em História Medieval, História Medieval, Iconografia (minha terceira aventura didática com as Artes), Monografia e Seminário de Pesquisa (para o curso de História, 2007/1), Economia e vida camponesa,165 História Medieval, Monografia, Projeto Especial de Ensino em História Medieval e Seminário de Pesquisa (curso de História 2007/2); História, cultura e imaginário político (para o mestrado de História) e História da Filosofia Medieval (para o curso de graduação de Filosofia).

Em relação à História da Filosofia Medieval, assim como, na Economia e vida camponesa, preparei uma coletânea de extratos de filósofos medievais (do séc. II ao XVI), para leitura e comentário em sala de aula. Seus autores, obras e temas selecionados foram os seguintes:

Extratos de fontes das Filosofias Medievais166

1) Justino (†163) e a Busca da Filosofia (Diálogo com Trifon)

2) Clemente de Alexandria (c. 150-217) e a Gnose, na obra Stromata (Tapetes, ou Exposições científicas da verdadeira filosofia)

3) Plotino (205-270) e o Belo, nas Enéadas

4) Gregório de Nissa (335-394) e a Linguagem, na obra Sobre a criação do homem

5) Agostinho (354-430) e a Verdade: “Existo, logo penso” (3 extratos)

6) Boécio (c. 470-524) e seu encontro com a Filosofia, na Consolação da Filosofia

7) Pseudo-Dionísio, o Areopagita (séc. V) e a Dádiva da Luz, na Hierarquia Celeste

8) João Escoto Erígena (c. 815-885), a Natureza, a Razão e a Autoridade, na Divisão da Natureza

9) Anselmo de Aosta (de Bec ou de Canterbury, 1033/34-1109) e o Argumento Ontológico, no Proslógio

10) Pedro Abelardo (1079-1142), e a importância da Linguagem, na Lógica para principiantes

11) Bernardo de Claraval (1090-1153) e o Socratismo Cristão167, na Carta a Roberto, seu sobrinho e na obra Da Consideração (1149-1152)

12) Hugo de São Vítor (1096-1141) e a Leitura com Humildade, princípio do Conhecimento, no Didascálicon

13) João de Salisbury (c. 1115-1180), o Fruto das Letras e a Comédia Humana, no Polycraticus

14) Anônimo do séc. XII, O que é Deus, em O Livro dos Vinte e Quatro Filósofos

15) São Boaventura (1221-1274) e a Palavra como Signo, na Recondução das Ciências à Teologia

16) Pseudo-Aristóteles (séc. XIII) e a Morte, em Sobre a maçã ou Sobre a morte de Aristóteles

17) Santo Tomás de Aquino (c. 1225-1274) e busca do filósofo pela Verdade e pela Sabedoria, na Suma contra os gentios

18) Roger Bacon (c. 1210-1292), o Fim do Princípio da Autoridade e o Valor da Experiência, na obra Opus maius

19) Ramon Llull (1232-1316) e as Dignidades Divinas, em sua Arte Breve (1308)

20) Sobre a Natureza da Filosofia, a Eternidade do Mundo, o Homem, a Ética e as Virtudes Cristãs, nas 219 Teses condenadas em 1277.

Foi um excelente exercício intelectual (qual seja, ter uma visão panorâmica da Filosofia medieval com base em vários manuais de excelência, dicionários e revistas especializadas168). Essa atividade deveria ser um ensaio para minha primeira disciplina no mestrado de Filosofia, a ser ofertada no primeiro semestre de 2008.

No entanto, no dia 01 de dezembro de 2007 fui acometido por um AVC tronco-cerebral e, por isso, só pude voltar ao trabalho professoral no primeiro semestre de 2009.

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A Fênix. O mitológico pássaro (Tácito, Anais [c. 100-117], Livro VI, XXXIV; O Fisiólogo [séc. II-IV], IX) faz um recipiente para as suas cinzas e renasce. Na tradição cristológica medieval, tornou-se um símbolo da Ressurreição. Nessa rica iluminura do Bestiário de Aberdeen (séc. XII), ela se vira para enfrentar o Sol, bate suas asas para ventilar as chamas e é consumida. Abeerden Bestiary, University of Aberdeen, Escócia, Univ. Lib. MS 24, folio 56r.

Durante o ano de 2008, devido ao tratamento (sessões diárias de fisioterapia, fonoaudiologia, massoterapia, hidroterapia e hidroginástica), meu retorno foi gradativo. Meu trabalho resumiu-se, basicamente, às atividades nas comissões (Presidente da Comissão Permanente de Avaliação Docente do CCHN, Membro da Comissão Interna de Extensão e Representante na Coordenação de Estágio/PROEX).

Entrementes, as pesquisas prosseguiam – e suas respectivas publicações. Escrevi, a seis mãos, a “Apresentação” do Livro dos Mil Provérbios, de Ramon Llull (com os professores Álvaro Alfredo Bragança Júnior e Jordi Pardo Pastor)169; pesquisei e escrevi o trabalho “‘Então os cruzados começaram a profanar em nome do pendurado’. Maio sangrento: os pogroms perpetrados em 1096 pelo conde Emich II von Leiningen (†c. 1138) contra os judeus renanos, segundo as Crônicas Hebraicas e cristãs” para o VIII Seminário Internacional CEMOrOc: Filosofia e Educação (um dos trabalhos mais densos que escrevi, em minha consideração), no mesmo espírito temático da pesquisa sobre a conquista de Córdoba.170

Além disso, minha “Apresentação” da obra Félix ou O Livro das Maravilhas (minha segunda tradução de uma obra do filósofo Ramon Llull e que tanto rendeu frutos acadêmicos) foi publicada no site MiniWeb Educação, da Profa. Arlete Embacher – nesse momento, a divulgação de meus trabalhos na Internet começava a ganhar amplitude.

IV.5. Da História para a Filosofia

 

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O Cristo de São João da Cruz (1951) de Salvador Dalí (1904-1989). Óleo sobre tela, 205 x 116 cm, Museu e Galeria de Arte de Kelvingrove, Escócia. No pós-guerra, Dalí uniu a estética surrealista à tradição pictórica ocidental (neste caso, representada por Rafael, Poussin, El Greco e Velázquez). Mais: no início dos anos 1950, abandonou o método paranoico-crítico e se apresentou como um pintor católico espanhol.171

Ainda estava no processo de recuperação física quando participei do Colóquio de Filosofia da Religião 2008 – Transcendência e Imanência, do Programa de Pós-graduação em Filosofia da UFRJ. Naquela ocasião, estudava intensamente a filosofia pré-escolástica, especialmente a figura de Bernardo de Claraval (e seu socratismo cristão), o segundo filósofo medieval que escolhi investigar. Foi, sobretudo, um salto literário em relação a Ramon Llull.

Quanto a este último, pesquisei, ao longo de 2005, um tema estético de sua filosofia, trabalho publicado em 2006 (na revista do mestrado de Filosofia da UFES) e em 2010.172 Quanto à São Bernardo, naquele evento da UFRJ abordei um tema clássico da Metafísica: a alma. O trabalho teve boa acolhida: foi publicado em Madri173 e, posteriormente, no Chile (quando o traduzi para o espanhol).174

A alma, a luz. Deus. Estes foram os temas que escolhi investigar, quando de minha participação no mestrado de Filosofia da UFES (na linha de pesquisa Metafísica). Construí um diálogo entre a Filosofia e as Artes ao investigar o tema da Metafísica da Luz (aproximava-me, assim, da tradição filosófica ocidental cristã e, consequentemente, do Cristianismo: retornava a ele).

Tal sugestão temática nasceu a partir da leitura de uma pesquisa de Erwin Panofsky (1892-1968) a respeito do abade Suger de Saint-Denis (c. 1081-1151).175 Ampliei o tema (e alterei o rumo das reflexões do pesquisador alemão) com minhas leituras de São Bernardo (contemporâneo de Suger) e do Pseudo-Dionísio Areopagita (cujos textos influenciaram a concepção estética de Suger). O trabalho foi apresentado no II Simpósio de Pesquisa e Extensão Filosofia UFES – Diálogos Filosóficos no dia 01 de dezembro de 2009 e publicado na Revista Scintilla.176

Ainda, em 2008, fui convidado pelo Prof. Dr. Franklin Santana Santos (USP) a integrar o corpo docente da segunda edição de seu Curso de Tanatologia (“Educação para a Morte: uma abordagem Plural e Interdisciplinar”). Dessa participação (renovada no ano seguinte), foram publicados três trabalhos (de fato, o tema da Morte, Thanatos [Θάνατος], eminentemente filosófico, metafísico, faz parte da tradição do pensamento ocidental, desde Platão).177

No I Seminário de Pesquisa do Mestrado de Filosofia da UFES, ocorrido em agosto de 2008, e na I Semana Acadêmica de Geografia e História das Faculdades Integradas de Cataguases (outubro de 2008, MG), apresentei o tema dos atributos divinos na obra de São Bernardo e no Livro da Contemplação de Ramon Llull, além de ministrar o curso de extensão universitária História da Filosofia Medieval (PROEX-UFES, agosto de 2008).

2009 foi um ano de uma diversidade de temas investigados: novamente o Amor Cortês, mas, dessa vez associado à Música (os jograis medievais)178; uma vez mais, a Cavalaria179; a Tapeçaria de Bayeux, tema eminentemente artístico (a história de um bordado medieval)180; a Ciência Medieval181 (palestra apresentada no Dia de Darwin na UFES – comemoração do bicentenário de nascimento de Charles Darwin [abertura do calendário acadêmico do CCHN, no dia 10 de março de 2009, a convite do, então, coordenador do mestrado de filosofia, Prof. Dr. Arthur Octávio de Melo Araújo).

Ademais, os temas especificamente metafísicos: a Morte e Deus182 –, ainda, no tema da divindade, proferi em 2010 uma conferência na “Semana Acadêmica”, Tempo e Eternidade na Idade Média, evento organizado pelo Instituto Sapientia de Filosofia (Seminário Bom Pastor, Francisco Beltrão, PR), trabalho publicado em três oportunidades, no Brasil e na Espanha.183

Ainda, em 2009, fui convidado a proferir conferência na UFJF (no I Seminário de Graduandos e Pós-Graduandos em História da UFJF). Escolhi um tema teórico-metodológico – “O ofício do Historiador” – a exemplo dos trabalhos “Para que serve a História” e “O conhecimento histórico e a compreensão do passado: o historiador e a arqueologia das palavras”). O texto foi publicado em 2010.184

De volta à sala de aula, no semestre 2009/1 ministrei as disciplinas História Política no Mundo Medieval II (no curso de Pós-graduação lato sensu “Poder e Cultura na História”) e, na graduação de Filosofia, Seminário de Pesquisa em Filosofia, Filosofia e Ciências Humanas, Introdução à Filosofia (para o curso de Letras/Inglês) e Monografia (para o curso de História).

Em 2008 e em 2009 registrei dois projetos de pesquisa (com conclusão em 2011): “A Violência no Mundo Antigo e Medieval: de Vegécio (séc. IV) ao conde de Barcelos (séc. XIV)” – com seis alunos de Iniciação Científica185 – e “A transcendência na Filosofia Medieval em três tempos: os atributos divinos no Dionísio Pseudo-Areopagita (séc. V), em Bernardo de Claraval (1090-1153), em Ramon Llull (1232-1316) e suas raízes clássicas” (em parceria com o Prof. Dr. Jorge Augusto da Silva Santos) – com quatro alunos de Iniciação Científica.186

De 2000 a 2009, orientei quarenta e cinco trabalhos de conclusão de graduação em História187, onze trabalhos de conclusão de curso de especialização (lato sensu) em História188, e três dissertações de mestrado (também, em História).189 Ao olhar em retrospectiva, percebo que há vários temas de minhas pesquisas espelhados nas escolhas dos estudantes – a mulher, Ramon Llull, Bernardo de Claraval, a filosofia medieval, a guerra na Idade Média – o que me faz pensar nessa plasticidade viva entre o ensino e a pesquisa.

Nessa época, decidi permanecer apenas no mestrado de Filosofia. Dividir a produção acadêmica em dois programas de Pós-graduação havia se tornado um pouco estafante, notadamente, devido ao problema de saúde que sofri. Optei pela Filosofia – apesar de, ainda, estar lotado no Departamento de História – pelo fato de meus temas de pesquisa terem uma amplitude interdisciplinar (com a Literatura e a própria Filosofia), cujo escopo encontrava-se muito reduzido no mestrado de História (que privilegiava a perspectiva política – políticas públicas, movimentos políticos, representações políticas, na ocasião sob o filtro teórico gramsciano, infelizmente). Isso limitava o espectro de possibilidades, que as fontes medievais me proporcionavam – e, ainda, me proporcionam. Ademais, vinculava-me teoricamente, desde minha graduação, ao universo temático da Escola dos Annales, de sua “terceira geração”. Por tudo isso, optei em concentrar meus esforços na metafísica medieval, no mestrado de Filosofia.

Em 2009, organizei na UFES, juntamente, com os professores Jorge Augusto da Silva Santos e Fabricia dos Santos Giuberti, o VIII Encontro Internacional de Estudos Medievais da ABREMAs múltiplas expressões da Idade Média: Filosofia, Artes, Letras, História e Direito (com o apoio da CAPES e da FAPES). Seus Anais (em dois volumes) foram publicados pela Editora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (EDUFMS) em 2011.190

Os conferencistas internacionais foram os Profs. Drs. Alexander Fidora (Universität Frankfurt am Main / Institució Catalana de Recerca i Estudis Avançats), Maria Isabel Morán Cabanas (Departamento de Filoloxía Galega, Universidade de Santiago de Compostela) e José Enrique Ruiz Domènec (Universitat Autònoma de Barcelona), que fez a conferência de encerramento no Cine Metrópolis da UFES.

Nesse evento acadêmico internacional, realizado com o apoio da CAPES e da FAPES, além de apresentar o trabalho “Sic considerare, repatriare est. O que é Deus? A meditação das coisas sublimes no tratado Da consideração (1149-1152) de Bernardo de Claraval”191, publiquei dois livros: Ensaios de História Medieval (com prefácio do Prof. Dr. Edmar Checon de Freitas), coletânea de meus trabalhos até então publicados192, e Poemas de Ramon Llull. Desconsolo (1295) – Canto de Ramon (1300) – O Concílio (1311),193 três importantes poemas medievais (traduzidos com a Profa. Tatyana Nunes Lemos). Na mesma ocasião foi publicado o livro Raimundo Lúlio e as Cruzadas, com a tradução de três importantes documentos do filósofo a respeito do tema.194

Com a moderação da Profa. Ms. Eliane Ventorim – recém-mestre, sob minha orientação195 – proferi palestra (“Judeus, cristãos e muçulmanos: três tempos de crise, transformações e permanências das Religiões do Livro no Ocidente Medieval [sécs. XI-XIV]”) na 3ª Jornada de História e Ciência Política – Crise: transformações e permanências do CESAT-ES (19 de maio de 2009), quando reuni a documentação sobre o tema até o momento (Ramon Llull, nunca é demais recordar, um personagem muito estudado na história do diálogo entre as religiões).

Uma importante atividade acadêmica – a análise de projetos de pesquisa para posterior seleção pública – passou a fazer parte de minha vida intelectual: em novembro de 2009, fui convidado pelo Diretor Técnico Científico da FAPES, Prof. Dr. Aureliano Nogueira da Costa, a compor o Comitê AssessorEdital Universal 2009 (OF / FAPES / DITEC / N°052 / 2009) e, a seguir, a compor a Câmara de Assessoramento na área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas (biênio 2010/2012). Tive então a oportunidade de conhecer a fundo as pesquisas realizadas no estado do Espírito Santo.

Com minha participação no mestrado de Filosofia e a intensificação de meus projetos de pesquisa (e produção acadêmica) na área, o Departamento de História concordou em me ceder ao de Filosofia (não em definitivo, pois, perderia minha vaga de professor efetivo caso não houvesse a contrapartida) e, já em 2010, passei a compor o quadro docente de sua graduação. Assim, ofereci em 2010, no curso de História, apenas as disciplinas que atendessem meus orientandos (Seminário de Pesquisa e Monografia, 2010/1); em contrapartida, no curso de Filosofia, ofertei Filosofia Medieval I, Introdução à Filosofia (2010/1), História da Filosofia Medieval e Teoria das Ciências I (2010/2) e Introdução à Filosofia (2010/1) para o curso de Letras (Português/Francês, 2010/2), o que ampliou significativamente minha experiência docente.

Em 2010 a Revista Mirabilia completou uma década de existência. Para comemorarmos a data, alteramos sua periodicidade (ela passou a ser semestral), passamos, cada vez mais, a direcionar nossos esforços acadêmicos para o diálogo com instituições estrangeiras, e publicamos o volume 10 (2010/1) em parceria com a Profa. Dra. Almudena Blasco Vallés (Universitat Autònoma de Barcelona-UAB). Foram esses os volumes publicados até 2010 (seus temas e organizadores):

  1. COSTA, Ricardo da (org.). Mirabilia 1 (2001);
  2. FIDORA, Alexander & PARDO PASTORA, Jordi (orgs.). Mirabilia 2 (2002) – Expresar lo divino: Lenguaje, Arte y Mística;
  3. COSTA, Ricardo da (org.). Mirabilia 3 (2003);
  4. ZIERER, Adriana (org.). Mirabilia 4 (2004);
  5. PARDO PASTOR, Jordi. Mirabilia 5 (2005) – Ramon Llull y la convivência entre las diferentes culturas y el diálogo inter-religioso;
  6. COSTA, Ricardo da (org.). Mirabilia 6 (2006) – A educação e a cultura laica na Idade Média;
  7. PÉREZ MOLINA, Miguel (org.). Mirabilia 7 (2007) – A tradição filosófica no mundo antigo e medieval;
  8. RUIZ-DOMÈNEC, José Enrique & COSTA, Ricardo da (orgs.). Mirabilia 8 (2008) – A cavalaria e a arte da guerra no mundo antigo e medieval;
  9. BUTIÑÁ JIMÉNEZ, Julia & COSTA, Ricardo da (orgs.). Mirabilia 9 (2009) – Aristocracia e nobreza no mundo antigo e medieval;
  10. BLASCO VALLÉS, Almudena & COSTA, Ricardo da (orgs.). Mirabilia 10 (2010/1) – A Idade Média e as Cruzadas.

Quanto aos projetos de pesquisa, da mesma forma, eles se voltavam para a Filosofia (e seu diálogo com a História e a Literatura). Novamente, registrei uma investigação metafísica (2010/2011): “Deus e Seus atributos na Filosofia clássica e medieval”, com três alunos.196 O principal trabalho resultante foi “‘A verdade é a medida eterna das coisas’: a divindade no Tratado da Obra dos Seis Dias, de Teodorico de Chartres (†c.1155)”.197

Mas também houve outros trabalhos: Sonho de Cipião de Marco Túlio Cícero (capítulo de sua obra A República que traduzi e que contou com o Prólogo de Carlos Nougué)198, um sobre a teoria dos dois gládios na filosofia de Ramon Llull199 e, outro, sobre o conceito de guerra justa em Tomás de Aquino.200 Nesse mesmo ano, um trabalho, que apresentei no X Seminário Internacional: Filosofia e Educação – Ideias, Ideais, História, foi acerca do famoso debate entre Abelardo e Bernardo de Claraval.201

Em 2010, também, foi publicado (após quatro anos de trabalho semanal, 2006-2010) o Livro dos Feitos, autobiografia do rei Jaime I de Aragão (1208-1276).202 Levamos tanto tempo para traduzir esse importantíssimo documento medieval, porque o texto em catalão antigo do rei Jaime era muito “duro”, “seco”, quase ríspido (ademais, ensinava ao, então, estudante Luciano Vianna, como traduzir textos medievais). Impressionou-me como em uma geração o catalão adquiriu tamanha consistência e sutileza com os escritos de Ramon Llull!

A convite, em abril de 2010, proferi palestra no Café Geográfico da UFES (do CCHN), um tema histórico “clássico”: “Do fim do Mundo Antigo à Alta Idade Média (100-600 d. C.)”, posteriormente publicado.203 Por fim, no segundo semestre de 2010, ofereci a disciplina “O Príncipe Maquiavélico: Filosofia, Cultura e Política no tempo de Henrique VIII” (carga horária de 15 horas-aula) no curso de extensão (interdisciplinar) do mesmo nome do NEI – Núcleo de Estudos Indiciários (DCSO/CCHN/UFES), sob a coordenação do Prof. Mauro Petersem Domingues (Departamento de Ciências Sociais da UFES).

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V. A Literatura: o Humanismo e as permanências medievais quinhentistas

No entanto, de todas as atividades acadêmicas de 2010, a mais notável foi o convite, que recebi do Prof. Dr. Dr. Vicent Martines Peres (Universitat d’Alacant, Espanha), em janeiro, para participar do Projeto IVITRA. Cinquenta pesquisadores de quarenta e três universidades de treze países a trabalhar a tradução dos clássicos da Coroa de Aragão (1162-1715), todos sob a direção do Prof. Dr. Dr. Vicent Martines Peres – passaria eu a ser o único representante brasileiro.

O convite veio acompanhado de uma proposta: traduzir, pela primeira vez para a língua portuguesa, a belíssima novela de cavalaria Curial e Guelfa (séc. XV), de autor anônimo.

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Assim, durante todo o ano de 2010, trabalhei diariamente na tradução desse belíssimo texto. Convidei o Prof. Armando Alexandre dos Santos (IHGSP) para participar da empreitada, pois logo percebi que necessitaria de um polimento em meu português (para harmonizar a tradução com o elevado nível literário do texto original). Para a minha alegria, minha tradução foi publicada (em 2011) pela University of California, Santa Barbara (EUA).204 Para fincar pé nos estudos literários, junto à Universitat d’Alacant (com a tradução da novela Curial e Guelfa), registrei meu projeto de pesquisa 2011/2012 na UFES com essa fonte como base documental (“O Alvorecer do Humanismo: a novela de cavalaria Curial e Guelfa, séc. XV”). Quatro alunos participaram, dois com bolsas do CNPq205 – e, para a minha alegria, um deles obteve o prêmio de melhor trabalho do ano na área de Ciências Humanas da UFES.

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Além disso, essa primeira tradução para a Universitat d’Alacant abriu-me as portas para os estudos literários da Alta Cultura. Apresentei uma primeira reflexão (de cunho metodológico) sobre Curial e Guelfa no Colóquio de Pesquisadores e Pós-Graduandos em História Medieval – Perspectivas de Investigação e Colaboração Científica, evento organizado pelo Scriptorium (UFF, 2011) da Profa. Dra. Vânia Leite Fróes;206 ampliei esse texto e o apresentei no Congresso Internacional sobre Matéria Cavaleiresca (USP, 09 de maio de 2011).207

A seguir, desenvolvi outros temas, contidos naquela novela, em uma palestra na Universidade Severino Sombra (USS-Vassouras, 2011), texto publicado na Espanha.208 Mais: concedi entrevista para Convenit Internacional209 e, por fim, proferi conferência no Simposi Internacional “De Ramon Llull a Curial e Güelfa I Tirant lo Blanch. Clàssics, Història, Traducció I Cultura a la Corona d'Aragó” (Universitat d’Alacant, 2011).210

Mas antes de narrar as atividades acadêmicas dessa viagem para a Espanha (12 a 29 de novembro de 2011), ministrei as disciplinas Introdução à Filosofia (2011/1, para as graduações de Arquivologia e de História), Introdução à Filosofia, Seminário de Pesquisa e Monografia (2011/2, para a graduação de História), Filosofia Antiga II (2011/2, para a graduação de Filosofia), Economia camponesa medieval, História Medieval, Seminário de Pesquisa e Monografia (2011/2, para a graduação de História) e Metafísica e Conhecimento (2011/1, para o mestrado de Filosofia).

Participei das Jornadas de Filosofia Medieval – Ciclo 2011 Internacional – na UEPB (maio/junho de 2011). O evento foi uma atividade do Principium – Núcleo de Estudo e Pesquisa em Filosofia Medieval (UEPB/CNPq), grupo dirigido pela Profa. Dra. Maria Simone Marinho Nogueira. Naquela ocasião, ofereci um curso de extensão (“A transcendência na Filosofia Medieval e suas raízes clássicas”), quando pude acumular material para posterior publicação, e proferi uma conferência. De minha estada em João Pessoa, para participar do evento do Principium, decorreu um convite do Prof. Dr. Anderson D’Arc Ferreira (PPGFil-UFPA) para proferir conferência e oferecer um minicurso naquele mestrado.211 Além disso, o Instituto de Pesquisas Filosóficas Santo Tomás de Aquino me convidou para proferir a palestra “A morte em Tomás de Aquino”. Da mesma forma, o Departamento de Filosofia da UFPE me convidou a permanecer em Recife por três dias para oferecer um minicurso para a graduação.212

Em junho aconteceu o IX Encontro Internacional de Estudos Medievais, evento ocorrido na UFMT e organizado pela ABREM. Apresentei o trabalho “‘Maomé foi um enganador que fez um livro chamado Alcorão’: a imagem do Profeta na filosofia de Ramon Llull (1232-1316)”, trabalho que apresentaria cinco meses depois na Universidad Autònoma de Madrid (UAM).213

Em agosto de 2011, organizei, novamente em parceria com o Prof. Dr. Jorge Augusto da Silva Santos, o XIII Congresso Internacional de Filosofia Medieval – Metafísica, Arte e Religião na Idade Média (com o apoio da FAPES e da CAPES), sob a égide da Sociedade Brasileira de Filosofia Medieval. Foram cinco os conferencistas (das universidades Católica Portuguesa, Autónoma de Madrid, PUC-SP e Complutense de Madrid) e cinquenta e sete trabalhos apresentados – os Anais foram publicados em 2013.214

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Na ocasião, apresentei trabalhos em parceria com os estudantes do projeto de pesquisa 2011/2012215, além de outro, em parceria com o Prof. Armando Alexandre dos Santos,216 e meu próprio trabalho, “‘O verdadeiro amor nasce de um coração puro, de uma consciência boa e de uma fé sincera, e ama o bem do próximo como se fosse seu’: a mística de São Bernardo de Claraval”.217 O abade cisterciense, também, foi tema de uma palestra que proferi em outubro no VII Colóquio de Estudos Medievais – Espaços das narrativas, dos rituais e das imagens, outro evento organizado pelo Scriptorium (na UFF), grupo coordenado pela Profa. Dra. Vânia Leite Fróes.218

Em agosto e em setembro, ministrei a disciplina “Literatura e Idade Média Latina” (20 horas) no curso de especialização “Ensino e Interdisciplinaridade – História e Literatura: texto e contexto”, coordenado pelo Prof. Dr. Carlos Vinícius Costa de Mendonça.

Em setembro, ministrei a palestra “O turbulento século XIII, o tempo de Tomás” no minicurso “Santo Tomás, médico da alma”, evento organizado pela Sociedade Brasileira de Filosofia Medieval (SBFM) e pelo Instituto Angelicvm, na ABERJ, além de conferência no Centro Universitário Moacyr Sreder Bastos (UNIESP, RJ), “As raízes clássicas da transcendência medieval”, trabalho apresentado em um curso de extensão na UEPB e, posteriormente, publicado, também, na UEPB.219

Em novembro de 2011, a convite da Universitat d’Alacant (UA), viajei para a Espanha para uma série de atividades acadêmicas, de natureza literária-filosófica-filológica, todas intelectualmente muito produtivas:

1) Dia 14/11 – Entrevista “La literatura portuguesa y la catalana desde Brasil” na Rádio da Universidad Nacional de Educación a Distancia (UNED, Madrid) com a Profa. Dra. Júlia Butiñyà Jiménez (UNED);

2) Dia 14/11 (à noite) – Sessão “El estudio de la literatura catalana medieval en las universidades extranjeras”, com os professores Fernando Domínguez Reboiras (Freiburg Universität), Vicent Martines (Universitat d’Alacant) e a moderação do professor Joan Ribera (Universidad Complutense de Madrid), no Centro Cultural de la Generalitat de Catalunya, em Madrid;

3) Dia 17/11 – Conferência “Mahoma fue un engañador que redactó un libro llamado Corán”: la imagen del Profeta en la filosofía de Ramón Llull (1232-1316)”220 na Universidad Autònoma de Madrid (UAM) para o Grupo de Pesquisa “Iglesia y legitimación del poder político. Guerra santa y cruzada en la Edad Media del occidente peninsular (1050-1250)” coordenado pelo Prof. Dr. Carlos de Ayala Martínez;

4) Dia 21/11 – Conferência “Los clásicos que hacen clásicos: la importancia de los clásicos y de la tradición clásica en la configuración del canon cultural medieval” no Simposi Internacional “De Ramon Llull a Curial e Güelfa i Tirant lo Blanch. Clàssics, història, traducció i cultura a la Corona d’Aragó – Reial Acadèmia de Bones Lletres de Barcelona & IVITRA (UA) (posteriormente, foi transformado em livro e publicado na Costa Rica)221;

5) Dia 21/11 – Conferência “Las traducciones de los clásicos medievales en el siglo XXI – tensiones, problemas y soluciones: el Curial e Guelfa”, no Simposi Internacional “De Ramon Llull a Curial e Güelfa i Tirant lo Blanch. Clàssics, història, traducció i cultura a la Corona d’Aragó” – Reial Acadèmia de Bones Lletres de Barcelona & IVITRA (UA);

6) Dia 22/11 – Conferência “O espanhol e o catalão no Brasil: a tradução como instrumento de comunicação intercultural” na Facultat de Filologia, Traducció i Interpretació da Universitat de València;

7) Dia 25/11 – Conferência “La belleza, esencial categoría de un clásico: Bernardo de Claraval y lo bello”, no Institut d’Estudis Medievals da Universitat Autònoma de Barcelona (UAB).

Graças a esse périplo de conferências na Espanha, pude debruçar-me em bibliografia que discutia uma série de questões, relativas à tradução. Foi, então, que pude compreender melhor o que, há anos, fazia na prática, sem nunca ter teorizado a respeito: o ato de traduzir.222

De volta ao Brasil, apresentei, em dezembro de 2011, a convite, o trabalho “A Estética do Corpo na Filosofia e na Arte da Idade Média: texto e imagem”, no IV Encontro de Pesquisa em Filosofia da Universidade Federal do Paraná (UFPR).223

Nos anos 2010/2011, orientei oito monografias de graduação224 e sete trabalhos de iniciação científica. Além disso, participei de sete bancas de Pós-graduação (seis de mestrado e uma de doutorado).225

Em 2012 ministrei as disciplinas Economia camponesa medieval, História Medieval, Monografia e Seminário de Pesquisa (2012/1, na graduação de História), História Medieval, Monografia, Seminário de Pesquisa e Tópicos especiais em História Medieval (2012/2, na graduação em História) e História da Arte I (2012/2, na graduação de Artes – Artes Plásticas e Artes Visuais).

Em junho de 2012, o chefe do Departamento de Teoria da Arte e Música (DTAM), Prof. Dr. Ernesto Frederico Hartmann Sobrinho, solicitou minha cessão ao Departamento de História para ministrar a disciplina História da Arte I, matéria obrigatória, do primeiro semestre daqueles cursos. A cessão foi concedida, sem que, no entanto, eu tenha sido eximido da carga horária no curso de História. Assim, passei a trabalhar, simultaneamente, nos dois departamentos.

Essa dupla (e intensa) atividade de ensino, em dois centros, em dois departamentos, em três graduações, permaneceria até o final do segundo semestre de 2013, quando o Departamento de Teoria da Arte e Música (DTAM) ofereceu uma vaga de concurso ao Departamento de História em troca de minha remoção. Não obstante, apesar de o Magnífico Reitor Reinaldo Centoducatte ter assinado a portaria de minha remoção em abril de 2013, para que isso se concretizasse, foi acordado que eu, ainda, ministraria disciplinas no Departamento de História até o final de 2013.

Após a publicação de Curial e Guelfa nos EUA, o Prof. Dr. Dr. Vicent Martines Peres (Universitat d’Alacant) sugeriu que eu traduzisse a obra Lo Somni (1399), de Bernat Metge, outra pérola da literatura catalã-aragonesa. Assim, registrei em 2012 o projeto de pesquisa “As Projeções Oníricas na História: Lo Somni de Bernat Metge (1340-1413)”, com a participação de cinco alunos (dois bolsistas CNPq).226

Além disso, convidei um elenco de professores para escrever a respeito da permanência dos sonhos ao longo da História (Armando Alexandre dos Santos, Deborah Azevedo da Silva, Renan Marques Birro, Maria de Nazareth Corrêa Accioli Lobato, André Szczawlinska Muceniecks, Gabriela da Costa Cavalheiro, Adriana Zierer, Mariana Bonat Trevisan, Douglas Mota e Júlia Butiñá). O que deveria ser uma longa apresentação à minha tradução, devido à qualidade (e extensão) dos trabalhos, acabou se transformando em um livro, publicado em 2014 na Espanha.227 A tradução de Lo Somni foi publicada em 2016 pela prestigiosa Editora Palas Atenea, de Madri.228

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Tão logo iniciei a tradução de Lo Somni, iniciei minhas pesquisas sobre o tema – e a redação de trabalhos acadêmicos. Em abril, proferi a conferência “Os sonhos e a História: Lo Somni (1399) de Bernat Metge” no I Simpósio Interdisciplinar de Estudos do Medievo (Faculdade de Letras da UFRJ), evento do Nielim (Núcleo Interdisciplinar de Estudos em Literatura da Idade Média), trabalho publicado no Brasil e na Espanha.229

A obra, a primeira a “introduzir” o Humanismo em terras ibéricas, permitia estabelecer distintos pontos de análise, tamanha a sua riqueza textual. Apresentei suas imbricações filosóficas em três eventos: em palestra proferida em junho no II Seminário de Estudos Medievais da Paraíba – Sábias, Guerreiras, Místicas: homenagem aos 600 anos de Joana D’Arc (organizado pelo Grupo Interdisciplinar de Estudos Medievais da UFPB) – quando relacionei Lo Somni com a novela Curial e Guelfa230 –; em setembro, nas XII Jornadas Internacionales de Estudios Medievales da SAEMED (Buenos Aires)231, e em outubro, no XV Encontro Nacional da ANPOF, em Curitiba.232

Uma parte de meu primeiro trabalho de pós-doutorado (em 2003), que veio à luz em 2012: “Non sine cordis amaritudine et dolore – ‘No es sin dolor y amargura en el corazón’: Clemente V y la supresión de la Orden del Temple”, foi publicado em uma revista espanhola.233 O trabalho, completo, foi publicado na mesma revista, em 2013.234

Em maio, proferi conferência na Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da UNESP235; em junho – quando de minha participação no II Seminário de Estudos Medievais da Paraíba – apresentei o tema de meu segundo pós-doutorado no Centro de Cultura Zarinha (João Pessoa)236; em julho, ofereci o XXV Curso de Inverno “O Pensamento Filosófico de Raimundo Lúlio” da UCOB (União dos Conventuais do Brasil, Brasília), além de proferir conferência no XXII Encontro Monárquico do Rio de Janeiro, quando abordei o nascimento da monarquia no Ocidente Medieval.237

Por ocasião da celebração do 15º aniversário e da publicação do ducentésimo número das revistas do CEMOrOc (Centro de Estudos Medievais Oriente & Ocidente Edf-Feusp), apresentei um breve memorial dessa história editorial, relativa aos estudos medievais e seus principais marcos.238

Em agosto, fui agraciado com uma bolsa da FAPES (Edital 005/2012Participação em Eventos) para apresentar trabalho no VI Congreso Internacional Iberoamericano de la Sociedad de Filosofía Medieval (SOFIME): DE NATURA239, em Salamanca, Espanha (dezembro de 2012). O trabalho foi publicado na Espanha e em Portugal.240

Por fim, em dezembro, apresentei o trabalho “Bernat Metge (1340-1413) nos trópicos: um catalão em terras brasileiras241 (em webconferência) no I Simposi Internacional Noves tendències en el I+D+i em Literatura, llengua, Ensenyament i TIC sobre la Corona d’Aragó (Edat Mitjana i Edat Moderna). De la inovació al cànon da Universitat d’Alacant.

No final de 2012, fui designado subcoordenador do Programa de Pós-graduação em Filosofia (período de 07/11/2012 a 31/07/2013) e, por sugestão da Profa. Dra. Angela Maria Grando Bezerra, solicitei meu ingresso no Programa de Pós-graduação em Artes – o parecer, com a aprovação, foi feito pela Profa. Dra. Almerinda da Silva Lopes e lido na reunião ordinária daquele colegiado no dia 14 de dezembro, de modo que, já no Edital do Processo Seletivo para 2013/1, meu nome já constava disponível para orientação.

O ano de 2012 “terminou” com uma palestra (“A Idade Média existiu?”242) proferida no Instituto VERA FIDES (RJ) no evento “O Mito da Idade Média”.

VI. Nas Artes

Apesar de, ainda, trabalhar no Departamento de História (até o final de 2013), desde abril de 2013 fora removido para o Departamento de Teoria da Arte e Música da UFES, o que significava, oficialmente, recomeçar uma nova vida acadêmica – ou, se considerarmos minha trajetória de vida (como músico profissional – 1980/2000) – retornar ao universo das artes, mundo que havia abandonado em 2000, quando ingressei na UFES.
 

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Tapete da Criação (séc. XI), 4,70 x 3,65 m. Museu Capitular da Catedral de Girona, Espanha.

O primeiro passo para fincar pé nessas novas terras foi o registro de meu primeiro projeto de pesquisa (2013/2015, interinstitucional e internacional) especificamente com um tema artístico: “Manifestações estéticas da concepção do tempo na arte românica da Península Ibérica Medieval (sécs. XI-XIII)”, em parceria com a Universidad Complutense de Madrid e a UNESP-Marília. Para isso, reuni um elenco de professores, além de três alunas de graduação (duas oriundas dos cursos de Artes e uma do de História).243

Em 2013, ministrei as disciplinas História Medieval, Monografia e Seminário de Pesquisa (2013/1, ainda, para a graduação de História) e Metodologia de Pesquisa para o mestrado de Artes (2013/1). Não trabalhei no ensino de graduação no segundo semestre, porque solicitei um “Plano de estudos do aprimoramento técnico-profissional –  Licença-capacitação” (a partir do dia 07 de outubro de 2013 (a reitoria promulgou a portaria no dia 06 de setembro).

Academicamente, participei de três bancas (duas de doutorado, na UFF244, e uma de monografia de graduação, na UFES245), proferi sete palestras no Brasil246, apresentei um trabalho em um simpósio nacional247 e, outro, (em parceria) em um seminário internacional.248

Em fevereiro, o jornal Gazeta do Povo me convidou a escrever um artigo sobre a relação histórica da Igreja Católica com a escravidão. Como não era – e, ainda, não é – um tema de minhas pesquisas (pois, notadamente, diz respeito ao período moderno), tergiversei. Os editores insistiram e me ofereceram um prazo. Pesquisei o tema e escrevi um pequeno texto.249

Em maio, recebi autorização da UFES – através do Magnífico Reitor Reinaldo Centoducatte, do Diretor do Centro de Artes, Prof. Dr. Paulo Sérgio de Paula Vargas e do Chefe do Departamento de Teoria da Arte e Música, Prof. Dr. Ernesto Frederico Hartmann Sobrinho – para participar do Programa de Doutorado Transferencias Interculturales e Históricas en la Europa Medieval Mediterránea do Institut Superior d'Investigació Cooperativa IVITRA [ISIC-2012-022] da Universitat d’Alacant (UA).

O convite fora feito pelo Prof. Dr. Dr. Vicent Martines Peres. Passava, então, a integrar três programas de Pós-graduação: os mestrados de Filosofia e de Artes, da UFES, e o doutorado, da Universitat d’Alacant. No momento, tenho um orientando, Gustavo Cambraia Franco, que já fez o depósito de sua tese (“A Letra e o Espírito: analogia e exegese nos Sermões de São Vicente Ferrer [1350-1419]) e aguarda a confirmação da data de sua defesa.

Proferi conferência no II Simpósio de Filosofia Patrística e Medieval da Faculdade São Bento de São Paulo no dia 20 de maio.250 Também em maio organizei, novamente em parceria com o Prof. Dr. Jorge Augusto da Silva Santos, o I Colóquio Internacional de Filosofia: Nicolau de Cusa (1401-1464) em Diálogo, com o apoio da CAPES e da FAPES. Foram sete conferências e onze apresentações de trabalhos, de doutores, mestres, professores e graduandos.

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Apresentei a conferência “O Diálogo no limite: A disputa entre Pedro e Ramon, o superfantástico (1311)” – este era um dos textos de Ramon Llull que constavam da biblioteca do cusano. A Revista Mirabilia – que, a partir de 2014/1, foi renomeada Mirabilia Journal (pois passou a pertencer ao Institut d’Estudis Medievals da Universitat Autònoma de Barcelona [UAB]) – dedicou um volume ao evento251, precisamente, quando o seu ISSN (1676-5818) foi transferido para o Centro Nacional Español del ISSN, em função do que, desde então, ela passou a ser uma publicação europeia (e, não mais, sob a nossa tutela).

Em julho aconteceu o X EIEM (Encontro Internacional de Estudos Medievais), evento promovido pela ABREM e ocorrido na UnB. Inscrevi um trabalho em parceria com a Profa. Bárbara Dantas, apresentado por ela e publicado, ainda, em 2013.252

O primeiro e belo fruto de meu primeiro projeto de pesquisa em Artes, já, veio em 2013: em setembro, apresentei o trabalho “El relato del Génesis en el Tapís de la Creació (siglos XI-XII): la transcendencia en la Estética Medieval” – escrito em parceria com a Profa. Patricia Grau-Dieckmann (Inst. Superior del Profesorado Dr. Joaquín V. González, Buenos Aires) – no XIV Congreso Latinoamericano de Filosofía Medieval – Filosofía medieval: continuidad y rupturas, evento ocorrido na UNSTA (San Mihel de Tucumán, Argentina). Unimos Arte e Filosofia medieval em uma só investigação. O trabalho, apresentado na Sessão Estética Medieval, foi publicado nas atas do congresso.253

Saí de licença em setembro, com as cartas de aceite dos Profs. Drs. Antoni Ferrando Francés (Universitat de València) e Vicent Martines Peres (Universitat d’Alacant), para um estudo programado de três meses (com a proposta “As representações artísticas dos camponeses medievais nas sequências dos Trabalhos dos meses”), tema artístico muito recorrente nas imagens medievais e que escolhi para investigar. Mas, antes de viajar para a Espanha, proferi uma palestra no I Seminário Capixaba de Humanidades Médicas – o trabalho foi posteriormente publicado nos EUA.254

Além da pesquisa documental (por exemplo, passagens de obras de Ramon Llull a respeito dos camponeses, além de outros extratos literários) e imagética, os colegas europeus organizaram uma série de atividades acadêmicas, de modo semelhante à minha viagem anterior àqueles centros espanhóis:

1) Dia 18/11/2013 – Apresentação do trabalho “Arte y Literatura en la Corona de Aragón: cambios estéticos al respecto de los campesinos medievales (siglos XI-XIII)”, na sessão “Seminaris especializats i ponèncias obertes en noves tendències en estudis culturals a l’Edat Mitjana, Renaixement i Edat Moderna referits a la Corona d’Aragó” no III Simposi Internacional Noves Tendències em I+D+I en Literatura, Llengua, Ensenyament i TIC sobre la Corona d’Aragó. De la innovació al cànon (Universitat d’Alacant);

2) Dia 19/11/2013 – Apresentação do trabalho “Clásicos que hacen clásicos: la traducción al portugués de la Tragèdia de Caldesa de Joan Roís de Corella”, na sessão “Seminaris especializats i ponèncias obertes en noves tendències en estudis culturals a l’Edat Mitjana, Renaixement i Edat Moderna referits a la Corona d’Aragó” no III Simposi Internacional Noves Tendències em I+D+I en Literatura, Llengua, Ensenyament i TIC sobre la Corona d’Aragó. De la innovació al cànon (Universitat d’Alacant);

3) Dia 19/11/2013 (à noite) – Apresentação do livro Joan Roís de Corella Políglota, na Setmana Literària de Gandia (SLG 013), evento ocorrido na Biblioteca Central (sala d’actes) do Institut Municipal d’Arxius i Biblioteques do Ajuntament de Gandia;

4) Dia 20/11/2013 – Apresentação do trabalho “Clásicos que hacen clásicos: dos modelos diferentes y una misma tradicción cultural evolucionando: Llibre dels fets de Jaume I y Curial e Güelfa recibidos en el contexto cultural de la lengua portuguesa -Lusorama-” na sessão “Seminaris especializats i ponèncias obertes en noves tendències en estudis culturals a l’Edat Mitjana, Renaixement i Edat Moderna referits a la Corona d’Aragó” no III Simposi Internacional Noves Tendències em I+D+I en Literatura, Llengua, Ensenyament i TIC sobre la Corona d’Aragó. De la innovació al cànon (Universitat d’Alacant);

5) Dia 25/11/2013 – Conferência “Ramon Llull i els advocats” na Facultat de Ciències Jurídiques i Polítiques de la Universitat Internacional de Catalunya (UIC, Barcelona);

6) Dia 26/10/2013 – Conferência “As representações artísticas dos camponeses medievais no ciclo dos Trabalhos dos meses”, no Departamento de Historia del Arte I (Medieval) da Faculdad de Geografía e História da Universidad Complutense de Madrid (UCM);

7) Dia 09/12/2013 – Entrevista “La literatura portuguesa i la catalana desde Brasil” para o Centro de Medios Audiovisuales (CEMAV) da UNED (Madri), com difusão para o Canal-UNED, Radio Alma, Radio Extremadura, Radio 3.

Em relação à atividade acadêmica ocorrida em Gandia (19/11), traduzi A Tragédia de Caldesa (c. 1458), obra do poeta e teólogo Joan Roís de Corella (1435-1497) – outro convite de IVITRA – com a revisão do Prof. Dr. Ricardo Monteiro.255 Minha tradução foi publicada (em uma edição multilíngue, traduzida para 20 línguas: inglês, árabe, asturiano, croata, holandês, francês, galego, alemão, grego, húngaro, italiano, japonês, occitano, persa, polonês, português, romeno, russo, espanhol, filipino) pela University of California, Santa Barbara (EUA).256

Iniciei 2014 com duas palestras na Florida Christian University (Núcleo Nordeste – campus virtual UNIFUTURO), em João Pessoa: “As representações artísticas das sete artes liberais: iluminuras, esculturas, afrescos” e “Entre a vida ativa e a vida contemplativa: a oposição trabalho braçal versus trabalho intelectual na Arte da Idade Média”.

Uma nova experiência se abriria em 2014: a coordenação do Programa de Pós-graduação em Artes (Portaria n. 065, de 05 de fevereiro). Já havia tido uma iniciação com a coordenação-adjunta do mestrado de Filosofia (no biênio 2010/2012, com o Prof. Dr. Arthur Octávio de Melo Araújo como coordenador), mas, de fato, foi minha primeira gestão institucional à frente de um colegiado.

Além de participar do Fórum Nacional dos Coordenadores de Pós-graduação em Artes/Artes Visuais (ocorrido em no Instituto de Artes da UNICAMP em abril de 2014), considero que minha gestão teve como principais méritos a diminuição do tempo médio de defesas de dissertação de 36 para 26 meses e a organização do IV Colóquio Internacional de Filosofia Medieval e I Congresso Internacional de Artes e Filosofia: Arte, Crítica e Mística, em parceria com o mestrado de Filosofia, evento que, também, contou com o apoio da CAPES e da FAPES.

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Além de participar, direta e ativamente, na organização do evento, proferi a conferência de encerramento: “A anamnese estética de Umberto Eco”.257 Mirabilia Journal (Institut d’Estudis Medievals da Universitat Autònoma de Barcelona) dedicou um de seus volumes temáticos ao tema do evento (Arte, Crítica e Mística).258 Além disso, escrevi trabalhos em parceria com mestrandos (de Artes e de Filosofia) e com um doutorando (da Universitat d’Alacant), por eles apresentados no evento (e também publicados).259

Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação, Educação Profissional e Trabalho (SECTTI), através da Ordem de Serviço 026/2014 (Publicada no Diário Oficial dos Poderes do Estado do dia 10 de abril de 2014) contratou meus serviços para a elaboração de um projeto de lei (com fundamentação filosófica-pedagógica) para a criação de uma universidade estadual no Espírito Santo.

No âmbito professoral, ministrei em 2014 na graduação (Artes Plásticas/Artes Visuais) a disciplina História da Arte I e, nas pós-graduações, as disciplinas Metodologia de Pesquisa em Artes (mestrado de Artes) e Tópicos especiais em Metafísica: o conhecimento do supra-sensível (mestrado de Filosofia). Evandro Santana Pereira, meu primeiro mestrando de Filosofia Medieval, ingressou no mestrado e defendeu sua dissertação estritamente no prazo260, e o mesmo ocorreu com a primeira mestra de Arte Medieval, Tainah Moreira Neves (ingressos em 2014 e defesas em 2016).261

No curso de História, meus últimos orientandos concluíram suas monografias262 e, nas Artes, as primeiras alunas sob minha orientação terminaram seus subprojetos de Iniciação Científica.263 Um ciclo estava definitivamente sendo fechado, outro definitivamente iniciado. Cloto continuava seu diálogo com Láquesis e, com a graça da Divina Providência, ainda, tecia meu fio.

Na produção acadêmica, voltada para a arte medieval – sempre com suas imbricações com a Literatura e a Filosofia – escrevi um trabalho em conjunto com a Profa. Bárbara Dantas, que o apresentou (em nosso nome) no Congresso Internacional Ordens Religiosas na Idade Média: Concepções de Poder e Modelos de Sociedade (séc. XII-XV), uma realização LEME-UFMG (26 e 29 de maio de 2014).264

Em agosto, participei do XXXIV Colóquio do Comitê Brasileiro de História da Arte, com um trabalho que me proporcionou uma reflexão, ainda, mais aprofundada da circularidade cultural presente na Idade Média: “Corpo transgredido, locus profanado: o martírio de Tomás Becket (c. 1118-1170) na arte medieval”.265 Foi a primeira vez que apresentei um tema artístico em um congresso de Artes. Mais um début nessa minha vida cheia de começos.

Na I Jornada Nacional de História Antiga e Medieval e IV Encontro Nacional de Estudos Egiptológicos (evento do Programa de Pós-graduação de História da Universidade Estadual de Ponta Grossa, UEPG-PR) proferi a conferência “Entre Chartres e Amiens: a vida cotidiana dos camponeses medievais na Arte (séc. XIII)”.266 Em outubro, proferi palestra na Universidade de São-João del Rey (uma narrativa imagética com Turner, Corot, Goya, Friedrich Caspar David e Salomão Delane)267 e participei do XVI Encontro Nacional da ANPOF com um trabalho sobre a imagem cosmológica de Dante Aliguieri (c. 1265-1321).268

Em novembro, fiz a conferência de abertura do II Colóquio Internacional LEME/Vivarium/CEEO. As faces da renovatio no medievo e no Renascimento sobre o artista Benedetto Antelami (c. 1150-1230)269 e fiz a conferência de encerramento do I Encontro Internacional e II Encontro Nacional de História Antiga e Medieval de Imperatriz-Ma (UEMA).270

De março a dezembro de 2014, ministrei o curso de extensão (online e à distância) “A Beleza na História Cultural – do mundo clássico ao proto-humanismo” (carga horária de 90 horas) pelo Institut Superior d’Investigació Cooperativa IVITRA da Universitat d’Alacant (UA) em um convênio acadêmico com o Instituto Angelicum. Dividi o curso com o tomista Sidney Silveira.271

Em 2015, ministrei as disciplinas História da Filosofia Medieval e Filosofia Política I (2015/1) e Estética (2015/2) para o curso de Licenciatura em Filosofia Ead/UFES. Três livros, escritos em parceria, foram publicados em decorrência desse trabalho na educação à distância da UFES.272 Nas graduações de Artes Plásticas e Artes Visuais, ofereci a disciplina História da Arte I (2015/1 e 2015/2); no mestrado de Artes, História das Imagens (2015/2).

Em 2015, Letícia Fantin Vescovi Cordeiro Bartos Moreira e Rodrigo Danúbio Queiroz defenderam suas dissertações no mestrado de Filosofia sob minha orientação273, e Paola Sarlo Pezzin no mestrado de Artes274 – um (difícil) trabalho, escrito a quatro mãos com a Profa. Letícia Fantin Vescovi Cordeiro Bartos Moreira, foi publicado em uma das mais prestigiosas revistas espanholas de Filologia.275 Em 2015, iniciaram-se quatro orientandos sob minha orientação nos dois programas de Pós-graduação, nos quais atuo (três em Artes e um em Filosofia), com previsão de término em 2017.276

Na graduação, registrei o projeto de pesquisa 2015/2016 (novamente interinstitucional e internacional) “A Astrologia medieval e suas manifestações na Arte e na Filosofia (sécs. XII-XV)”, em parceria com professores do Brasil e do exterior e com três alunas de graduação (bolsistas CNPq e FAPES).277 Um tema filosófico (metafísico) e artístico.

Apresentei o trabalho “La Retórica Nueva (1301) de Ramón Llull: la Belleza a servicio de la conversión” no XV Congreso Latinoamericano de Filosofia: Política y Discursividad del Medioevo al Período Colonial (Faculdad de Filosofía da Pontificia Universidad Católica de Chile (7-11 de abril de 2015), trabalho publicado nos EUA em volume dedicado aos 700 anos da morte de Ramon Llull.278 Em junho, palestrei na IV Semana de Integração: ensino, pesquisa e extensão, na Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)279; em agosto, juntamente com o Prof. Dr. Hélio Angotti-Neto, proferi palestra no I Seminário UFES de Paleopatologia (Centro de Ciências da Saúde).280

Em setembro, aconteceu o I SEPECAR (I Seminário de Pesquisa do Centro de Artes da UFES). Além de apresentar meu grupo de pesquisa do CNPq (Arte, Filosofia e Literatura na Idade Média) – que desde 2013, abriga meus projetos de pesquisa – apresentei três trabalhos (dois em parceria com Tainah Moreira Neves e Bárbara Dantas) e a resenha de meu livro Os Sonhos na História; também em setembro, apresentei a palestra “Pedro Berruguete (c. 1450-1504), Goya (1746-1828) e Joseph Nicolas Robert-Fleury (1797-1890): representações artísticas do Tribunal do Santo Ofício” no I Encontro de Pós-graduação stricto sensu em Ciências Criminais (do Instituto Brasileiro de Direito Processual Penal – IBRASPP); em outubro, apresentei um trabalho no XI Encontro de História da Arte – Da percepção à palavra: Luz e Cor na História da Arte (Programa de Pós-graduação em História da Arte do IFCH da UNICAMP)281, e outro no 12° Congresso Internacional de Estética – O Trágico, o Sublime e a Melancolia (Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, FAFICH, UFMG)282, e proferi conferência no VI Encontro Internacional de História Antiga e Medieval do Maranhão. Conflitos sociais, Guerras e Relações de Gênero: Representações e Violência (UEMA).283

Em relação à Revista Mirabilia (como dissemos, em 2014/1 ela passou a pertencer ao Institut d’Estudis Medievals da Universitat Autònoma de Barcelona) seus últimos volumes sob nossa supervisão foram:

  1. COSTA, Ricardo da (org.). Mirabilia 11 (2010/2) – O Tempo e a Eternidade no mundo antigo e medieval;
  2. ZIERER, Adriana (org.). Mirabilia 12 (2011/1) – Paraíso, Purgatório e Inferno: a Religiosidade na Idade Média;
  3. COSTA, Ricardo da (org.). Mirabilia 13 (2011/2) – As relações entre História e Literatura no Mundo Antigo e Medieval;
  4. ROSSATO, Noeli Dutra (org.). Mirabilia 14 (2012/1) – Mística e Milenarismo na Idade Média;
  5. MALLORQUÍ-RUSCALLEDA, Enric (org.). Mirabilia 15 (2012/2) – As Emoções no Mundo Antigo e Medieval;
  6. TÔRRES, Moisés Romanazzi (org.). Mirabilia 16 (2013/1) – A Filosofia Monástica e Escolástica na Idade Média;
  7. SALVADOR GONZÁLEZ, José María (org.). Mirabilia 17 (2013/2) – Mulier aut Femina. Idealidad o realidade de la mujer en la Edad Media.

Já como Mirabilia Journal:

  1. WOOD, Ian (org.). Mirabilia 18 (2014/1) – Pleasure in Middle Ages. Collected Papers 2013 Leeds IMC;
  2. Ricardo da COSTA e Bento Silva SANTOS (orgs.). Mirabilia 19 (2014/2) – Nicholas of Cuse in dialogue;
  3. Bento Silva SANTOS (org.). Mirabilia 20 (2015/1) – Arte, Crítica e Mística;
  4. Ricardo da COSTA e José María SALVADOR GONZÁLEZ (orgs.). Mirabilia 21 (2015/2) – Cultura en la Península Ibérica Medieval y Moderna (siglos XIII-XVII);
  5. Roxana RECIO, Antonio CORTIJO OCAÑA (orgs.). Mirabilia 22 (2016/1) – Isabel de Villena (1430-1490);
  6. Alexander FIDORA (org.). Mirabilia 23 (2016/2) – Ramon Llull. Seventh centenary.

Ademais, foram criadas três seções: 1) Mirabilia Medicinae (sob a direção do Prof. Dr. Hélio Angotti-Neto (UNESC), 2) Mirabilia Ars (sob a direção de José María Salvador González (Universidad Complutense de Madrid)284 e 3) Mirabilia/MedTrans (Mediterranean and Transatlantic Approaches to the Culture of the Crown of Aragon), a cargo dos Profs. Drs. Vicent Martines Peres (Universitat d’Alacant) e Antonio Cortijo Ocaña (University of California, Santa Barbara).285

Indexada em dezenas de programas internacionais de busca, recentemente Mirabilia Journal passou a constar do European Reference Index for the Humanities and the Social Sciences (ERIH PLUS), um motivo de grande alegria. Apresentei esse conjunto de publicações da Mirabilia Journal (webconferência) no II Simposi Internacional de Col·leccions editorials i Revistes Internacionals d’Estudis Lingüístics, Literaris i Culturals da Universitat d’Alacant (“Mirabilia Journal. Eletronic Journal of Antiquity & Middle Ages y sus diferentes series especializadas”), no dia 15 de dezembro de 2015.

Em fevereiro de 2016, encerrou-se meu biênio à frente da coordenação do mestrado de Artes da UFES. Além de todo o trabalho institucional cotidiano, presidi as bancas de dois processos seletivos (2015 e 2016) e, com o comprometimento de todos os colegas, como já destaquei, em minha gestão o tempo médio das defesas de dissertação diminuiu de 36 para 26 meses.

Em 2016 ministrei na UFES as disciplinas Trabalho de Graduação I e II e História da Arte I (2016/1) para os cursos de Artes Plásticas e Artes Visuais, Filosofia da Arte para o curso de Música (2016/1) e História da Arte I (2016/2); na Universitat d’Alacant, ofereci pela segunda vez o curso “A Beleza na História Cultural” (em parceria com o Instituto Angelicum – e dessa vez na qualidade de colaborador acadêmico), de março a novembro de 2016.

Em parceria com o Prof. Dr. Alexandre Emerick Neves (UFES), registrei o projeto de pesquisa “Sincronismos anacronismos na (des)figuração de corpos: de Jaume Huguet (1412-1492) a Théodore Géricault (1791-1824)”, também, como os anteriores, em parceria com professores do Brasil e do exterior, com mestrandos, e com três alunas de graduação (bolsistas CNPq).286

Graças a esse trabalho em equipe, organizei, também em parceria com o Prof. Dr. Alexandre Emerick Neves, o Seminário InternacionalSincronismos e anacronismos na (des)figuração do Corpo na Arte”, evento sob a égide do mestrado de Artes da UFES (30 de novembro a 02 de dezembro de 2016) e que contou com dezesseis comunicações e quinze conferências (quatro internacionais).287

Mas 2016 ainda reservava agradáveis surpresas. Frutos de meu projeto 2015/2016, ainda, floresceram. Minha tradução do Tratado de Astronomia (1297) de Ramon Llull foi publicada na Espanha.288 “Retornava” assim ao filósofo com uma bela publicação.

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Seminário Internacional “Sincronismos e anacronismos na (des)figuração do Corpo na Arte”. À esquerda: Escultura do “Pórtico da Majestade” (1284-1295). Colegiata de Santa María la Mayor, Toro, Zamora, Espanha; à direita: A Cabeça VI (1949). Francis Bacon (1909-1992).

Ademais, apresentei conferência sobre esse importante texto luliano nas Jornadas de Filosofia Medieval (PPGFil-UFES, abril de 2016); apresentei o trabalho “A Filosofia nas estrelas. O Tractat d’Astronomia (1297) de Ramon Llull (1232-1316)” no VIII Simposi Internacional Noves tendències en el I+D+i em Literatura, llengua, Ensenyament i TIC sobre la Corona d’Aragó (Edat Mitjana i Edat Moderna). De la inovació al cànon (junho); fui convidado a proferir conferência (plenária) de encerramento sobre o tema nas II Jornadas de Filosofía Medieval “Francis P. Kennedy”. Ramon Llull a setecientos años de su muerte, evento organizado pela Universidad Nacional de Mar del Plata (UNMdP), em Mar del Plata (2 de julho de 2016)289, atividade também inserida nas comemorações acadêmicas dos 700 anos de morte do filósofo Ramon Llull (Any Llull 2015-2016) e, por fim, ministrei o curso “A Arte de Raimundo Lúlio” no 28° Curso Franciscano de Inverno do Convento São Boaventura (Brasília, 17 a 20 de julho).

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Na UEG, proferi a palestra “As Sete Artes Liberais e as Ciências”, na abertura do semestre letivo do campus de Ciências Exatas e Tecnológicas (16 de setembro) e, em novembro, participei, como membro externo, do Concurso Público para Professor Efetivo (cadeira de História da Filosofia Medieval) do Departamento de Filosofia da UFPA.

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Em 2016, ainda, tive a grata satisfação de escrever o “Prefácio” do livro Idade Média, o que não nos ensinaram290, da historiadora e arquivista francesa Régine Pernoud (1909-1998), livro que tanto me deliciou durante minha graduação (na verdade, confesso: todos de sua lavra são saborosíssimos!).

Por fim, devo dizer algumas poucas palavras sobre minhas traduções. Além dos textos de Ramon Llull, de Jaime I, de Bernat Metge, de Curial e Guelfa, traduzi alguns poemas de Guilherme da Aquitânia (1071-1127) do provençal antigo (como tem semelhanças com o catalão antigo!) e outro belíssimo texto de Joan Roís de Corella (1435-1497): A História de Hero e Leandro (com a revisão de Armando Alexandre dos Santos, igualmente publicado em uma edição multilíngue.291 No momento, estou a ponto de concluir a tradução das Regras da Saúde a Jaime II (1308) do médico Arnau de Vilanova (c. 1238-1311), também do catalão antigo, mais um projeto com IVITRA.292

VII. Em retrospectiva

Ao olhar para trás para redigir esse Memorial, anamnese intelectual, a primeira imagem que me vem à mente é a arte de Caspar David Friedrich (1774-1840), pintor encantado com o inacessível, o inalcançável, o inatingível.293 Opostos diametrais, o homem e a natureza, a imensidão e a solitude, a resolução no desconhecido.

O início na Música, da História para a Filosofia e depois para as Artes, do fato para o conceito, do conceito para a imagem, perfez uma sinuosa, porém, frutífera, rota intelectual, caminhada que formou um estranho, errático e incerto círculo – como o de Brodgar (c. 2.500-2.000 a. C.), fincado num lugar mental ermo, distante paisagem dos trópicos.

Trilhei-a, penso, como o meditativo caminhante crepuscular de Caspar David Friedrich: só, com as pedras e as árvores outonais, como secas testemunhas de seus pensamentos, ainda que de modo apressurado, ainda que cercado de pessoas fantásticas – Ramon Llull diria superfantásticas!

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Uma caminhada no crepúsculo (c. 1830-1835) de Caspar David Friedrich (1774-1840). Óleo sobre tela, 33,3 × 43,7 cm, The J. Paul Getty Museum, California, EUA.

No entanto, face a esse primeiro movimento mental melancólico, considerativo da inevitável solidão que o mundo do estudo do passado proporciona, finco pé no filósofo Ramon Llull, frondosa árvore que tantos temas me proporcionou, que tantas viagens me ofereceu, que tantas culturas me apresentou. Quanta gente! Não deixa de ser sintomático o fato de redigir essas linhas justamente quando o mundo acadêmico comemora os setecentos anos de seu desaparecimento.

Mas não foi “só” Ramon Llull. Como rememorei, naveguei por Portugal, pela Guerra, por Bernardo de Claraval, as ordens militares (hospitalários e templários), São Tomás Becket, o Codex Manesse, Arnau de Vilanova, Bernat Metge, Curial e Guelfa, Santo Tomás de Aquino, Teodorico de Chartres, Dante, Suger de Saint-Denis, Fernando III, Emich II von Leiningen, Álvaro Pais, Afonso VIII, Ambrogio Lorenzetti, Benedetto Antelami, Cluny, Sant Cugat, al-Farabi, o Amor, a Morte, as mulheres, Santa Macrina, Preste João, Santa Mônica, Guilherme da Aquitânia, Joan Roís de Corella. As Cantigas de Santa Maria, as catedrais, a Educação, as Artes Liberais, a Medicina, a Ciência. A Literatura. O tempo, a Arte, o corpo. Os sonhos. Terminei com as estrelas.

Tampouco a solidão é, ainda, um topos. A Internet ampliou os contatos entre nós, solitários. Meus trabalhos, disponíveis online, possibilitam, estreitam, convidam. E por onde estive, por onde vou (e por onde, ainda, irei) levo comigo o nome da UFES. Ademais, a Idade Média não é mais um alien nos estudos acadêmicos nacionais, como quando ingressei na universidade, em 1981.

Em que pese os estranhamentos, as ideologias, os preconceitos, os pré-conceitos – nefastos, inevitáveis e insistentes componentes culturais do gênero homo – tenho a sensação de que Henri Pirenne (1862-1935), Johan Huizinga (1872-1945), Marc Bloch (1886-1944), Régine Pernoud (1909-1998), Georges Duby (1919-1996), meus mestres, sentir-se-iam reconfortados: a História continua...294

 

A Sueila Furtado Graça da Costa,
Ricardo Graça da Costa e
Isadora Graça da Costa,
amores de minha vida.

Notas

  • 1. BARTHES, Roland. O óbvio e o obtuso. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1990.
  • 2. KRIEGESKORTE, Werner. Giuseppe Arcimboldo. 1527-1593. Taschen, 1993, p. 30.
  • 3. PLATÃO. Apologia 23b.
  • 4. Ecl 1, 8.
  • 5. ARISTÓTELES, Metafísica, II, 1, 993b 9-11.
  • 6. NICOLAU DE CUSA. A Douta Ignorância (trad., introd. e notas de João Maria André). Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2012, Livro Primeiro, Capítulo I, 4, p. 4-5.
  • 7. GOYA. “Los Caprichos”. In: Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes.
  • 8. AGULHON, Maurice; CHAUNU, Pierre; DUBY, Georges; GIRARDET, Raoul; PERROT, Michelle; LE GOFF, Jacques; RÉMOND, René; NORA, Pierre. Ensaios de Ego-História. Lisboa: Edições 70, 1989.
  • 9. Confesso, ainda, hesitar diante da Psicanálise, mas tenho que reconhecer seu papel em minha formação. Para isso, ver GAY, Peter. Freud para historiadores. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1989; GAY, Peter. Freud. Uma vida para o nosso tempo. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
  • 10. DOMÍNGUEZ REBOIRAS, Fernando. Ramon Llull. El mejor libro del mundo. Barcelona: Arpa Editores, 2016, p. 11.
  • 11. BRAUDEL, Fernand. Reflexões sobre a História. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
  • 12. DUBY, Georges. A História continua. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor/Ed. UFRJ, 1993.
  • 13. SANTO AGOSTINHO. Confissões (trad. de Ambrósio de Pina). Braga: Livraria Apostolado da Imprensa, 1990, Livro Onze, 14, p. 304.
  • 14. SAN BERNARDO DE CLARAVAL. “Sermones en el tiempo de Cuaresma. Sermon sexto: del peregrino muerto y resucitado”. In: Obras completas de San Bernardo III. Sermones litúrgicos (1°). Madrid: Biblioteca de Autores Cristianos (BAC), p. 438-439 (a tradução é nossa).
  • 15. No momento em que escrevo essas linhas, confesso, ainda, sou o único (indício de minha origem culturalmente modesta)!
  • 16. Descobri, maravilhado, há alguns anos, que Ivanhoé (1820), de Walter Scott, inspirou medievalistas famosos, como Jacques Le Goff (1924-2014) e Michel Pastoureau (1947- ). Ver LE GOFF, Jacques. Uma longa Idade Média. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008, e PASTOREAU, Michel. Una historia simbólica de la Edad Media occidental. Buenos Aires: Katz Editores, 2006 – ambos, inclusive, também fazem alusão ao filme Ivanhoé (1952), com Robert Taylor (1911-1969) e Elizabeth Taylor (1932-2011).
  • 17. Victoria and Albert Museum. Na imagem final, a figura está vestida, mas no esboço aqui apresentado, o artista experimentou variações na postura corporal, com a figura nua. A composição final é uma pintura na qual ele trabalhou no transcurso de duas décadas, e como um bordado.
  • 18. KI-ZERBO, Joseph. História da África Negra. Lisboa: Publicações Europa-América, s/d, 02 vols.
  • 19. VERGER, Pierre Fatumbi. Orixás. Salvador: Corrupio, 1981.
  • 20. “Augusto Rodrigues”. Enciclopédia Itaú Cultural.
  • 21. Quando fui presenteado com um livro sobre sua obra: KLINTOWITZ, Jacob. Augusto Rodrigues. 50 anos de Arte. A Arte como uma anotação do cotidiano. São Paulo: Editora Raízes, 1980.
  • 22. ERASMO DE ROTERDAM. Elogio da Loucura (trad. de Maria Ermantina Galvão G. Pereira). São Paulo: Martins Fontes, 1997, III, p. 6.
  • 23. Bosch. São Paulo: Abril, 2011, p. 98.
  • 24. Arqueólogo e estudioso de Wittgenstein (1889-1951), precocemente falecido.
  • 25. LE GOFF, Jacques e NORA, Pierre (dir.). História: novos problemas. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1995; LE GOFF, Jacques e NORA, Pierre (dir.). História: novos objetos. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1995; LE GOFF, Jacques e NORA, Pierre (dir.). História: novas abordagens. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1995.
  • 26. BURKE, Peter. A Escola dos Annales (1929-1989). A Revolução Francesa da Historiografia. São Paulo: Editora Universidade Estadual Paulista, 1991.
  • 27. Como professor contratado, na UERJ fui designado para ministrar as disciplinas História do Brasil VI, História da Antiguidade Oriental, História da Península Ibérica I (para a graduação de História), História Econômica, Social e Política I e História Econômica, Social e Política II, para a graduação de Ciências Sociais, História Econômica, Social e Política I para a graduação de Filosofia, e Estudos de História I e Estudos de História II para a graduação de Educação Artística.
  • 28. Minha primeira apresentação em um evento ocorreu no VI Encontro Regional de História da ANPUH (Núcleo Rio de Janeiro) com o trabalho “A gênese da imagem do rei em Portugal e sua mentalidade de cruzada apoiada nas ordens militares”, na sessão de Comunicação Coordenada “O Imaginário do Rei” (UFRJ, 12 de setembro de 1994).
  • 29. Cursos: 1) “O Santo Ofício da Inquisição: religião e controle social” (30h), na UFF; 2) “Ritualidade Política e Identidade: a construção do poder monárquico na Europa Moderna (sécs. XV-XVII)”, no XVIII Simpósio Nacional de História (ANPUH, Recife, 23 e 28 de julho de 1995); 3) “La Sociedad Castellana en la Baja Edad Media”, no I Encontro de Estudos Ibéricos – A Espanha Medieval e Renascentista (UFF/Universidad de Sevilla, Niterói, 09 a 11 de junho de 1997).
  • 30. Oficinas: 1) “O Trabalho com Fontes Primárias Medievais” e 2) “A Música Medieval Ibérica no final da Idade Média e no Renascimento”, ambas no I Encontro de Estudos Ibéricos – A Espanha Medieval e Renascentista (UFF/Universidad de Sevilla, Niterói, 09 a 11 de junho de 1997); 3) Oficina de Música Medieval (Scriptorium, UFF, outubro de 1998).
  • 31. Workshop “Idade Média e Renascimento Ibérico”, no I Encontro de Estudos Ibéricos – A Espanha Medieval e Renascentista (UFF/Universidad de Sevilla, Niterói, 09 a 11 de junho de 1997).
  • 32. VII Encontro Regional História e Violência (ANPUH, UERJ), com a apresentação do trabalho “O Teatro da Guerra na Sociedade Medieval Portuguesa: Afonso IV (1325-1357) (11 de outubro de 1996).
  • 33. 1) “I Encontro Nacional de Pós-graduandos em História” (UFF, 3 a 5 de abril de 1995), com apresentação de comunicação; 2) XVIII Simpósio Nacional de História (ANPUH, Recife, 23 e 28 de julho de 1995), com apresentação da comunicação “D. Dinis e a supressão da Ordem do Templo (1312): o processo de formação da identidade nacional em Portugal; 3) II Encontro “Perspectivas do Ensino da História” (Faculdade de Educação da USP, 13/15 de fevereiro de 1996).
  • 34. 1) III Colóquio Luso-Brasileiro (UFF, novembro de 1996); 2) I Encontro de Estudos Ibéricos – A Espanha Medieval e Renascentista (UFF/Universidad de Sevilla, Niterói, 09 a 11 de junho de 1997); 3) II Encontro de História Ibérica – Portugal Medieval (UFF, julho de 1997).
  • 35. Publicado em Cultura e Imaginário no Ocidente Medieval. Arrabaldes – Cadernos de História. Série INiterói: UFF, 1996, p. 90-95.
  • 36. DEMURGER, Alain. Os templários. Uma cavalaria cristã na Idade Média. Rio de Janeiro: DIFEL, 2007, p. 659. Na ocasião, auxiliei a tradutora dessa obra, a Profa. Karina Jannini (1974- , Letras/USP), e traduzi duas passagens, escritas em francês antigo (op. cit., p. 23-24 e 411). Especialmente o segundo texto, um poema escrito em provençal antigo pelo poeta e trovador Guiot de Provins († depois de 1208), foi particularmente de difícil tradução e interpretação de alguns de seus versos!
  • 37. Publicado em Grupos de Trabalho III — Antigüidade Tardia. Rio de Janeiro: UFRJ, 1995, p. 21-35. (pela diferença entre as apresentações dos trabalhos e suas respectivas publicações, decidi colocar as datas [os anos] em negrito, para ressaltar essa diferença, além de destacar nossa narrativa).
  • 38. COSTA, Ricardo da. A guerra na Idade Média – um estudo da mentalidade de cruzada na Península Ibérica. Rio de Janeiro: Edições Paratodos, 1998. Em relação ao texto da dissertação, o livro recebeu o acréscimo de três capítulos, além de uma excelente resenha em La corónica – A Journal of Medieval Hispanic Languages, Literatures & Cultures 31.1.
  • 39. COSTA, Ricardo da. Revista Mediaevalia. Textos e Estudos 11-12 (1997), p. 231-252. Gabinete de Filosofia Medieval da Faculdade de Letras do Porto e Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa.
  • 40. Que viria a receber o Prêmio Jabuti de melhor tradução daquele ano.
  • 41. Núcleo conceitual de um dos capítulos de minha dissertação de mestrado.
  • 42. Todas atividades acadêmicas ocorridas no segundo semestre de 1998.
  • 43. Palestra apresentada no Scriptorium (UFF) no dia 21 de janeiro de 1999.
  • 44. Foram essas as obras lulianas investigadas naquela ocasião: 1) Libre de l’Orde de Cavalleria, 2) Libre del gentil e dels tres savis (c. 1274-1283), 3) Fèlix o Libre de meravelles (1288-1289) – capítulo VII, Libre des bèsties, 4) Arbre Imperial, livro da enciclopédia Arbre de la sciència (1295-1296) e 5) Disputatio Raymundi christiani et Hamar saraceni (1308).
  • 45. COLOM MATEU, Miquel. Glossari General Lul·lià. Mallorca: Editorial Moll, 1982-1985, 5 volumes.
  • 46. RAMON LLULL, Livro da Ordem de Cavalaria (introd., trad. e notas de Ricardo da Costa). São Paulo: Instituto Brasileiro de Filosofia e Ciência Raimundo Lúlio/Editora Giordano, 2000.
  • 47. Trabalho apresentado no III Encontro Internacional de Estudos Medievais, evento organizado pela ABREM (ocorrido na UERJ nos dias 07 a 09 de julho de 1999) e publicado em suas atas: COSTA, Ricardo da. “O Espelho de Reis de Frei Álvaro Pais (c. 1275-1349) e seu conceito de tirania”. In: MALEVAL, Maria do Amparo Tavares (org.). Atas do III Encontro Internacional de Estudos Medievais. Rio de Janeiro: Editora Ágora da Ilha, 2001, p. 338-344.
  • 48. Palestra proferida na I Semana de História, evento ocorrido na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Cataguases, MG, em maio de 1999.
  • 49. Atividade ocorrida entre 11 de maio e 29 de junho de 1999.
  • 50. Posteriormente publicada: RAMON LLULL. Nova Edició de les obres de Ramon Llull. Volum VI. Començaments de Filosofia (a cura de Fernando Domínguez Reboiras) Palma: Patronat Ramon Llull, 2003.
  • 51. Trabalho intenso, concentrado e fielmente registrado em Relatórios de atividades supervisionados pelo meu orientador na Alemanha, Dr. Fernando Domingues Reboiras, e semanalmente enviados ao Programa de Pós-graduação em História da UFF.
  • 52. Tradução revista por Esteve Jaulent, presidente do Instituto Brasileiro de Filosofia e Ciência Raimundo Lúlio (SP). Internet.
  • 53. A tradução da Vita coaetania foi revisada pelo Prof. Dr. Alexander Fidora (Johann Wolfgang Goethe-Universität, Frankfurt am Main).
  • 54. O título do minicurso foi “Árvore Imperial. Um espelho de príncipes medieval”. No mesmo ano, em dezembro (após a defesa de doutorado) participei, também na UFES, do III Encontro Regional de História (“[Des]caminhos da colonização”) com o mesmo tema: “Um tratado político medieval: a Árvore Imperial (1295-1296) de Ramon Llull”.
  • 55. Posteriormente publicada em Estudos sobre a Idade Média Peninsular. Anos 90 - Revista do Programa de Pós-graduação em História da UFRGS. Porto Alegre: UFRGS, n. 16, 2001-2002, p. 143-178.
  • 56. E em duas publicações: 1) CHEVITARESE, André (org.). O campesinato na História. Rio de Janeiro: Relume Dumará/FAPERJ, 2002, p. 97-115, e 2) NISHIKAWA, Taise Ferreira da Conceição. História Medieval: História II. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009, p. 59-73, um texto bem acessado em meu site – tenho a informação de todos os acessos aos artigos, inclusive cidade de onde a pessoa acessa, graças ao Google Analytics, serviço gratuito oferecido pelo Google. Curiosamente, o texto chegou, inclusive, a ser utilizado em prova de Segundo Grau no Centro Educacional Charles Darwin (unidade de Jardim da Penha, Vitória, ES).
  • 57. In: Dimensões 11 – Revista de História da Ufes. Vitória: Ufes, 2000, p. 349-364.
  • 58. InRevista Convenit Internacional 5 (Editora Mandruvá). Herausgegeben vom Forschungsprojekt Die Umbrüche in der Wissenskultur des 12. und 13 Jahrhunderts. Johann Wolfgang Goethe-Universität Frankfurt am Main – 2000 (editors ad hoc of Convenit 5: Alexander Fidora e Andreas Niederberger).
  • 59. “Para dar um curso sobre o Cid e sua era, durante os últimos três anos, fui obrigado não apenas a reler todos os livros relacionados ao tema, mas também a traduzir muitas das fontes originais para que os alunos sem conhecimentos de latim utilizassem. Nada concentra tanto a mente num texto como a tarefa de traduzi-lo. Durante a tradução desse material e, mais tarde, ao expor, defender, modificar ou elaborar minha interpretação sobre ele, acho que aprendi muito.” – FLETCHER, Richard. Em busca de El Cid. São Paulo: Unesp, 2002, p. 20 (os grifos são meus).
  • 60. Todas as informações dos grupos de pesquisa medievais da UFES que organizei, desde 2000, estão disponíveis em meu site (alunos partícipes, bolsistas, professores, temas, documentos, etc.).
  • 61. RAIMUNDO LÚLIO. Félix ou O Livro das Maravilhas. Parte I, Grandes Obras do Pensamento Universal – 95 (apres., trad. e notas de Ricardo da Costa). São Paulo: Editora Escala, 2009, 252p.
  • 62. Título: “A cavalaria perfeita e as virtudes do bom cavaleiro no Livro da Ordem de Cavalaria (1275) de Ramon Llull”, no Programa de Estudos Medievais (14/03/2001).
  • 63. COSTA, Ricardo da. “La caballería perfecta y las virtudes del buen caballero en el Libro de la orden de caballería, de Ramón Llull”. In: FIDORA, A. e HIGUERA, J. G. (eds.) Ramon Llull caballero de la fe. Cuadernos de Anuário Filosófico – Série de Pensamiento Español. Pamplona: Universidad de Navarra, 2001, p. 13-40.
  • 64. “O pensamento de Ramon Llull (1232-1316) e o Livro das Maravilhas (1288-1289): a narrativa medieval”, palestra proferida no dia 27/07/2001 na sala do Núcleo de Pesquisa e Documentação Histórica da UFES (IC-III), atividade do minicurso “A Filosofia na Idade Média” (12 horas-aula) por mim organizado.
  • 65. “A cavalaria perfeita e as virtudes do bom cavaleiro no Livro da Ordem de Cavalaria (1275) de Ramon Llull”, no Programa de Estudos Medievais (10/10/2001).
  • 66. Evento ocorrido nos dias 18, 19, 20, 21 e 22 de junho de 2001. O trabalho foi posteriormente publicado: COSTA, Ricardo da. “A violência da cavalaria medieval e o processo civilizador dos oratores”. In: Dimensões. Revista de História da UFES n. 13 (2001).
  • 67. Comunicação “As propostas utópicas para a cavalaria medieval feitas por Ramon Llull em seu Livro da Ordem de Cavalaria” na comunicação coordenada “Repensando o coletivo: contrastes entre projetos políticos, da Idade Média à Renascença tardia”.
  • 68. Volume com 202 páginas (12 artigos – sete de professores que não pertenciam aos quadros da UFES, conforme admoestação da CAPES para qualificar bem a publicação e não a tornar endógena – e uma resenha). Internet.
  • 69. RAIMUNDO LÚLIO. Félix ou O Livro das Maravilhas. Parte I, Grandes Obras do Pensamento Universal – 95 (apres., trad. e notas de Ricardo da Costa). São Paulo: Editora Escala, 2009, 252p; RAIMUNDO LÚLIO. O Livro dos Mil Provérbios (1302) (apres., trad. e notas: Ricardo da Costa e Grupo de Pesquisas Medievais da UFES II). São Paulo: Editora Escala, 2007, Coleção Grandes Obras do Pensamento Universal - 68. 146p.; RAMON LLULL. O Livro dos Anjos (trad., apres. e notas de Ricardo da Costa e Eliane Ventorim). São Paulo: Instituto Brasileiro de Filosofia e Ciência Raimundo Lúlio, 2002. 167p; RAMON LLULL. Doutrina para Crianças (c. 1274-1276) (trad.: Ricardo da Costa e Grupo de Pesquisas Medievais da UFES III). Alicante, Espanha: série e-Editorial IVITRA Poliglota, 2010. 95p.
  • 70. Com as palestras dos professores Maurício Abdala (Departamento de Filosofia da UFES) e Fábio Custódio (PUC-MG).
  • 71. O que, posteriormente, rendeu a seu organizador a publicação de seu primeiro livro: MALVERDES, André. No escurinho dos cinemas: a história das salas de exibição na Grande Vitória. Vitória: EDUFES, 2008.
  • 72. Título: “Pecado, a arma contra a mulher medieval” (02.06.2001), “Prosa & verso”, p. 3.
  • 73. Título: “Ira e perdão na França do século XVI”, (25.08.2001), “Prosa & verso”, p. 3.
  • 74. No primeiro semestre, História Medieval (manhã e noite), Monografia II.
  • 75. Realizado nos dias 04 e 05 de junho de 2001.
  • 76. No mesmo XIII Simpósio de História da UFES (Autoritarismo, repressão e memória), nos dias 18, 19, 20, 21 e 22 de junho de 2001. O trabalho foi publicado quase dez anos depois: COSTA, Ricardo da. “O projeto civilizacional cristão para conter as pulsões agressivas e a violência da cavalaria medieval”. In. BUSTAMANE, Regina Maria da Cunha, MOURA, José Francisco de. Violência na História. Rio de Janeiro: Mauad X; FAPERJ, 2009, p. 237-248.
  • 77. Com o Livro das Maravilhas como texto de época para minhas análises. Ver notas 85 e 89.
  • 78. Entre os dias 11 de julho e 17 de outubro de 2001, todas as quartas-feiras.
  • 79. Ver imagem 6.
  • 80. Trabalho duas vezes publicado: 1) COSTA, Ricardo da, GONÇALVES, Alyne dos Santos. “Codex Manesse: quatro iluminuras do Grande Livro de Canções manuscritas de Heidelberg (séc. XIII) – análise iconográfica. Primeira parte”. In: LEÃO, Ângela, e BITTENCOURT, Vanda O. (orgs.). Anais do IV Encontro Internacional de Estudos Medievais – IV EIEM. Belo Horizonte: PUC Minas, 2003, p. 266-277, e 2) Brathair 1 (1), 2001: p. 03-12.
  • 81. COSTA, Ricardo da. “Codex Manesse: três iluminuras do Grande Livro de Canções manuscritas de Heidelberg – (século XIII) – análise iconográfica. Segunda parte”. InBrathair 2 (2), 2002: p. 09-16.; Codex Manesse: três iluminuras do Grande Livro de Canções manuscritas de Heidelberg (século XIII) – análise iconográfica. Terceira parte”. In: Brathair 3 (1), 2003, p. 31-36.
  • 82. Ademais, algo que parece ser típico de espíritos velhos. A esse respeito, recordo uma passagem de um poema do filósofo chinês Mengzi (c. 370-289 a. C.), seguidor do confuncionismo, citada no Prefácio da edição brasileira do livro O Jogo das contas de vidro (Das Glasperlenspiel, de 1943) de Herman Hesse (1877-1962) – era a inscrição que constava no portão do jardim de sua casa: Quando um homem atinge a velhice / Cumprida sua missão / Tem o direito de confrontar / A ideia da morte em paz. / Não necessita de outros homens; / Conhece-os e sabe bastante a seu respeito. / Necessita é de paz. / Não é bom visitar este homem ou falar-lhe, / Fazê-lo sofrer banalidades. / Deve-se desviar / À porta de sua casa, / Como se lá ninguém morasse (Rio de Janeiro: Record, s/d, p. IX-X).
  • 83. Informação constante do Relatório de Gestão 1998-2001 do IEA (p. 53).
  • 84. COSTA, Ricardo da. “Muçulmanos e Cristãos no diálogo luliano”. InAnales del Seminario de Historia de la Filosofía (UCM), vol. 19 (2002), p. 67-96. Universidad Complutense de Madrid. Disponibilizei o vídeo de minha palestra em meu site.
  • 85. Evento realizado pela Universidade Católica de Pernambuco (UCP), pelo Instituto Salesiano de Filosofia (INSAF) e pelo Círculo Católico de Pernambuco, em outubro de 2001.
  • 86. COSTA, Ricardo da. “A ética da polaridade de Ramon Llull (1232-1316): o conhecimento necessário dos vícios e virtudes para o bom cumprimento do corpo social”. In: COSTA, Marcos Roberto N. e DE BONI, Luis A. (orgs.). A Ética Medieval face aos desafios da contemporaneidade. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2004, p. 487-502.
  • 87. De 10 a 14 de dezembro de 2001.
  • 88. E em espanhol: ZIERER, Adriana, COSTA, Ricardo da. “Vida de Macrina: santidad, virginidad y ascetismo feminino cristiano en Asia Menor del siglo IV”. In: Revista ConcienciaRevista de expresión de estudiantes de Historia y Ciencias Sociales. México, Año 2, Número 6, Agosto de 2001.
  • 89. ZIERER, Adriana, COSTA, Ricardo da. “Vida de Macrina: santidade, virgindade e ascetismo feminino cristão na Ásia Menor do século IV”. InREVISTA PHOÎNIX 7. Rio de Janeiro: 7Letras, 2001, p. 355-370.
  • 90. COSTA, Ricardo da. “Maiorca e Aragão no tempo de Ramon Llull (1232-1316)”. In: Mirabilia 1 (2001), p. 163-172.
  • 91. Mirabilia 1 (2001).
  • 92. O curso recebeu uma destacada reportagem no jornal da Universidade de Frankfurt: “Glaube, Vernunft und Religionsdialog bei Ramon Llull – Raimundo Lúlio e o diálogo inter-religioso”. In: Johann Wolfgang Goethe-Universität Frankfurt am Main. UniReport 2, 13. Februar 2002 – Jahrgang 35, p. 10.
  • 93. “Ode à possível convivência entre as religiões”, (02.02.2002), “Prosa & verso”, p. 2. Também apresentei essa conhecida obra do filósofo catalão no IX Congreso de la Sociedad Latinoamericana de Estudios sobre America Latina y el Caribe (Solar), na UERJ, em novembro de 2004. Convidei o Prof. Jordi Pardo Pastor (ARCHIVVM LVLLIANVM-Universitat Autònoma de Barcelona) para escrever o trabalho comigo. Ele foi ampliado e publicado no CD do evento: PARDO PASTOR, Jordi, COSTA, Ricardo da. “Ramon Llull (1232-1316) e o diálogo inter-religioso. Cristãos, judeus e muçulmanos na cultura ibérica medieval: O Livro do gentio e dos três sábios e a Vikuah de Nahmânides”. In: LEMOS, Maria Teresa Toríbio Brittes e LAURIA, Ronaldo Martins (org.). A integração da diversidade racial e cultural do Novo Mundo. Rio de Janeiro: UERJ, 2004.
  • 94. “Guerra, pano de fundo das relações humanas”, (13.03.2002), “Prosa & verso”, p. 3.
  • 95. COSTA, Ricardo da; VENTORIM, Eliane. “Entre o real e o imaginado. Prolongamentos apocalípticos angélicos na tradição filosófica medieval: Ramon Llull e o Livro dos Anjos (1274-1283)”. In: Estudos de Religião 23. Revista Semestral de Estudos e Pesquisas em Religião. São Bernardo do Campo: UMESP, 2002, Ano XVI, n. 23.
  • 96. COSTA, Ricardo da. “Questão Palestina e o Estado de Israel”. In: MENDA, Davi Castiel (coord.). El Djudió, Janeiro de 2014, n. 39, p. 16-18.
  • 97. COSTA, Ricardo da. “Reordenando o conhecimento: a Educação na Idade Média e o conceito de Ciência expresso na obra Doutrina para Crianças (c. 1274-1276) de Ramon Llull”. In: OLIVEIRA, Terezinha (coord.). Anais Completos da II Jornada de Estudos Antigos e Medievais: Transformação Social e Educação. Universidade Estadual de Maringá, 2002, p. 17-28.
  • 98. COSTA, Ricardo da. “Morte e as Representações do Além na Doutrina para crianças (c. 1275) de Ramon Llull”. Publicado em: 1) Pequena Morte 17, Junho/Julho 2009 e 2) SANTOS, Franklin Santana (org.). A Arte de Morrer - Visões Plurais - Volume 3. Bragança Paulista, SP: Editora Comenius, 2010, p. 118-134.
  • 99. Mesas-redondas “Para uma História das Representações: o Além e sua Geografia Imaginária na Idade Média” e “Diversos olhares sobre o medievo”.
  • 100. COSTA, Ricardo da. “Por uma geografia mitológica: a lenda medieval do Preste João, sua permanência, transferência e ‘morte’”. In: História 9. Revista do Departamento de História da UFES. Vitória: EDUFES, 2001, p. 53-64.
  • 101. COSTA, Ricardo da. “Olhando para as estrelas, a fronteira imaginária final –Astronomia Astrologia na Idade Média e a visão medieval do Cosmo”. In: Dimensões - Revista de História da UFES 14. Dossiê Territórios, espaços e fronteiras. Vitória: EDUFES, 2002, p. 481-501.
  • 102. COSTA, Ricardo da, OLIVEIRA, Bruno. “Visões do apocalipse anglo-saxão na Destruição Britânica e sua Conquista (c. 540), de S. Gildas”. In: Brathair 1 (2), 2001: p. 19-41.
  • 103. COSTA, Ricardo da. “Codex Manesse: três iluminuras do Grande Livro de Canções manuscritas de Heidelberg - (século XIII) - análise iconográfica. Segunda parte”. In: Brathair 2 (2), 2002: p. 09-16.
  • 104. COSTA, Ricardo da. “A Educação Infantil na Idade Média”. In: LAUAND, Luiz Jean (coord.). Revista VIDETUR 17. Porto: Editora Mandruvá, 2002, p. 13-20. Em janeiro de 2003, proferi palestra com o mesmo tema (“A criança na Idade Média”) na disciplina História da Educação II, ministrada pela Profa. Regina Helena Silva Simões, da UFES, e, nos dias 21 e 22 de maio de 2003, ministrei o Seminário “Educação na Idade Média: da educação infantil à universitária”, na Universidade Veiga de Almeida (campus Cabo Frio).
  • 105. COSTA, Ricardo da. “Cluny, Jerusalém celeste encarnada (séculos X-XII)”. In: Revista Mediaevalia. Textos e Estudos 21 (2002), p. 115-137.
  • 106. Entre os dias 02 e 04 de julho de 2003. No evento, coordenei duas sessões de comunicações coordenadas e uma de comunicações individuais: 1) “A Filosofia no medievo: tempo, mente e as potências da alma racional”, 2) “Alguns aspectos da Literatura medieval: exemplos do Além e do Bestiário no Livro das Maravilhas” e 3) “Questões relativas à mentalidade no Ocidente Medieval”.
  • 107. COSTA, Ricardo da (org.). Testemunhos da História – Documentos de História Antiga e Medieval. Vitória: EDUFES, 2002.
  • 108. COSTA, Ricardo da, LEMOS, Tatyana Nunes e FILHO, Orlando Paes. Vikings (Coleção Universo Angus). São Paulo. Editora: Planeta do Brasil, 2004.
  • 109. COSTA, Ricardo da, VENTORIM, Eliane, FILHO, Orlando Paes. Monges Medievais (Coleção Universo Angus). São Paulo. Editora: Planeta do Brasil, 2004.
  • 110. COUTINHO, Priscilla Lauret, COSTA, Ricardo da. “Entre a Pintura e a Poesia: o nascimento do Amor e a elevação da Condição Feminina na Idade Média”. In: GUGLIELMI, Nilda (dir.). Apuntes sobre familia, matrimonio y sexualidad en la Edad Media. Colección Fuentes y Estudios Medievales 12. Mar del Plata: GIEM (Grupo de Investigaciones y Estudios Medievales), Universidad Nacional de Mar del Plata (UNMdP), diciembre de 2003, p. 4-28.
  • 111. Publicado em Celtiberia.net.
  • 112. Comunicações: 1)Félix ou O Livro das Maravilhas (1288-1289): a novela fantástica e enciclopédica do filósofo e beato Ramon Llull (1232-1316)” na sessão “A antropologia na Idade Média: O Livro do Homem (1288-1289) de Ramon Llull (1232-1316); 2)O Fisiólogo: primeiro tratado científico-moralizante sobre os animais”, na sessão “Pensando a Idade Média: aspectos da educação e da arte”, e 3) “O fim dos templários e as propostas de Ramon Llull para a recuperação da Terra Santa após o fim das cruzadas”, na sessão “Imaginário e Memória: ensaios de História Política”.
  • 113. MinicursoDormindo com o inimigo: o imaginário cristão na Idade Média a respeito do Islamismo – a imagem de Maomé e dos muçulmanos no Livro das Maravilhas e na Doutrina para crianças de Ramon Llull (1232-1316)”.
  • 114. Comunicação “Lirismo, melancolia e religiosidade no poema autobiográfico Desconsolo de Ramon Llull”.
  • 115. InDimensões - Revista de História da UFES 15. Dossiê História, Educação e Cidadania. Vitória: EDUFES, 2003, p. 99-115.
  • 116. No mês entre 04/10 e 03/11/2016, esse artigo teve 1.174 acessos (informação: Google Analytics).
  • 117. In: Utopía y Praxis Latinoamericana. Revista Internacional de Filosofìa Iberoamericana y Teoría Social. Maracaibo (Venezuela): Universidad del Zulia, vol. 8, n. 23, octubre de 2003, p. 55-71.
  • 118. Minicurso Ramón Llull, el filósofo medieval de la conversión del mundo (em duas sessões: a) Vida y obra [1232-1316] e b) Ramón Llull en África con los musulmanes [1293 y 1307]) (na SAEMED); conferência Maltererteppich: Anna e o poder feminino na Idade Média (no Seminario Fuentes literarias de la imagen medieval da Faculdad de Filosofía y Letras da Universidad de Buenos Aires), e conferência El Libro del pasaje (1292): el primer texto del beato Ramón Llull sobre los templarios y la cruzada (na Faculdad de Humanidades de la Universidad Nacional de Mar del Plata).
  • 119. COSTA, Ricardo da. “A noção de pecado e os sete pecados capitais no Livro das Maravilhas (1288-1289) de Ramon Llull”, publicado em: 1) FILHO, Ruy de Oliveira Andrade (org.). Relações de poder, educação e cultura na Antigüidade e Idade Média. Estudos em Homenagem ao Professor Daniel Valle Ribeiro - I CIEAM - VII CEAM. Santana de Parnaíba, SP: Editora Solis, 2005, p. 425-432, e 2) NISHIKAWA, Taise Ferreira da Conceição. História Medieval: História II. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009, p. 124-133.
  • 120. Amor e Crime, Castigo e Redenção na Glória da Cruzada de Reconquista: Afonso VIII de Castela nas batalhas de Alarcos (1195) e Las Navas de Tolosa (1212)”. InOLIVEIRA, Marco A. M. de (org.). Guerras e Imigrações. Campo Grande: Editora da UFMS, 2004, p. 73-94. O mesmo texto foi posteriormente publicado na Revista Brasileira de História Militar, ano I, n. 2, agosto de 2010, p. 01-21.
  • 121. COSTA, Ricardo da. “O conhecimento histórico e a compreensão do passado: o historiador e a arqueologia das palavras”. In: GOLINO, William (org.). Tempo de Crítica – Grupo de Pesquisa em Arte Contemporânea. A importância da teoria para a produção artística e cultural. Vitória, 2006.
  • 122. In: ZIERER, Adriana (coord.). Revista Outros Tempos. São Luís: Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), volume 1, 2004, p. 53-65.
  • 123. I Simpósio Nacional de Estudos Celtas e Germânicos – Novas Perspectivas, na Faculdade de Letras da UFRJ, de 31 de agosto a 02 de setembro de 2004 (quando também coordenei a mesa-redonda História e Literatura: cruzamentos interdisciplinares, e, ainda, apresentei a palestra O Conto do Graal [c. 1178-1181] de Chrétien de Troyes e sua mitologia céltica).
  • 124. Título: “Islã medieval, um belo momento histórico protegido pela tolerância – cultura criada por muçulmanos, judeus e cristãos na Espanha aceitava as diferenças”, (10.07.2004), “Prosa & verso”, p. 4.
  • 125. CAMPOS, Adriana Pereira, SILVA, Gilvan Ventura da (orgs.). História Afro-brasileira. Vitória: Flor & Cultura, 2004, módulo II.
  • 126. Por exemplo, no mês que corresponde ao período de 04/10 a 03/11/2016, o artigo teve 1.805 visitas, de vinte e um países (Brasil, Moçambique, Angola, Portugal, EUA, Senegal, França, Cabo Verde, Argentina, Sudão, Andorra, Suíça, China, Dinamarca, Espanha, Reino Unido, Gana, Itália, Japão, Coréia do Sul, Malásia e Senegal). Informação: Google Analytics.
  • 127. Publicada em PARDO PASTOR, Jordi (coord.). Mirabilia 5 – Ramon Llull (1232-1316): la convivencia entre las diferentes culturas y el diálogo inter-religioso (2005), p. 142-156.
  • 128. Sessões coordenadas Metodologias e Perspectivas e Relações de Poder e Movimentos Sociais.
  • 129. In: MALEVAL, Maria do Amparo Tavares (org.). Estudos galegos 4. Niterói: EdUFF, 2004, p. 185-198.
  • 130. COSTA, Ricardo da. “A meditatio mortis no Livro do Homem (1300) de Ramon Llull”. In: Revista da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Série de Filosofia, II Série, volume XXIII/XXIV. Porto, 2006/2007, p. 237-260.
  • 131. COSTA, Ricardo da. “Las definiciones de las siete artes liberales y mecánicas en la obra de Ramón Llull”. In: Anales del Seminario de Historia de la Filosofía. Madrid: Universidad Complutense de Madrid (UCM), vol. 23 (2006), p. 131-164.
  • 132. Na UEMA, além do minicurso sobre o tema do pós-doutorado, também proferi conferência intitulada “Ramon Llull e os templários”, pesquisa do primeiro pós-doutorado (entre os dias 28 de agosto e 01 de setembro de 2006).
  • 133. COSTA, Ricardo da. “O deambulatório dos anjos: o claustro do mosteiro de Sant Cugat del Vallès (Barcelona) e a vida cotidiana e monástica expressa em seus capitéis (séculos XII-XIII)”. LAUAND, Luiz Jean (coord.). MIRANDUM, n. 17, Ano X, 2006, p. 39-58. Antes, apresentei-o no III Congresso de História da Região dos Lagos – História e Imagem, na Universidade Veiga de Almeida (campus Cabo Frio), em setembro de 2015.
  • 134. COSTA, Ricardo da. “Polindo - Los Libros de Rocinante 16”. In: Signum 7 - Revista da Abrem. Associação Brasileira de Estudos Medievais. São Paulo: USP, 2005, p. 327-336.
  • 135. Com a participação do Prof. Dr. Sérgio Ricardo Strefling (Depto. de Filosofia da PUC-RS) e da estudante Eliane Ventorim.
  • 136. Com duas alunas de graduação na Iniciação científica: Kassandra Duarte Alvarenga e Danielle Werneck Nunes (Bolsista do CNPq).
  • 137. Projeto interinstitucional (UFES - Goethe-Universität Frankfurt). As obras foram traduzidas e posteriormente publicadas pela Universitat d’Alacant (UA). Alunos de Iniciação Científica: Angélica Almeida Virgílio de Souza, Cintia Morello, Elgiane Scheila Souza, Felipe Dias de Souza, Ivana Rita de Moraes Argolo, Jéssica Fortunata do Amaral, Leonardo Gonçalves Prates, Michele Cordeiro (Bolsista do CNPq), Paulo César da Silva Passamai, Revson Ost e Tatyana Nunes Lemos.
  • 138. Alunos de Iniciação Científica: Luciano Vianna (Bolsista do CNPq) e Carolina Bianchi.
  • 139. SOUSA, Jorge Prata de, COSTA, Ricardo da. “Regimento proveitoso contra a pestilência (c. 1496) – uma apresentação”. InHistória, Ciência, Saúde - Manguinhos. Rio de Janeiro: Casa de Oswaldo Cruz/Fundação Oswaldo Cruz, set.-dez. 2005, volume XII, número 3, p. 841-851.
  • 140. E, após minha nomeação, de Adeline Rucquoi e de Xavier Barral i Altet (1947- ). Minha indicação foi feita pelo então presidente da Reial Acadèmia, o historiador e arqueólogo Eduard Ripoll Perelló (1923-2006) e pelos historiadores Pere Villalba (1938- ) e José Enrique Ruiz-Domènec (1948 - ).
  • 141. COSTA, Ricardo da, BIANCHI, Carolina. “Taula de Sant Miquel (séc. XIII) do mestre de Soriguerola (Baixa Cerdanha - Catalunha)”. In: CAVALCANTI, Carlos M. H. (dir.). História, imagem e narrativas. Rio de Janeiro: Revista Eletrônica, n. 2, ano 1, abril/2006, p. 1-28.
  • 142. Na ocasião, baseado conceitualmente em quatro autores: MANGUEL, Alberto. Lendo Imagens. São Paulo: Companhia das Letras, 2001; PANOFSKY, Erwin. Significado nas Artes Visuais. São Paulo: Editora Perspectiva, 2002; GADDIS, John Lewis. Paisagens da História – como os historiadores mapeiam o passado. Rio de Janeiro: Campus, 2003, e BURKE, Peter. Testemunha ocular. São Paulo: Edusc, 2004.
  • 143. Tradução feita com Felipe Dias de Sousa.
  • 144. PRING-MILL, Robert D. F. “Els Recontaments de L’Arbre Exemplifical de Ramon Llull: La Transmutació de la Ciència en Literatura”. In: Estudis sobre Ramon Llull (1956-1978). Catalunya: Curial Edicions Catalanes, Publicacions de l’Abadia de Montserrat, 1991, p. 307-318.
  • 145. InMirabilia 6. Revista Eletrônica de História Antiga e Medieval – Journal of Ancient and Medieval History. A educação e a cultura laica na Idade Média, jun-dez. 2006, p. 79-100.
  • 146. Publicado em duas revistas e em um livro: 1) Biblos, Rio Grande, 21, 2007: p. 77-90 (sem as imagens); 2) História e Direito – Revista de Direito do UniFOA. Centro Universitário de Volta Redonda – Fundação Oswaldo Aranha. Volta Redonda, RJ, Vol. 3, n. 3, Nov. 2008, p. 23-35 (com as imagens), e 3) PONTES, Roberto, e MARTINS, Elizabeth Dias (orgs.). Anais do VII EIEM - Encontro Internacional de Estudos Medievais. Idade Média: permanência, atualização, residualidade. Fortaleza/Rio de Janeiro: UFC / ABREM, 2009, p. 624-630 (sem as imagens).
  • 147. O trabalho foi publicado (sem as imagens) em LAUAND, Jean (org.). Filosofia e Educação – Estudos 13. São Paulo: Editora CEMOrOc (Centro de Estudos Medievais Oriente & Ocidente da Faculdade de Educação da USP) – Factash Editora, 2008., p. 07-18. Essa pesquisa também foi apresentada no VI Encontro ANPUH-ES, na UFES (8.11.2006).
  • 148. COSTA, Ricardo da. “A experiência religiosa e mística de Ramon Llull: a Infinidade e a Eternidade divinas no Livro da Contemplação (c. 1274)”. In: Scintilla – Revista de Filosofia e Mística Medieval. Curitiba: Faculdade de Filosofia de São Boaventura (FFSB), vol. 3, n. 1, janeiro/junho 2006, p. 107-133. No âmbito do tema, ofereci um minicurso na XII Semana de Filosofia da UFES (organizada pelo Departamento de Educação e Ciências Humanas do Centro Universitário Norte do Espírito Santo – DECH-CEUNES-UFES e pelo Departamento de Filosofia do CCHN da UFES): “O Tempo e a Eternidade na Filosofia Medieval” (9 a 12 de novembro de 2010), com carga horária de 4 horas, ainda, nesse evento, ofereci outro minicurso: “A estrutura das ciências no pensamento de São Boaventura”.
  • 149. COSTA, Ricardo da. “A criação da ciência universal: Ramon Llull e as premissas de sua Arte”. In: SANTIAGO, Homero (coord.). Discutindo Filosofia 3. São Paulo: Editora Escala, 2006.
  • 150. COSTA, Ricardo da. “‘O homem é mau quando age contra Deus e contra a semelhança de Deus’: a maldade humana no Livro das Maravilhas (1288-1289) de Ramon Llull”. InAnais do II Simpósio Internacional de Teologia e Ciências da Religião. Belo Horizonte, ISTA/PUC Minas, 2007 (trabalho apresentado no II Simpósio Internacional de Teologia e Ciências da Religião “A Banalização do Mal”, evento organizado pelo Programa de Pós-graduação em Ciências da Religião da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, nos dias 02 a 04 de maio de 2007).
  • 151. COSTA, Ricardo da. “A Educação na Idade Média: a Retórica Nova (1301) de Ramon Llull”. In: LAUAND, Luiz Jean (coord.). Revista NOTANDUM, n. 16, Ano XI, 2008, p. 29-38. Editora Mandruvá -Univ. do Porto. Esse trabalho publicado foi, originalmente, apresentado em dois eventos: como palestra de encerramento da VI Jornada de Estudos Antigos e Medievais, evento organizado pelo Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Estadual de Maringá entre os dias 03 e 05 de outubro de 2007, e conferência proferida no I Encontro Internacional e II Nacional de História Antiga e Medieval do Maranhão – Rupturas, Transformações e Permanências: Sociedade e Imaginário, evento ocorrido entre os dias 13 e 16 de novembro de 2007.
  • 152. COSTA, Ricardo da, SEPULCRI, Nayhara. “‘Querer o bem para nós é próprio de Deus. Querer o mal só depende de nosso querer. Não querer o bem é totalmente diabólico’: São Bernardo de Claraval (1090-1153) e o mal na Idade Média”. InAnais do II Simpósio Internacional de Teologia e Ciências da Religião Belo Horizonte, ISTA/PUC Minas, 2007 (trabalho também apresentado no II Simpósio Internacional de Teologia e Ciências da Religião “A Banalização do Mal”).
  • 153. Palestra proferida no dia 25 de outubro de 2006 no III Congresso de História – Jornadas de História Antiga e Medieval, evento organizado pelo Centro Acadêmico de História da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e posteriormente escrita a quatro mãos e publicada: COSTA, Ricardo da, ZIERER, Adriana. “Os torneios medievais”. InBoletín Electrónico de la Sociedad Argentina de Estudios Medievales (SAEMED), año II, n. 3, Abril/Julio de 2008.
  • 154. A pesquisa sobre a memória medieval foi apresentada como conferência em dois eventos – no V Congresso de História da Região dos Lagos, “História e Memória”, na Universidade Veiga de Almeida (campus Cabo Frio, 21 a 23 de setembro de 2006) e no Seminário de Educação “Os desafios da Educação Contemporânea”, na Faculdade Estácio de Sá (campus de Jardim Camburi – Vitória, ocorrido no dia 11 de agosto de 2007) – e publicada em uma revista e como capítulo de um livro. COSTA, Ricardo da. “História e Memória: a importância da preservação e da recordação do passado”. In: Revista Sinais 2, vol. 1, outubro/2007. Vitória: UFES, p. 2-15, e em LAUAND, Jean (org.). Filosofia e Educação – Estudos 8. Edição Especial VIII Seminário Internacional CEMOrOc: Filosofia e Educação. São Paulo: Editora CEMOrOc da Faculdade de Educação da USP) Factash Editora, 2008, p. 81-89.
  • 155. COSTA, Ricardo da, SILVEIRA, Sidney. “A morte na perspectiva de Santo Tomás de Aquino”. In: SOUZA, José Antônio de Camargo Rodrigues de (org.). Idade Média: tempo do mundo, tempo dos homens, tempo de Deus. Porto Alegre: EST Edições (Escola Superior de Teologia), 2006, p. 223-229. Também foi publicado em SANTOS, Franklin Santana (org.). A Arte de Morrer – Visões Plurais – Volume 2. Bragança Paulista, SP: Editora Comenius, 2009, p. 209-217.
  • 156. COSTA, Ricardo da. “A cultura castreja (c. III a. C. - I d. C.): a longa tradição de resistência ibérica”. InRevista Outros Tempos. São Luís: Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), volume 3, 2006, p. 37-58.
  • 157. COSTA, Ricardo da. “Para que serve a História? Para nada...”. InSinais 3, vol. 1, junho/2008. Vitória: UFES, Centro de Ciência Humanas e Naturais, p. 43-70.
  • 158. Extratos de documentos medievais sobre o campesinato (sécs. V-XV) (seleção, notas e bibliografia de Ricardo da Costa).
  • 159. Na ocasião, ampliei a bibliografia trabalhada em meu curso de capacitação “O testemunho das imagens: os historiadores e os documentos visuais” (ver nota 206). Além de Alberto Manguel, Erwin Panofsky, John Lewis Gaddis e Peter Burke, agora Jacob Burckhardt (A cultura do Renascimento na Itália. Brasília: Ed. UnB, 1991), Johan Huizinga (O outono da Idade Média. São Paulo: Cosac Naif, 2010), Frances Yates (A Arte da Memória. São Paulo: Editora da Unicamp, 2007) e o notável Simon Schama (Paisagem e Memória. São Paulo: Companhia das Letras, 1996).
  • 160. RAIMUNDO LÚLIO. Livro das Bestas (c. 1289) (apres., trad. e notas de Ricardo da Costa). São Paulo: Editora Escala, Coleção Grandes Obras do Pensamento Universal – 50, 2006.
  • 161. 1. “Entre druidas e guerreiros: a cultura pagã expressa na obra De Bello Gallico (51 a. C.), de Júlio César” – Ludmila Portela (Bolsista do CNPq); 2. “Aspectos do paganismo presentes nos discursos evangelizadores dos missionários da Alta Idade Média: São Cesário de Arles (470-543) e São Martinho de Braga (520-580)” – Fabricia dos Santos Giuberti; 3. “Entre Fins Amors e Ágape: o amor nas Correspondências de Abelardo e Heloísa (séc. XII)” – Nayhara Sepulcri (Bolsista do CNPq); 4. “A conquista de Maiorca (1229-1235) no Livro dos Feitos (1252-1270) de Jaime I” – Luciano Vianna; 5. “A Batalha de Crécy: o triunfo inglês sobre a cavalaria francesa na Crônica de Jean Froissart (1346)” - Vinícius Saebel Lemos (Bolsista da PETROBRÁS).
  • 162. BURKE, Peter. Uma História Social do Conhecimento. De Gutemberg a Diderot. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2003.
  • 163. Apresentei o primeiro ano do Seriado Roma (HBO-2005) e analisei os aspectos socioculturais da crise da República romana, período imediatamente anterior ao Império (séc. I a.C.), com ênfase na condição social feminina, na escravidão e no belicismo da sociedade romana. Como referencial teórico-metodológico, utilizei a perspectiva da Escola Social Inglesa ligada aos Annales (SHARPE, Jim. “A História vista de baixo”. In: BURKE, Peter [org.]. A Escrita da História - Novas Perspectivas. São Paulo: Unesp, 1992, p. 39-62), bem como as possibilidades interpretativas do cinema para a História (CARNES, Mark C. [org.]. Passado imperfeito – A História no Cinema. Rio de Janeiro: Editora Record, 1997). A base para minha análise do seriado Roma foi o magnífico livro de Pere Villalba, Roma – A través dels historiadors clàssics (Bellaterra: Universitat Autònoma de Barcelona, 1996).
  • 164. 1. A elegância estilística na Retórica de Aristóteles – Onildo e Souza Moraes (Bolsista da FACITEC); 2. O entitema na Retórica de Aristóteles – Jardel Modenesi Fiorio (Bolsista do CNPq), 3. A Ira na Retórica de Aristóteles – Renan Marques Birro; 4. A Caridade na Retórica – Nayhara Sepulcri (Bolsista do CNPq), e orientei a comunicação “A imagem real no Félix ou O Livro das Maravilhas de Ramon Llull: uma análise sobre o Livro das Bestas”, de Luciano Vianna.
  • 165. Quando trabalhei novamente com a coletânea de extratos de textos medievais traduzidos sobre o campesinato medieval.
  • 166. Pluralidade destacada por Luis Alberto de Boni: “...não se pode falar em ‘Filosofia Medieval’, no singular, e sim em ‘Filosofias Medievais’, no plural. A base da argumentação para tanto continua a mesma: se pensadores que possuem uma mesma fé produzem teologias tão diferentes, é porque possuem filosofias diferentes. E nestas filosofias, igualmente ortodoxas, que não se deixam reduzir uma à outra, é preciso fazer uma escolha.” – DE BONI, Luis Alberto. “Estudar Filosofia Medieval”. In: Filosofia Medieval. Textos. Porto Alegre: Edipucrs, 2000, p. 22.
  • 167. Expressão cunhada por Etienne Gilson, em sua magistral obra O Espírito da Filosofia Medieval (São Paulo: Martins Fontes, 2006, p. 278-303), ideia compartilhada por Rafael Ramón Guerrero (Historia de la Filosofía Medieval. Madrid: Akal, 2002) e Wim Werbaal (“Bernardus Philosophus”. In: Sapientia Dei – Scientia Mundi. Bernardo de Claraval e o seu tempo. Revista Portuguesa de Filosofia. Braga, vol. 60, fasc. 3, 2004, p. 567-586).
  • 168. ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 1998; BLACKBURN, Simon. Dicionário Oxford de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1997; BOEHNER, Philotheus e GILSON, Etienne. História da Filosofia Cristã. Desde as Origens até Nicolau de Cusa. Petrópolis: Editora Vozes, 2000; DE BONI, Luis Alberto. Filosofia Medieval. Textos. Porto Alegre: Edipucrs, 2000; DE LIBERA, Alain. Pensa na Idade Média. São Paulo: Ed. 34, 1999; FERRATER MORA, José. Dicionário de Filosofia. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1982; FLASCH, Kurt. El pensament filosòfic a l’Edat Mitjana. D’Agustí a Maquiavel. Barcelona: Obrador Edèndum, 2006; GILSON, Etienne. A Filosofia na Idade Média. São Paulo: Martins Fontes, 1995; GILSON, Etienne. O Espírito da Filosofia Medieval. São Paulo: Martins Fontes, 2006; PAUL, Jacques. Historia Intelectual del Occidente Medieval. Madrid: Catedra, 2003; RAMÓN GUERRERO, Rafael. Historia de la Filosofía Medieval. Madrid: Akal, 2002; SARANYANA, Josep-Ignasi. La Filosofía Medieval. Desde sus orígenes patrísticos hasta la escolástica barroca. Pamplona: Eunsa, 2003. Em relação a esse último autor, tive a grata satisfação de constatar ter sido citado em sua obra.
  • 169. RAIMUNDO LÚLIO. O Livro dos Mil Provérbios (1302). Coleção Grandes Obras do Pensamento Universal - 68. São Paulo: Editora Escala, 2007, p. 09-31.
  • 170. COSTA, Ricardo da. “‘Então os cruzados começaram a profanar em nome do pendurado’. Maio sangrento: os pogroms perpetrados em 1096 pelo conde Emich II von Leiningen (†c. 1138) contra os judeus renanos, segundo as Crônicas Hebraicas e cristãs”. In: LAUAND, Jean (org.). Filosofia e Educação – Estudos 8. Edição Especial VIII Seminário Internacional CEMOrOc: Filosofia e Educação. São Paulo: Editora CEMOrOc (Centro de Estudos Medievais Oriente & Ocidente da Faculdade de Educação da USP), Factash Editora, 2008, p. 35-62.
  • 171. Dalí. São Paulo: Abril, 2011, p. 32-34.
  • 172. COSTA, Ricardo da. “Ramon Llull (1232-1316) e a Belezaboa forma natural da ordenação divina”. In: 1) SILVA SANTOS, Jorge Augusto da (org.). Sofia – Filosofia Medieval, vol. XI, ns. 15-16, Vitória, 2006, p. 333-348, e 2) InRevista Internacional d'Humanitats. Ano XIII, n. 18, 2010, p. 21-28 (sem as imagens).
  • 173. COSTA, Ricardo da. “A transcendência acima da imanência: a Alma na mística de São Bernardo de Claraval (1090-1153)”. InAnales del Seminario de Historia de la Filosofía. Madrid: Publicaciones Universidad Complutense de Madrid (UCM), vol. 26 (2009), p. 97-105.
  • 174. InRevista Humanidades 17-18. Departamento de Artes y Humanidades de la Universidad Andrés Bello. Santiago de Chile, junio-diciembre 2009, p. 201-210.
  • 175. PANOFSKY, Erwin. “O abade Suger de S. Denis”. InSignificado nas Artes Visuais. São Paulo: Editora Perspectiva, 2002, p. 149-190.
  • 176. COSTA, Ricardo da. “‘A luz deriva do bem e é imagem da bondade’: a metafísica da luz do Pseudo-Dionísio Areopagita na concepção artística do abade Suger de Saint-Denis”. In: Scintilla. Revista de Filosofia e Mística Medieval. Curitiba: Faculdade de Filosofia de São Boaventura (FFSB), Vol. 6 - n. 2 - jul./dez. 2009, p. 39-52.
  • 177. Para o primeiro trabalho publicado na trilogia lançada do curso de Tanatologia, ver nota 218; para o segundo trabalho, ver nota 147. O terceiro trabalho foi publicado em um livro à parte: COSTA, Ricardo da. “A dor da perda: as mulheres e o luto na História”. In: SANTOS, Franklin Santana (ed.). Tratado Brasileiro sobre Perdas e Luto. Bragança Paulista, São Paulo: Atheneu, 2014, p. 31-36.
  • 178. COSTA, Ricardo da. “O papel do amor cortês e dos jograis na Educação da Idade Média: Guilherme da Aquitânia (1071-1127) e Ramon Llull (1232-1316)”. In: CASTRO, Roberto C. G. (org.). O Intérprete do Logos – Textos em homenagem a Jean Lauand. São Paulo: Factash Editora/ESDC, 2009, p. 231-244.
  • 179. COSTA, Ricardo da. “A cavalaria medieval existiu?”. In: História Viva Especial Grandes Temas 26. São Paulo: Duetto Editorial, 2009, p. 82.
  • 180. COSTA, Ricardo da. “Breve história da Tapeçaria de Bayeux (c. 1070-1080)”. In: Potlach. Revista de História das Faculdades Integradas de Cataguases. Cataguases: FIC/FUNCEF, Ano 1, n. 1, 2009, p. 11-20 (Texto preparado sob encomenda para a Exposição Permanente das Ciências Humanas intitulada “O castelo medieval e o feudalismo” na Estação Ciência da USP, organizada pelo grupo Medieval Brasil.
  • 181. Publicada em três distintas obras (dois livros e uma revista): 1) Sinais 5, vol. 1, setembro/2009. Vitória: UFES, CCHN, p. 43-70, 2) NISHIKAWA, Taise Ferreira da Conceição. História Medieval: História II. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009, p. 12-21 (para o curso de Educação à Distância da Unopar Virtual) e 3) DITCHFIELD, Albert e ARAÚJO, Arthur (org.). Darwin. Ensaios e controvérsias. Vitória: EDUFES, 2011, p. 65-78.
  • 182. COSTA, Ricardo da. “O que é Deus? Considerações sobre os atributos divinos no tratado Da Consideração (1149-1152), de São Bernardo de Claraval”. In: Revista Coletânea. Revista de Filosofia e Teologia da Faculdade de São Bento do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Editora Lumen Christi, Ano IX, fasc. 18, jul-dez 2010, p. 223-238. Além de ter sido apresentado no I Seminário de Pesquisa do Mestrado de Filosofia da UFES (agosto de 2008), esse trabalho foi apresentado como conferência, proferida na Faculdade de São Bento do Rio de Janeiro (no dia 17 de novembro de 2009) e como trabalho, apresentado no XIV Encontro Nacional da ANPOF (04 a 08 de outubro de 2010, Águas de Lindóia, São Paulo) no Grupo de Trabalho (GT) “Filosofia na Idade Média”.
  • 183. 1) Revista Dominicana de Teologia (RDT) 10 – “Igreja e Estado”, Ano V - 2010, Janeiro/Junho, p. 103-118, 2) Thaumazein, Ano IV, número 08, Santa Maria (Dezembro de 2011), p. 46-61, e 3) Mundos medievales: Espacios, Sociedades y Poder. Homenaje al Profesor José Ángel García de Cortázar. Santander: PUbliCan, Ediciones de la Universidad de Cantabria, D. L., 2012, tomo II, p. 1215-1227.
  • 184. COSTA, Ricardo da. “O ofício do Historiador”. InInternational Studies on Law and Education - 5 (janeiro-junho 2010), p. 79-84. Proferi palestra com o mesmo tema no Programa de Mestrado em História da Universidade Severino Sombra (Vassouras, RJ), no dia 17 de maio de 2011.
  • 185. Subprojetos (e os alunos de Iniciação Científica): 1. Corpo, disciplina e barbarização no Epitoma rei militaris de Flávio Vegécio (sécs. IV-V) – Raphael Leite Teixeira (Bolsista do CNPq); 2. A História dos Longobardos (séc. VIII), de Paulo Diácono (720-800) – Jardel Modenesi Fiorio (Bolsista da UFES); 3. Beowulf (séc. X): uma epopeia bélica – Dionne Azevedo (Bolsista do CNPq); 4. A guerra na Saga de Egil Skallagrimsson (séc. XIII) – Renan Marques Birro e 5. A imagem guerreira de Fernando III, o Santo, na Crônica Geral de Espanha de 1344 – Onildo de Souza Moraes (Bolsista da UFES).
  • 186. Subprojetos (e os alunos de Iniciação Científica): 1. “A divindade está perto de ti, está contigo, está dentro de ti”: as dignidades divinas nas Cartas a Lucílio de Sêneca (4 a.C. - 65 d.C.) – Dionne Miranda Azevedo; 2. Os nomes divinos na filosofia do Pseudo-Dionísio, o Areopagita (séc. V) – Raphael Leite Teixeira (Bolsista do CNPq); 3. Ecos da filosofia estóica de Sêneca no tratado Da Consideração (1149-1152) de Bernardo de Claraval – Braulino Antônio dos Reis Neto (Bolsista do CNPq); 4. O Ócio no tratado De Consideratione (1149-1152) de Bernardo de Claraval (1090-1153) – Ana Gláucia Oliveira Motta (Bolsista do CNPq).
  • 187. 1. Gustavo Adolpho Lopes de Faria Trindade (A ocupação urbana em Guarapari, 1975-1985, 2001); 2. Alexandre Nogueira Lentini (Administração municipal de Américo Monjardim, 1937-1944), 2001; 3. Christiny Ferreira Pinto (O amor na visão da mulher medieval, 2001), 4. Paula França Teixeira (A Bruxa Medieval, 2002); 5. Leila dos Santos Vieira (A dualidade da mulher na Idade Média, 2002); 6. Izabel Maria da Penha Piva (Caridade Medieval na Capitania do Espírito Santo: a construção da Irmandade da Misericórdia, 2002); 7. Amarildo Correia de Melo (Bernardo de Claraval - Apologia ad Guillelmum Abbatem - Um ensaio crítico sobre o ideal de Reforma na Igreja Medieval, 2002); 8. Débora Rosa Stein (Breve História do Povo Judeu em Portugal - séculos XII-XIV, 2002); 9. Luiz Humberto de Araújo Rodrigues (A Pintura Mural Românica na Europa do século XII, 2003); 10. Priscilla Lauret Coutinho (O Leão e suas representações literárias e iconográficas na Idade Média, 2003); 11. Pascoal Cerqueira Reis Júnior (O Processo de Institucionalização do Cristianismo, séculos I-V, 2003); 12. Christiane de Lima Silveira (A educação dos meninos na Idade Média: a Doutrina para Crianças [c. 1274-1276] de Ramon Llull, 2003); 13. Eliane Ventorim (A Glória dos Anjos bons e as penas dos anjos maus nas obras “O Livro dos Anjos [1274-1283]” e “Félix ou O Livro das Maravilhas [1288-1289]” de Ramon Llull [1232-1316]), 2003; 14. Vera Lúcia Soares (A sexualidade feminina na Idade Média - o discurso misógino dos clérigos e o amor dos laicos, 2003); 15. Edluci Mathias Santos (História das Mulheres na Alta Idade Média - O conceito de morte expresso na obra Manual de Dhuoda, século IX, 2003); 16. Jeane Peterle (O esplendor do Emirado de Córdoba sob o governo da dinastia Omíada, 2003); 17. Viviane Tavares Furtado (Dos Braços da Árvore Imperial: as relações da hierarquia feudal na obra de Ramon Llull, 2004); 18. Márcio da Conceição Paulo (As invasões muçulmanas na Península Ibérica, séculos VIII-IX, 2004); 19. Bruno Costa Oliveira (A relação de soberania entre a Irlanda e o País de Gales no segundo ramo do Mabinogion: Branwen, filha de Llyr, 2004); 20. Larissa Brommonschenkel Soares (Os mandamentos do amor cortês e a nova ética comportamental - civilizando os gestos e o corpo através do Romance da Rosa [c. 1268] de Guilherme de Lorris, 2005); 21. Michele Cordeiro da Silva (A atitude ambivalente do beato Ramon Llull frente aos muçulmanos: a Doutrina para crianças [1274-1276] e o Livro do Gentio e dos Três Sábios [1274-1276], 2005); 22. Fabricia dos Santos Giuberti (Aspectos do paganismo presentes nos discursos evangelizadores de São Cesário de Arles [470-543] e São Martinho de Braga [520-580], 2006); 23. Wiliam Pereira Rodrigues (O catarismo medieval e sua doutrina, exposta no “Tratado Cátaro”, séc. XIII, 2006); 24. Sandro Augusto Vidal de Freitas (A Ordem do Hospital de São João de Jerusalém e a sacralização da guerra na Europa Medieval, 987-1095, 2006); 25. Luciano Vianna (A conquista de Maiorca [1229] no Livro dos Feitos [c. 1252-1274] pelo rei Jaime I [1208-1276], o Conquistador, 2006); 26. Carolina Bianchi dos Santos (A derradeira sentença do Filho de Deus: o Juízo Final e a salvação da alma na obra Doutrina para Crianças [1274-1276] do filósofo Ramon Llull [1232-1316], 2006); 27. Paulo César da Silva Passamai (A concepção luliana de Retórica na “Doutrina para crianças” [1275] e na “Árvore da Ciência”" [1295-1296], 2006); 28. Emílio Tadeu Luiz Costa (A Heresia Prisciliana e a Reafirmação da Ortodoxia Cristã, 2007); 29. Ludmila Noeme Santos Portela (“Uma nação muito dada a superstições”: sociedade e religiosidade gaulesa no “De Bello Gallico” de Júlio César, 2007); 30. Nayhara Sepulcri (“Tua herança também é o mundo inteiro”: o bom governo papal no “Da consideração” de São Bernardo de Claraval, séc. XII, 2007); 31. Dener de Oliveira (Quebra de Juramento: a invasão normanda da Inglaterra, 1066, 2007); 32. Clara Haddad Souza Gava (A Astronomia Medieval: o pensamento trecentista e a unicidade do universo nas obras de Ramon Llull, 2007); 33. Felipe Dias de Souza (A Arte Breve, 1308, de Ramon Llull, 2007); 34. Wallace Manoel Hupp (Antijudaísmo cruzado: massacres germânicos durante a Primeira Cruzada na Crônica de R’Salomão Bar Sansão, 2007); 35. Camila Paganini (Os vícios e pecados opostos ao amor cortês no manuscrito 387 do Romance da Rosa, séc. XIII, 2007); 36. Tatiane Paula Barbosa (O Triunfo da Morte [c. 1562] de Peter Brueghel, o Velho [c. 1525-1569], 2008); 37. Wander Luiz Demartini Nunes (Ricardo Coração de Leão [1157-1199] e a Terceira Cruzada, 2008); 38. Wermerson Mario Pestana (“Eu gosto de comandar: onde eu estou quero o primeiro lugar”. Representações femininas em Raquel de Queiroz: Memorial de Maria Moura e a herança medieval no Brasil do século XIX, 2008); 39. Marcela Oliveira de Andrade (Iluminando a iluminura: O Codex Manesse, século XIII, 2008); 40. Wanderson Santos de Almeida (À imagem e semelhança de Deus: considerações de São Bernardo de Claraval acerca da antropologia cristã, 2008); 41. Onildo de Souza Moraes (Fernando III, o Santo [c. 1201-1252], rei de Castela e Leão, 2009); 42. João Carlos Frederico dos Santos (A morte do Avarento [c. 1490] de Hieronymus Bosch, 2009); 43. Josué Patuzzi Rezende (A refutação do livre-arbítrio pelo Catarismo, 2009); 44. Raphael Leite Teixeira (Transformações na guerra romana tardia: o testemunho anônimo do De rebus bellicis e do Epitoma rei militaris de Flávio Vegécio [séc. IV d. C.], 2009); 45. Renan Marques Birro (A guerra e a imagem do guerreiro escandinavo na Egils Saga [c. 1220-1230], 2009).
  • 188. 1. Adriana Perine (Aculturação - Missão Jesuítica na Terra de Santa Cruz, 2002, especialização em História Social do Brasil); 2. Gilcéia Furtado Martins (A formação antropológica do brasileiro na visão de Euclides da Cunha, 2002, especialização em História Social do Brasil), 3. Elaine Terezinha Alves de Miranda Carvalho (Xamanismo entre os índios do Brasil Colônia, 2002, especialização em História Social do Brasil); 4. Amarildo Correia de Melo (O Ideal de Reforma na Idade Média através dos textos de São Bernardo de Clairvaux (século XII), 2003, especialização em História das Relações Políticas), 5. Janneyde Pascoal da Silva (O Direito na Idade Média, 2003, especialização em História Política); 6. Davis Moreira Alvim (Teologia Política, Catequese e Tomismo, 2003, especialização em História Política), 7. Christiane de Lima Silveira (O conceito de tirano no “Espelho de Príncipes” de frei Álvaro Pais, 2004, especialização em História das Relações Políticas), 8. Homero Bonadiman Galvêas (Revoltas indígenas no Espírito Santo – Do poema épico do Padre José de Anchieta “De Gestis Mendi de Saa”. Um estudo sobre as relações políticas, econômicas e sociais no século XVI, 2004, especialização em História Social do Brasil); 9. Sonia Regina Peixoto (Le Roman de la Rose: uma análise da courtoisie no jardim dos prazeres de Guillaume de Lorris (séc. XII), 2004, especialização em História das Relações Políticas), 10. Carlos Magno da Silva (O pensamento político de João Calvino nas Institutas da Religião Cristã, 2009, especialização em Poder e Cultura na História) e 11. Maikon Chaider Silva Scaldaferro (A Razão na História segundo Hegel, 2009, especialização em Poder e Cultura na História).
  • 189. 1. Davis Moreira Alvim (A colônia imaginada – Anchieta e as metamorfoses do imaginário medieval na América portuguesa, 1534-1597, 2004), 2. Carlile Lanzieri Júnior (Um homem de saber entre os homens de poder: as relações políticas e sociais nas memórias do abade Guiberto de Nogent [c. 1055 - c. 1125], 2007) e 3. Eliane Ventorim (As idéias políticas e a apologética de Ramon Llull [1232-1316] sobre a cruzada na Terra Santa, 2008).
  • 190. SANTOS, Bento Silva & COSTA, Ricardo da. As múltiplas expressões da Idade Média: Filosofia, Artes, Letras, História e Direito. Anais do VIII Encontro Internacional de Estudos Medievais. Cuiabá: EDUFMS, 2011, 2 vols. Internet (para “baixar” o livro: 1) (vol. 1) e 2) (vol. 2).
  • 191. Uma variação do tema foi apresentada no III Congresso Internacional UFES/Université de Paris-Est – XVII Simpósio de História da UFES: Cidade, Cotidiano e Poder. La ville, le quotidien et le pouvoir: NETO, Braulino Antonio dos Reis, COSTA, Ricardo da. “A subversão do poder material pelo amor espiritual: a amizade no tratado Da consideração de Bernardo de Claraval”.
  • 192. COSTA, Ricardo da. Ensaios de História Medieval (prefácio de Edmar Checon de Freitas). Rio de Janeiro / São Paulo: Angelicvm/CEMOrOc, 2009.
  • 193. Poemas de Ramon Llull. Desconsolo (1295) – Canto de Ramon (1300) – O Concílio (1311) (apres., trad. e notas de Ricardo da Costa e Tatyana Nunes Lemos). Rio de Janeiro/São Paulo: Editora Angelicvm/ CEMOrOc, 2009.
  • 194. Raimundo Lúlio e as Cruzadas (trads.: Waldemiro Altoé, Ricardo da Costa e Eliane Ventorim; breve nota do editor de Sidney Silveira; Prefácio de Pere Villalba Varneda; Introdução de Fernando Domínguez Reboiras; Posfácio de Ricardo da Costa). Rio de Janeiro/São Paulo: Editora Sétimo Selo, 2009.
  • 195. Título de sua dissertação: “As ideias políticas e a apologética de Ramon Llull (1232-1316) sobre a cruzada na Terra Santa” (defendida no dia 14 de julho de 2008).
  • 196. Subprojetos (e os alunos de Iniciação Científica): 1. O socrático “conhece-te a ti mesmo” no tratado De Consideratione (1149-1152) de Bernardo de Claraval (1090-1153) – Ana Gláucia Oliveira Motta (Bolsista do CNPq); 2. O Bem nas Cartas à Lucílio de Sêneca (4 a. C. - 65 d. C.) – Dionne Miranda Azevedo (Bolsista do CNPq), e 3. A Metafísica no livro V do tratado Da Consideração de São Bernardo de Claraval – Braulino Antônio dos Reis Neto.
  • 197. In: ZIERER, Adriana (org.). Uma viagem pela Idade Média: estudos interdisciplinares. UFMA, 2010, p. 263-281 – também apresentado como conferência, proferida na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) no dia 02 de junho de 2011 nas Jornadas de Filosofia Medieval (Ciclo 2011-Internacional), evento organizado pelo Principium (Núcleo de Estudo e Pesquisa em Filosofia Medieval da UEPB, do qual passei a fazer parte).
  • 198. Sonho de Cipião de Marco Túlio Cícero (Prólogo de Carlos Nougué, apresentação, tradução e notas de Ricardo da Costa). In: LAUAND, Luiz Jean (coord.). Revista NOTANDUM, n. 22, Ano XIII, jan-abr 2010, p. 37-50. Editora Mandruvá - Univ. do Porto.
  • 199. COSTA, Ricardo da, LEMOS, Tatyana Nunes. “‘Com ferro, fogo e argumentação’: Cruzada, Conversão e a Teoria dos dois gládios na filosofia de Ramon Llull (1232-1316)”. In: BLASCO VALLÈS, Almudena, e COSTA, Ricardo da (coord.). Mirabilia 10. A Idade Média e as Cruzadas – La Edad Media y las Cruzadas – The Middle Ages and the Crusades, Jan-Jun 2010, p. 196-218.
  • 200. COSTA, Ricardo da, SANTOS, Armando Alexandre dos. “O pensamento de Santo Tomás de Aquino (1225-1274) sobre a vida militar, a guerra justa e as ordens militares de cavalaria”. In: BLASCO VALLÈS, Almudena, e COSTA, Ricardo da (coord.). Mirabilia 10. A Idade Média e as Cruzadas – La Edad Media y las Cruzadas – The Middle Ages and the Crusades, Jan-Jun 2010, p. 145-157.
  • 201. ‘Há algo mais contra a razão que tentar transcender a razão só com as forças da razão?’: a disputa entre São Bernardo de Claraval e Pedro Abelardo”. In: LAUAND, Jean (org.). Anais do X Seminário Internacional: Filosofia e Educação – Antropologia e Educação - Ideias, Ideais e História. São Paulo: Editora CEMOrOc (Centro de Estudos Medievais Oriente & Ocidente da Faculdade de Educação da USP) Núcleo de Estudos de Antropologia UNIFAI / Factash Editora, 2010, p. 67-78.
  • 202. Jaime I. Livro dos Feitos (apres., trad. e notas de Luciano José Vianna e Ricardo da Costa). São Paulo: Instituto Brasileiro de Filosofia e Ciência Raimundo Lúlio, 2010.
  • 203. InInternational Studies on Law and Education – 7 (janeiro-abril 2011), p. 97-102 (sem as imagens). Essa palestra foi gravada e encontra-se disponível no Youtube.
  • 204. Curial e Guelfa (primeira tradução para o português e notas: Ricardo da Costa; revisão: Armando Alexandre dos Santos; estudo introdutório e edição de base: Antoni Ferrando; foreword: Antonio Cortijo Ocaña). University of California, Santa Barbara: Publications of eHumanista, 2011.
  • 205. Subprojetos: 1. A manifestação literária do amor cortês na novela de cavalaria Curial e Guelfa (séc. XV) – Ana Maria de Almeida Brito (Bolsista do CNPq); 2. A estetização da vida e o ideal de cavalaria na novela quatrocentista Curial e Guelfa – Braulino Antônio dos Reis Neto (Bolsista do CNPq); 3. O Belo na novela de cavalaria Curial e Guelfa (séc. XV) – Fhylipe Menezes Faria (PIVIC) e 4. A imagem política da monarquia aragonesa na novela Curial e Guelfa (século XV) – Francis Rasseli dos Santos (PIVIC).
  • 206. O historiador e o exercício da tradução: a novela de cavalaria Curial e Guelfa (séc. XV)”.
  • 207. COSTA, Ricardo da. “Uma jóia medieval no alvorecer do Humanismo: a novela de cavalaria Curial e Guelfa (século XV)”. In: MONGELLI, Lênia Márcia (org.). De cavaleiros e cavalarias. Por terras de Europa e Américas. São Paulo: Humanitas, 2012, p. 539-549.
  • 208. COSTA, Ricardo da. “As relações entre a Literatura e a História: a novela de cavalaria Curial e Guelfa”. In: BUTIÑÁ & CORTIJO (eds.). Literatura, Llengua i Cultura de la Corona d’Aragó, volume 1, 2012, p. 84-98.
  • 209. “Entrevista com Ricardo da Costa: Curial e Guelfa”. InConvenit Internacional n. 8, janeiro-abril 2012, p. 55-66.
  • 210. COSTA, Ricardo da. “Las traducciones en el siglo XXI de los clásicos medievales – tensiones, problemas y soluciones: el Curial e Güelfa”. IneHumanista/IVITRA, 3 (2013), University of California at Santa Barbara, USA, p. 325-346.
  • 211. Conferência “O neoplatonismo da Escola de Chartres – séc. XII”; minicurso “A metafísica de Raimundo Lúlio e sua filosofia política” (06 e 07 de junho de 2011).
  • 212. Minicurso “Introdução ao pensamento de Raimundo Lúlio” (08, 09 e 10 de junho de 2011).
  • 213. Traduzido para o espanhol.
  • 214. SANTOS, Jorge Augusto da Silva, COSTA, Ricardo da. Metafísica, Arte e Religião na Idade Média. Anais do XIII Congresso Internacional de Filosofia Medieval. Vitória: DDL/UFES, 2013.
  • 215. COSTA, Ricardo da, BRITO, Ana Maria de Almeida. “Duas expressões literárias do amor: O Banquete de Platão (séc. IV a. C.) e a novela de cavalaria Curial e Guelfa (séc. XV)”; COSTA, Ricardo da, NETO, Braulino Antônio dos Reis. “A imagem da Fortuna na novela de cavalaria quatrocentista Curial e Guelfa”; COSTA, Ricardo da, FARIA, Fhylipe Menezes. “Beleza, Harmonia, Proporção: o Belo como manifestação literária na novela de cavalaria Curial e Guelfa (séc. XV)”; COSTA, Ricardo da, AZEVEDO, Dionne. “O tema do suicídio em Curial e Guelfa: um resgate do Estoicismo em uma novela de cavalaria do séc. XV”, e COSTA, Ricardo da, SANTOS, Francis Rasseli dos. “A imagem política da monarquia aragonesa na novela de cavalaria Curial e Guelfa (séc. XV), todos na mesa “Filosofia e Literatura: Curial e Guelfa (séc. XV).
  • 216. COSTA, Ricardo da, SANTOS, Armando Alexandre dos. “A pulchritudinis via de São Tomás de Aquino”, na mesa “Estética”.
  • 217. COSTA, Ricardo da. “In: COSTA, Marcos Roberto Nunes (org.). A Experiência humana do divino. Perspectiva Filosófica. Recife, v. I, n. 35, jan./jun. 2011, p. 125-140.
  • 218. COSTA, Ricardo da. “Os Epistolários Medievais como espaço narrativo fundante: o universo do eu amoroso nas cartas de Bernardo de Claraval”. In: ZIERER, A.; VIEIRA, A. L.; ABRANTES, E. S. (orgs.). História Antiga e Medieval, vol. 5. Sonhos, Mitos e Heróis: Memória e Identidade. São Luís: EDUEMA, 2015, p. 293-314. Posteriormente, apresentei o mesmo trabalho no Laboratório de Filosofia Medieval da UFF, grupo organizado pelo Prof. Dr. Guilherme Wyllie.
  • 219. COSTA, Ricardo da. “As raízes clássicas da transcendência medieval”. In: NOGUEIRA, Maria Simone Marinho (org.). Contemplatio. Ensaios de Filosofia Medieval. Campina Grande: EDUEPB, 2013, p. 19-42.
  • 220. Conferência publicada em Revista NOTANDUM, n. 27, Ano XIV, set-dez 2011, p. 19-35, Editora Mandruvá - Univ. do Porto.
  • 221. COSTA, Ricardo da. Los clásicos que hacen clásicos. Cuadernos de Historia Universal UCR - UNA. Tomo I, vol. II, Extra Serie de la Revista de Historia. Heredia, Costa Rica: Heredia, 2013.
  • 222. De todas as obras que li a respeito, gostaria de destacar duas em particular: ECO, Umberto. Quase a mesma coisa. Rio de Janeiro: Record, 2007; MANGUEL, Alberto. No Bosque do Espelho. Ensaios sobre as palavras e o mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2000, e, sobretudo, STEINER, George. Depois de Babel. Questões de linguagem e tradução. Curitiba: Editora da UFPR, 2005. “Descobrir” George Steiner (1929- ) foi um dos frutos dessa “excursão” acadêmica pela Espanha.
  • 223. Publicado em 2012: COSTA, Ricardo da. “A Estética do Corpo na Filosofia e na Arte da Idade Média: texto e imagem”. In: Trans/form/ação, Marília, v. 35, p. 161-178, 2012, Edição Especial.
  • 224. 1. Braulino Antonio dos Reis Neto (A Metafísica no tratado Da Consideração de São Bernardo de Claraval, 2010), 2. Felipe Lube de Bragança (Pieter Brueghel, o Velho [c. 1525-1569] e o universo rural expresso em sua obra, 2010), 3. Renan Bolonha Sancio (A Juventude Hitlerista sob o prisma dos Aliados [1922-1945], 2010), 4. Ana Gláucia Oliveira Motta (O Renascimento do Teatro no século X: Rosvita de Gandersheim [c. 935-1000], 2010), 5. Inajara Barbosa Paulo (A imagem de Adolf Hitler nos desenhos norte-americanos [1942-1945] sobre a Segunda Guerra Mundial [1942-1945], 2010), 6. Suéellen Kruger Soares (A representação cinematográfica do Congresso Nacional-Socialista de 1934: O Triunfo da Vontade de Leni Riefenstahl [1902-2003], 2010), 7. Dionne Miranda Azevedo (A imagem de Deus nas Cartas à Lucílio de Sêneca [4 a. C. - 65 d. C.], 2010), 8. Charlles André da Rocha Machado (Clóvis, rei merovíngio [481-511]: aspectos de sua conversão sob o olhar do bispo Gregório de Tours, 2011).
  • 225. 1. José Aparecido Celório (A Educação Medieval e a Filosofia em Tomás de Aquino: elementos para compreensão de uma astrologia cristã, 2004, mestrado em Educação na Universidade Estadual de Maringá), 2. Daniele Gallindo Gonçalves e Souza (WHÎP UNDE MAN ZE REHTE PRÜEVEN: a construção do feminino e do masculino em PARZIFAL de Wolfram von Eschenbach: Gahmuret e suas esposas, 2005, mestrado no Programa de Pós-graduação em História Comparada da UFRJ), 3. Eber da Cunha Mendes (A Teologia Política de João Calvino [1509-1564] na Institutas da Religião Cristã [1536], 2009, mestrado de História da UFES), 4. Adriano Cesar Rodrigues Beraldi (Beatitude e Sabedoria em Agostinho: Estudo sobre as fontes pagãs no De Beata Vita a partir do uso do termo filosofia, 2010, mestrado de Filosofia da UFES), 5. Tatyana Nunes Lemos (Pregação e Cruzada: a conversão dos infiéis nos poemas de Ramon Llull [1232-1316], 2010, mestrado em História da UFES), 6. Guilherme Queiroz de Souza (A mentalidade de cruzada na conquista de México-Tenochtitlán [1519-1521], 2010, mestrado em História da Universidade Federal de São João Del-Rei), 7. Gustavo Lopes de Souza (O maravilhoso medieval nas histórias em quadrinhos, 2011, tese de doutorado em Artes da UFMG).
  • 226. Subprojetos: 1. O Grande Cisma do Ocidente (1378-1417) em O Sonho – Matheus Corassa da Silva (Bolsista CNPq), 2. A imortalidade da alma em O Sonho – Ariane Lucas Guimarães; 3. A construção mitológica-cristã do Inferno em O Sonho – Gabriel Angra Ghidetti (Bolsista CNPq), 4. Entre Eva e Maria: a imagem feminina em O Sonho – Vinicius Muline dos Santos (PIVIC) e 5. A morte no mundo onírico ibérico no século XV – Isabela Lopes Polato (PIVIC).
  • 227. COSTA, Ricardo da (org.). Os Sonhos na História. Alicante/Madrid: e-Editorial IVITRA Poliglota. Estudis, Edicions i Traduccions / Atenea, 2014.
  • 228. BERNAT METGE. Lo Somni / O Sonho (edição, tradução e notas de Ricardo da Costa). Madrid. Palas Atenea, 2016.
  • 229. 1) COSTA, Ricardo da. “Os sonhos e a História: Lo somni (1399) de Bernat Metge”. InRevista de lenguas y literaturas catalana, gallega y vasca. Anuario de filología catalana, gallega y vasca (RLLCGV). Madrid: UNED, Año 2012, volumen XVII, p. 15-30 (sem as imagens), e 2) COSTA, Ricardo da. “Os sonhos e a História: Lo somni (1399) de Bernat Metge”. In: Medievalis vol. 1 (n. 2), 2013, p. 1-24 (com as imagens).
  • 230. “A imagem da mulher medieval em O Sonho (1399) e Curial e Guelfa (c. 1460)”, trabalho posteriormente escrito em parceria com Armando Alexandre dos SANTOS e publicado nos EUA em eHumanista/IVITRA vol. 5 (2014), p. 424-442 (sem as imagens).
  • 231. Publicado na Revista de História da UFPB: COSTA, Ricardo da. “La inmortalidad del alma em Lo Somni (1399) de Bernat Metge”. In: Saeculum 30 (jan/jun 2014), p. 25-34 (com as imagens).
  • 232. COSTA, Ricardo da. “O Sonho (1399) de Bernat Metge e suas considerações filosófico-oníricas”. In: CARVALHO, Marcelo, e FIGUEIREDO, Vinicius (orgs.). Filosofia Antiga e Medieval. São Paulo: ANPOF, 2013, p. 519-531 (com as imagens). Lo Somni, ainda, renderia outras duas publicações: 1) SILVA, Matheus Corassa da, COSTA, Ricardo da. “Tensões existenciais de um sonho: o caráter pedagógico-moral de Lo Somni (1399) de Bernat Metge (1340-1413). In: ZIERER, Adriana; VIEIRA, Ana Lívia Bomfim; ABRANTES, Elizabeth Sousa (orgs.). Nas Trilhas da Antiguidade e Idade Média. São Luís: Editora UEMA, 2014, p. 323-328, e 2) COSTA, Ricardo da, SILVA, Matheus Corassa da. “Bernat Metge (1340-1413) nos trópicos: um humanista catalão no Brasil”. In: BUTYÑYÀ, Julia, CORTIJO, Antonio, e MARTINES, Vicent (eds.). eHumanista/IVITRA 4. A. Monogràfic I (Bernat Metge humanista i poliglota), 2013, p. 60-72.
  • 233. InAbacus 10 – El filo de la esencia. De la gloria al descenso a los infiernos. Número conmemorativo. 700 años del fin de un mito (Abril-Junio de 2012), p. 42-57.
  • 234. COSTA, Ricardo da. “Ramón Llull y la Orden del Temple”. InAbacus 11 – Revista digital de la asociación BAUCAN, filosofía de las armas templarias, 2013.
  • 235. Realidade Intelectual em crise: trajetória e reconstrução – a importância dos clássicos na configuração do cânon ocidental”. Da conferência não resultou nenhum trabalho publicado, mas ela encontra-se disponível no Youtube.
  • 236. Internet: Parte 1; Parte 2; Parte 3; Parte 4; Parte 5.
  • 237. COSTA, Ricardo da. “A gênese da monarquia no Ocidente cristão (sécs. IV-VI)”.
  • 238. COSTA, Ricardo da. “Os estudos medievais nas revistas do CEMOrOc”. In: International Studies on Law and Education n. 13/14, jan-ago 2013, CEMOrOC-Feusp / IJI-Univ. do Porto, p. 85-88.
  • 239. SOFIME: Sociedad de Filosofía Medieval.
  • 240. COSTA, Ricardo da. “El concepto de Naturaleza en la Metafísica Teológica de San Bernardo de Claraval (1090-1153)”. In: 1) De Medio Aevo 1, n. 1 (2012). Madrid: CAPIRE, 2012, p. 131-144, e 2) FUERTES HERREROS, José Luis; PONCELA GONZÁLEZ, Ángel (eds.). DE NATURA. La Naturaleza en la Edad Media. Ribeirão, Portugal: Edições Húmus, 2015, p. 363-373.
  • 241. Publicado: COSTA, Ricardo da, SILVA, Matheus Corassa da. “Bernat Metge (1340-1413) nos trópicos: um humanista catalão no Brasil”. In: BUTYÑYÀ, Julia, CORTIJO, Antonio, e MARTINES, Vicent (eds.). eHumanista/IVITRA 4. A. Monogràfic I (Bernat Metge humanista i poliglota), 2013, p. 60-72.
  • 242. Uma das bases para essa conferência foi HEERS, Jacques. A Idade Média, uma impostura. Lisboa: Asa, 1994. Disponível na Internet: Parte 1; Parte 2.
  • 243. Professores participantes: Prof. Dr. José María Salvador González (Depto. de Historia del Arte I [Medieval] da Universidad Complutense de Madrid), Profa. Dra. Julia Butiñyà Jiménez (UNED), Prof. Dr. Andrey Ivanov (Depto. de Filosofia FFC, UNESP, Marília), Prof. Dr. Carlile Lanzieri Júnior (UFMT) e Prof. Armando Alexandre dos Santos (Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro). Alunas de Iniciação Científica: 1. Bárbara Dantas Batista Covre (graduanda em História) – “O tempo nas Cantigas de Santa Maria (séc. XIII)” (Bolsista UFES), 2. Paula de Souza Santos Graciolli Silva (graduanda em Artes) – “Uma Bíblia em pedra: o trabalho e os meses no Pórtico do Mosteiro de Santa Maria de Ripoll (séc. XII)” (Bolsista CNPq), 3. Deborah Moreira de Oliveira (graduanda em Artes) – “O trabalho e os meses no Tapís de la Creació (Girona, séc. XII)” (PIVIC).
  • 244. Teses de doutorado de Carolina Lima Almeida (“Falar ao feminino, falar ao masculino: as mulheres e as virtudes na Florença de Boccaccio (1313-1375)” e Carlile Lanzieri Júnior (“Aprender para ensinar, doutrinar para salvar: a formação da sabedoria cristã do abade Guiberto de Nogent (c. 1055-1125) nas Monodies (c. 1115)”.
  • 245. Trabalho de conclusão do curso de Música de Wellington Keffer: “Análise retórica do coro Aleluia do Oratório Messiah de George Friederich Händel”.
  • 246. 1) “O Eu amoroso nas Epístolas de Bernardo de Claraval” (no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UFF, 22 de março); 2) “As bases filosóficas da renovação econômica e social da Idade Média, sécs. XI-XII (no Instituto Líderes do Amanhã, Vitória, 26 de março, Internet (em duas partes: Parte 1; Parte 2); 3) “O deleite medieval com o Belo. Entre a beleza física e a beleza espiritual: a disputa entre Ramon, o louco, e Pedro, o clérigo (1311) (para o curso de Pós-graduação lato sensu em História da Arte Sacra da Faculdade de São Bento do Rio de Janeiro, 11 de maio); 4) “Como Deus é ciente em sua essência divina: a presciência de Deus no Livro da Contemplação (c. 1271-1273) de Raimundo Lúlio” (no II Simpósio de Filosofia Patrística e Medieval da Faculdade de São Bento, 20 de maio); 5) “O mito da Idade Média” (no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense, campus Bom Jesus, 29 de agosto), 6) “O Regimen Sanitatis (1308) de Arnau de Vilanova (c. 1238-1311) e sua prescrição da boa dieta” (no I Seminário Capixaba de Humanidades Médicas, ocorrido no Centro Universitário do Espírito Santo – UNESC, Colatina, ES, 11 de outubro) e 7) “Há algo mais contra a razão do que tentar transcender a razão só com as forças da razão? A disputa entre Bernardo de Claraval e Pedro Abelardo” (na I Academia Teológica do Seminário Arquidiocesano de São José, Mitra Arquidiocesana do Rio de Janeiro, 03 de dezembro de 2012).
  • 247. “A maviosidade da Música no Universo: a cosmovisão pitagórico-platônica do Comentário ao Sonho de Cipião de Macróbio (séc. V)” no I Simpósio de Estética e Filosofia da Música do Instituto de Artes da UFRGS.
  • 248. COSTA, Ricardo da, DANTAS, Bárbara. “‘Ao som do passarinho’: o monge e o tempo nas Cantigas de Santa Maria (séc. XIII)”. Trabalho apresentado no I Seminário Internacional sobre Hagiografia Medieval (UFRGS, 15-17 de outubro de 2013) e publicado em TEIXEIRA, Igor Salomão (org.). Reflexões sobre o medievo IV: Estudos sobre hagiografia medieval. São Leopoldo: Oikos, 2014, p. 123-133.
  • 249. COSTA, Ricardo da. “A Igreja Católica e a escravidão”, Gazeta do Povo, 02/02/2013.
  • 250.  Trabalho publicado em 2015: COSTA, Ricardo da, SILVEIRA, Sidney. “‘Como Deus é ciente em sua essência divina’: a presciência de Deus em Santo Tomás de Aquino e no Livro da Contemplação (c. 1271-1273) de Ramon Llull”. InTrans/Form/Ação, Marília, v. 38, n. 2, p. 9-34, Maio/Ago., 2015.
  • 251. COSTA, Ricardo da, SANTOS, Bento Silva (orgs.). Nicholas of Cusa in dialogue. Mirabilia 19 (2014/2).
  • 252. COSTA, Ricardo da, DANTAS, Bárbara. “A falssidad dos judeus é grand: uma representação de judeus nas Cantigas de Santa Maria (séc. XIII)”. InAtas do X Encontro Internacional de Estudos Medievais (EIEM) da Associação Brasileira de Estudos Medievais (ABREM) – Diálogos Ibero-americanos. Brasília: ABREM/PEM-UnB, 2013, p. 507-514. Outro trabalho escrito em parceria com a profa. Bárbara Dantas foi por ela apresentado em 2012 e publicado em 2014: COSTA, Ricardo da, DANTAS, Bárbara. “Cantigas de Santa Maria de Afonso X: Análise comparativa entre texto e imagem da cantiga 04”. In: FERREIRA, Álvaro Mendes (org.). Problematizando a Idade Média. Niterói: Ed. UFF/PPGHISTÓRIA, 2014, p. 16-34.
  • 253. COSTA, Ricardo da, GRAU-DIECKMANN, Patricia. “El relato del Génesis en el Tapís de la Creació (siglos XI-XII): la transcendencia en la Estética Medieval’. In: LÉRTORA MENDONZA, Celina (et. al.). Filosofía medieval: continuidad y rupturas: XIV Congreso Latinoamericano de Filosofía Medieval – Actas I. Buenos Aires: FEPAI, 2013 (e-Book), p. 463-481.
  • 254. COSTA, Ricardo da, SILVA, Matheus Corassa da. “O Regimen Sanitatis (1308) de Arnau de Vilanova (c. 1238-1311) e sua prescrição da boa dieta”. IneHumanista 34 (2016). Journal of Iberian Studies, p. 463-480.
  • 255. Professor efetivo da Universidade do Futuro e do Programa de Doutorado Internacional em Educação e Interculturalidade da Florida Christian University, (EUA).
  • 256. CORTIJO OCAÑA, Antonio, MARTINES, Vicent (eds.). Multilingual Joan Roís de Corella. The Relevance of a Fifteen-Century Classic of the Crown of Aragon. Santa Barbara (EUA) & Mexico: Publications of eHumanista, 2013. Minha tradução está disponível na Internet.
  • 257. Os conferencistas (e seus temas) foram: Prof. Dr. Paul van Tongeren (Radboud University/Nijmegen-Holanda) – “Kritik und Selbstkritik bei Nietzsche”; Profª Drª Ângela Vaz Leão (UFMG) – “As Cantigas de Santa Maria de Afonso X, o Sábio”; Prof. Dr. José María Salvador González (Universidad Complutense de Madrid - UCM) – “La Estética de San Buenaventura como fuente iconográfica del arte de la Baja Edad Media”; Profª Drª Giannina Burlando (Pontificia Universidad Católica de Chile) – “Impracticabilidad del Dasein ontológico de Heidegger”; Prof. Dr. Jorge Augusto da Silva Santos (UFES) – “A preleção cancelada de 1918/1919 de Martin Heidegger: Os fundamentos filosóficos da Mística Medieval” e Prof. Dr. Ricardo da Costa (UFES) – “A anamnese estética de Umberto Eco”.
  • 258. SANTOS, Bento Silva (org.). Mirabilia 20 (2015/1) – Art, Criticism and Mystic.
  • 259. COSTA, Ricardo da, NEVES, Tainah Moreira. “A contemplação anagógica na Abadia de Saint-Denis (séc. XII)”; COSTA, Ricardo da, DANTAS, Bárbara. “A arquitetura sagrada e a Natureza nas Cantigas de Santa María”; COSTA, Ricardo da, FRANCO, Gustavo Cambraia. “São Vicente Ferrer (1350-1419) e a eficácia filosófico-retórica do sermão: Arte e Filosofia” (este último, doutorando), todos publicados em SANTOS, Bento Silva (org.). Mirabilia 20 (2015/1) – Art, Criticism and Mystic.
  • 260. Título: A imortalidade da alma em Ibn Sina (Avicena). Defesa: 20/07/2015.
  • 261. Título: Arquitetura e Espiritualidade – Suger (c. 1081-1151) e a edificação do Gótico. Além de Wanessa Cordeiro da Silva (Aquarelas: a linguagem das cores em Fayga Ostrower [1920-2001] e Natalie Supeleto Gomes (Mercado de Artes Plásticas, sécs. XIX-XX: relações de poder no trânsito produção/mediação/consumo) – ambas defenderam em 2016.
  • 262. 1. Themístocles Felicio Pereira Griffo (Dante e o Inferno na Divina Comédia, 2013), 2. Vinicius Muline dos Santos (A Batalha de Stalingrado, 1942-1943, 2013), 3. Gilmar da Silva Gonçalves (A cruzada do povo, 2013), 4. Bárbara Lofiego Pimenta Lofêgo (A História através da imagem: uma análise iconológica do Retábulo de São Jorge [1425-1437] de Bernat Martorell [c. 1390-1452], 2014), 5. Matheus Corassa da Silva (No alvorecer do Humanismo catalão: um estudo histórico-literário, 2014).
  • 263. 1. Deborah Moreira de Oliveira (O trabalho e os meses no Tapís de la Creació. Girona, séc. XII, 2014), 2. Paula de Souza Santos Graciolli Silva (Uma Bíblia em pedra: o trabalho e os meses no Pórtico do Mosteiro de Santa Maria de Ripoll, séc. XII, 2014), 3. Bárbara Dantas (O tempo nas Cantigas de Santa Maria, séc. XIII, 2014).
  • 264. Publicado em 2015: COSTA, Ricardo da, DANTAS, Bárbara. “No sermon mui gran gente que y era: os frades pregadores nas Cantigas de Santa Maria (séc. XIII)”. In: ALVES, Aléssio Alonso (org.). Ordens religiosas na Idade Média (sécs. XII-XV): concepções de poder e modelos de sociedade. Belo Horizonte: LEME/UFMG, 2015, p. 21-43.
  • 265. Publicado em 2015: COSTA, Ricardo da. “Corpo transgredido, locus profanado: o martírio de Tomás Becket (c. 1118-1170) na arte medieval”. In: ANDRADE, Marco Antonio Pasqualini de (org.). Anais do XXXIV Colóquio do Comitê Brasileiro de História da Arte: Territórios da Arte. Uberlândia: Comitê Brasileiro de História da Arte, 2015, vol. 2, p. 1167-1176.
  • 266. Trabalho, ainda, inédito.
  • 267. “Os novos desafios do fim da História”, texto publicado na Revista Farol n. 13 (2015), p. 157-166.
  • 268. COSTA, Ricardo da. “‘Entendo por céu a ciência e por céus as ciências’: as sete Artes Liberais no Convivio (c. 1304-1307) de Dante Alighieri”. In: CARVALHO, M., PICH, Roberto H., SILVA, Marco Aurélio O. da, OLIVEIRA, Carlos E. (orgs.). Filosofia Medieval. São Paulo: ANPOF, 2015, p. 333-355.
  • 269. “A renovatio medieval na nobreza salvífica do trabalho: a arte de Benedetto Antelami (c. 1150-1230) no Ciclo do Trabalho e os Meses do Batistério de Parma”, trabalho inédito.
  • 270. COSTA, Ricardo da, PEREIRA, Evandro Santana. “‘Ali haverá pranto e ranger de dentes’: o Inferno na Arte e na Filosofia da Idade Média”. In: MOURA, Fabricio Nascimento de (org.). O poder imaginário: diálogos com a Antiguidade, o medievo e outras temporalidades. Imperatriz: Ethos, 2016, p. 274-303.
  • 271. Com uma proposta metodológica multidisciplinar (Artes/Filosofia), coube a mim a parte artística, e a parte filosófica (estética) a Sidney Silveira.
  • 272. SANTOS, Bento Silva, COSTA, Ricardo da. História da Filosofia Medieval. Vitória: Universidade Federal do Espírito Santo, Secretaria de Ensino a Distância, 2015; SANTOS, Bento Silva, COSTA, Ricardo da. Filosofia Política I. Vitória: Universidade Federal do Espírito Santo, Secretaria de Ensino a Distância, 2015; PESSOA, Fernando, COSTA, Ricardo da. Estética. Vitória: Universidade Federal do Espírito Santo, Secretaria de Ensino a Distância, 2016.
  • 273. Títulos: “Quid, quis et qualis est?: o socratismo cristão na obra De Consideratione de São Bernardo de Claraval” e “Mircea Eliade: um novo Humanismo”, respectivamente.
  • 274. Título: “Antagonismos de forças na gravura de Adir Botelho: análise estética da série Caldeirão’.
  • 275. COSTA, Ricardo da, VESCOVI, Letícia Fantin. “Ainda suspira a última flor do Lácio?”. InCaplletra 58. Revista Internacional de Filologia, Primavera 2015, p. 29-54.
                    Ainda em parceria com orientandos, foram publicados os seguintes trabalhos em 2015: 1) COSTA, Ricardo da; DANTAS, Bárbara. “BondadeJustiça Verdade. Três virtudes marianas nas Cantigas de Santa Maria e no Livro de Santa Maria, de Ramon Llull”. In: SALVADOR GONZÁLEZ, José María (org.). Mirabilia Ars 2 (2015/1). El Poder de la Imagen. Ideas y funciones de las representaciones artísticas. Barcelona: Institut d’Estudis Medievals, UAB, Jan-Jun 2015, p. 84-103, e 2) COSTA, Ricardo da; PEREIRA, Evandro Santana. “O Belo e o Amor em Ibn Sīnā (980-1037)”. In: SALVADOR GONZÁLEZ, José María (org.). Mirabilia Ars 2 (2015/1). El poder de la Imagen. Ideas y funciones de las representaciones artísticas. Barcelona: Institut d'Estudis Medievals, UAB, 2015, p. 184-199.
  • 276. 1) Bárbara Dantas Batista Covre (Representações arquitetônicas nas Cantigas de Santa Maria); 2) Paula de Sousa Santos (Ressonâncias da representação do trabalho camponês medieval na arte de Jean-François Millet [1814-1875]); 3) Michele Cordeiro da Silva (Jaume Huguet [1414-1492] e a pintura gótica catalã do século XV) e 4) Cezario Caldeira Saiter (O Originário da Obra de Arte em Heidegger).
                   Em 2016, ingressaram mais quatro orientandos no mestrado de Artes (com previsão para qualificação em 2017 e defesa em 2018): 1) Matheus Corassa da Silva (Corpos profanados, corpos mutilados. Entre Bernat Martorell [1390-1452] e Caravaggio [1571-1610]: João Batista em cena), 2) Beatriz Passamai Pereira (Moda, estética e vestuário: o Codex Manesse [séc. XIII] e a estrutura social espelhada na arte alemã da iluminura), 3) Bárbara Lofiego Pimenta Lofêgo (O corpo em sofrimento: A arte do martírio na obra de Bernat Martorell [c. 1390-1452]), 4) Vinicius Saebel Lemos (Um olhar pela janela: Loyset Liédet [1420-1484] e o Tempo nas imagens borgonhesas).
  • 277. Professores participantes: 1) Prof. Dr. José María Salvador González (Depto. de Historia del Arte I [Medieval] da Universidad Complutense de Madrid); 2) Profa. Dra. Julia Butiñyà Jiménez (UNED); 3) Prof. Dr. Òscar O. Santos-Sopena, Ph.D. (West Texas A&M University); 4) Prof. Dr. Andrey Ivanov (Depto. de Filosofia FFC, UNESP, Marília); 5) Prof. Dr. Carlile Lanzieri Júnior (UFMT); 6) Prof. Dr. Antonio Celso Ribeiro (UFES); 7) Prof. Dr. Luiz Augusto de Oliveira Astorga (Instituto Angelicum); 8) Prof. Dr. Alexandre Emerick Neves (UFES) e 9) Prof. Armando Alexandre dos Santos (Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro); alunos de Iniciação Científica: 1) Karyne Berger Miertschink – “A Astrologia Medieval: o Homem Zodiacal em Les Très Riches Heures du Duc de Berry (séc. XV)” (Bolsista CNPq); 2) Natália Pezzin Silva – “O Sol e Mercúrio no Zodíaco no Cielo de Salamanca (séc. XV)” (Bolsista FAPES) e 3) Sueny Kattly Rodrigues Marinho – “O Calendário Zodiacal no Portal de Firmin dʼAmiens (séc. XIII)” (PIVIC).
  • 278. COSTA, Ricardo da. “La Retòrica Nova (1301) de Ramón Llull: la Belleza a servicio de la conversión”. In: BERLIN, Henry (coord.). eHumanista/IVITRA. Volume 8, 2015 (A. Monogràfic I. Arts of Finding Truth: Approaching Ramon Llull, 700 Years Later), p. 28-43 (sem as imagens).
  • 279. COSTA, Ricardo da. “A Música, uma das chaves para a compreensão do tempo”, trabalho, ainda, inédito.
  • 280. ANGOTTI-NETO, Hélio; COSTA, Ricardo da. “A lepra medieval e a Medicina metafórica de Ramon Llull (1232-1316)”. In: ANGOTTI NETO, Hélio (org.). Mirabilia Medicinæ 5 (2015/2), p. 1-30 (a palestra foi traduzida para o inglês).
  • 281. SANTOS, Armando Alexandre dos, COSTA, Ricardo da. “Inveja na Arte medieval e Renascentista” (no prelo).
  • 282. COSTA, Ricardo da. “melancolia na filosofia de Ramon Llull (1232-1316)”. In: FREITAS, Verlaine, COSTA, Rachel, FERREIRA, Debora Pazetto (orgs.). O trágico, o sublime e a melancolia. Volume 3. Belo Horizonte: ABRE – Associação Brasileira de Estética, 2016, p. 192-206 (sem as imagens). Esse trabalho também foi apresentado como conferência no Programa de Pós-graduação de Filosofia da UFPA no dia 19 de fevereiro de 2016.
  • 283. COSTA, Ricardo da. “Guerra nas estrelas: a metáfora artística da sociedade medieval no macrocosmo astrológico do Homem Zodiacal” (no prelo).
  • 284. A partir de 2014/2.
  • 285. A partir de 2015/1.
  • 286. Professores participantes: 1) Prof. Dr. Alexandre Emerick Neves (UFES), 2) Prof. Dr. Dr. Vicent Martines (ISIC-IVITRA, Universitat d’Alacant, Reial Academia de Bones Lletres de Barcelona [RABLB]), 3) Prof. Dr. José María Salvador González (Depto. de Historia del Arte I [Medieval] da Universidad Complutense de Madrid), 4) Profa. Dra. Rosabel Roig-Vila (Universitat d’Alacant), 5) Prof. Dr. Òscar O. Santos-Sopena Ph.D. (Universidad Nebrija), 6) Prof. Dr. Andrey Ivanov (Depto. de Filosofia FFC, UNESP, Marília), 7) Prof. Dr. Antonio Celso Ribeiro (UFES), 8) Prof. Dr. Luiz Augusto de Oliveira Astorga (Universidad O’Higgins/Instituto Angelicum), 9) Prof. Armando Alexandre dos Santos (Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro), 10) Profa. Ms. Tainah Moreira Neves, 11) Profa. Paula de Sousa Santos, 12) Profa. Michele Cordeiro, 13) Prof. Matheus Corassa da Silva, 14) Profa. Bárbara Lofiego Pimenta Lofêgo, 15) Profa. Beatriz Passamai Pereira, 16) Prof. Vinicius Saebel Lemos (Prefeitura Municipal de Vitória). Subprojetos: 1) Brenda Aurora Pires Moura – “O Corpo Feminino Torturado: O martírio de Santa Eulália na arte de Bernat Martorell” (Bolsista CNPq), 2) Natália Alves Milotti – “A decapitação de São Jorge na obra de Bernat Martorell (1390-1425)” (Bolsista CNPq) e 3) Jayne da Silva Dias – “A figura profanada de São Vicente na obra de Bernat Martorell” (PIVIC).
  • 287. Conferências: 1) Prof. Dr. Hélio Angotti Neto (UNESC) – O corpo humano na Medicina, 2) Prof. Dr. Antonio Cortijo Ocaña (University of California, Santa Barbara) – La Pasión de Cristo y la representación del cuerpo a fines de la Edad Media, 3) Prof. Dr. Aparecido Jose Cirilo (UFES/PPGA) – O corpo autobiográfico como lugar em Elisa Queiroz (1970-2011), 4) Profa. Dra. Angela Grando (UFES/PPGA) – Bill Viola (1951-), um investigador da alma, 5) Prof. Dr. Alexandre Emerick Neves (UFES/PPGA) – Figurações e desfigurações entre corpos, caminhos e lugares, 6) Prof. Dr. Òscar O. Santos-Sopena (West Texas A&M University) – Interculturalidad del cuerpo en el Mediterráneo humanista, 7) Profa. Dra. Almerinda da Silva Lopes (UFES/PPGA) – O martírio do corpo em uma pintura moderna: fricção entre história, memória e anacronismo, 8) Prof. Dr. David Ruiz Torres (UFES/PPGA) – De ciborgues e cibercorpos: representações do trans-humanismo na Arte, 9) Prof. Dr. Antonio Celso Ribeiro (UFES) – O gesto como fenômeno intertextual na Música, 10) Prof. Dr. Ricardo Mauricio Gonzaga (UFES/PPGA) – Corpos em metamorfose: propostas de superação dos limites do corpo na arte contemporânea, 11) Prof. Dr. Luiz Astorga (Universidade Católica do Chile) – Os anjos têm corpos?, 12) Prof. Dr. Dr. Vicent Martines (Universitat d’Alacant): Ut pictura poiesis: pintura y arte verbal en el siglo XV, 13) Prof. Dr. José María Salvador González (Universidad Complutense de Madrid) – (Des)figuraciones moralizantes en la pintura de Bosch, e 14) Prof. Dr. Ricardo da Costa (UFES/PPGA): A serena felicidade dos corpos góticos (no Youtube: Parte 1 e Parte 2).
  • 288. RAMÓN LLULL. Tractat d’Astronomía / Tratado de Astronomia (apres. de Julia Butiñá; estudo, trad. e notas de Ricardo da Costa). Madrid: Palas Atenea, 2016.
  • 289. COSTA, Ricardo da “Desconsolado, el filósofo mira al Cielo: el Tratado de Astronomía (1297) de Ramón Llull (1232-1316)”. In: BARENSTEIN, Julián (org.). II Jornadas de Filosofía Medieval “Francis P. Kennedy”. Ramon Llull a setecientos años de su muerte. Mar del Plata: Universidad Nacional de Mar del Plata, 2016, p. 139-152.
  • 290. COSTA, Ricardo da. “Prefácio. A vida no texto, o texto na vida, o texto da vida: Régine Pernoud e sua bela Idade Média”. In: PÉRNOUD, Régine. Idade Média, o que não nos ensinaram. São Paulo: Linotipo Digital, 2016.
  • 291. CORTIJO OCAÑA, Antonio; LLUIS-MARTOS, Josep (eds.). The Story of Leander and Hero. A multilingual edition of a classic from the Crown of Aragon. Amsterdam: John Benjamins, 2016.
  • 292. Tradução que também faz parte do Projeto Seminário de Filosofia Aplicada à Medicina: O Regimen sanitatis (1308) de Arnau de Vilanova (c. 1238-1311) e sua prescrição da boa dieta, do Prof. Dr. Hélio Angotti Neto, e que conta com a participação do Prof. Matheus Corassa da Silva (na tradução do documento) e do estudante Raney Matos dos Anjos (Medicina/UNESC) e bolsista de Iniciação Científica da UNESC). As traduções dos poemas de Guilherme da Aquitânia (além de outros textos), encontram-se disponíveis online.
                   Além das traduções, ainda, integro o Corpo Editorial de mais de uma dezena de publicações acadêmicas (nacionais e internacionais); ainda, há a participação em bancas (de qualificação e de defesa) de mestrado e de doutorado, entrevistas, mais prefácios... Mas creio que devamos interromper nossa narrativa. Ademais, nunca contamos tudo! Devemos?
  • 293. COSTA, Ricardo da “O ofício do Historiador”. InInternational Studies on Law and Education – 5 (janeiro-junho 2010), p. 79-84.
  • 294. Agradeço sobremaneira a leitura, correções e sugestões dos professores Luiz Carlos Figueiredo, Vinicius Muline, Barbara Dantas, Matheus Corassa e ao Dr. Stan Stein pelo “polimento” final.

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Palavras-chave: Artes, Memorial, história, Literatura.